Ruth Rocha Amor
AMOR
O amor não se derrama
É da conta do coração
O amor não se encharca
É dos orifícios do coração
O amor o que nunca erra
Acerta com precisão
O amor anda correndo
Mas não se mete contramão
O amor é a vontade
De se comer com a mão
O amor todo é real
Nunca tende à ficção
O amor dar na cabeça
E dói lá no coração
O amor não é acusador
Sua sentença é o perdão
O amor pode ser ferido
Por que se posta na posição
Como fez o amor de Cristo
Deu-se às lanças e ao perdão
O amor fica indeciso
Entre o vento e o portão
O amor é criação de Deus
De nós só pede sua gratidão
O amor vai às estrela
E brinca lá de cordão
O amor é uma flor aberta
Atracado aos espinhos
Também é o floral botão
É por amor que ao chão desce
Inesperadas chuvas de verão
Que vê o amor não se questiona
Sabe estar diante do bom sinal marcada a mão
O amor pode ser um vício
Que não gera depressão.
O amor é um lutador
Um barulhento tambor
Soqueando o coração.
SAGRADO AMOR
Sou um dos que justifica o que não vale
O precipício que anda sob meus pés.
Quero, às vezes, chamar pelo meu nome
Mas eu ainda não aprendi nem decorei
Por isto resiguinei-me à mutilação
Dos meus valores, abaixo da importância
Que uma vida vale.
Não sei se vivo ou morto eu chego lá
Ao abraço do Sôfrego da cruz
E acreditar nisto, que tem o significado
De tudo, o santíssimo, Cristo.
O AMOR SAGRADO
Todos os caminhos me levam
Para onde eu já estoi.
Este lugar parece ser mesmo meu.
Aqui resolvo, aqui me perco.
O tempo de varrer o mundo
Nesta minha idade, já vai longe.
Vivo diante dos inquisitores
Pagando por todas as minhas ausências
Por todas as lamentações.
Aqui vi o sol nascer e já me cansa
A esperança de outras luzes ficam distantes.
Eu não gosto de questionar a vida
Porque todos os argumentos
Que justifique sua dureza
Inevitável passei por todos.
Não quero lamentar por uma coisa perdida
E nem dar nome a isto
Mocidade e beleza
Coisas que o tempo nomeia sem piedade.
Escassez no meu dicionário
De palavras e seus sinônimos
Para dar um nome a vida.
O AMOR
O amor quando chega
Entra no seu jeito volátil
E se instala no quarto.
Muda as cobertas
Deixa meia janela
Solta a cortina.
O amor não vai para a sala
E se entroniza lá onde está.
E a vontade que dar
É a de tomar sua companhia.
O amor não vai à cozinha
Lá ele se perderia
Com o cheiro
Do que está sendo cosido
O amor tem a fome
Dos dias em que esteve ausente
E dentro do quarto
É como estar dentro de nós.
E nos aperta e se alarga
E toma quase toda a cama
De tudo o que trouxe
Presentes, vontades, faltas
Desejos atraentes
Alguma piada nova.
E o amor nos ama
Sem fazer força
Ele nos ama
Cobre-nos com ele
Deixando apenas o lugar de respirar
E comete o amor
E nos ama inteiramente.
ENTRA E SAI
Saindo que de dentro de ti
E entrando já em mim
Ficamos por entender o amor
E se complica a relação duradoura.
Que as estações em que se senta o amor
Termina por começar coisas de outros
E uma palavra nova dominar.
Quando sai de ti esta esperança comovida.
Desse frio de desalento
De que ainda não me vistes
E que és uma fraude sem fim.
Quando eu distraído me presto
A conquista
Permaneço ainda um tempo
Tentando saber
Se o que sentes em mim
É do mesmo tamanho que vejo
Que há amor, por todos nós
Ocupando o espaço e a distancia.
Escutar cintilar o amor e sua tortura.
Pegar algo quente dentro de ti
Um lago em mim a te sacudir.
EXTRATO DE AMOR
O meu amor tem encantos que outros não tem
Tem as coxas grossas
O andar suave como o de uma bailarina
Voando sobre o linóleo
O meu amor tem os olhos lapidados na água
Com sua candura imprevisível.
Meu amor tem a fala
Que se entende pelo olhar.
Meu amor segue um caminho
Que é o mesmo meu
Antes de mim
Como um anjo cuidadoso.
Meu amor pinta as unhas da cor carmim
A cor da promessa que os outros não entendem.
Meu amor não é muito alta
Nem baixa que alguém perceba
É do tamanho da ribalta
De onde se ouve o concerto inteiro.
E do perdão que se aconselha.
Meu amor tem meus cuidados
Da forma que cuida de mim
O meu amor não é pesado
É do tanto que carrega o meu coração
Leve... E corre por todo os rios
E se abre dentro de mim
Como uma fecundação sem riscos
E da extrema felicidade.
BENS DO AMOR
Sabes do amor com a paciência
Ungido ele, conta, restaria
E tudo, a salvo, que mandaria
Em ser fiança, a profecia.
Do que te deixa tonto penitência.
Calculas o amor de quem querias
Quando consegues desde a inocência
E nem ele tem, nem tu farias.
O coração no meio vem de afluente
E o meio era o fim do amanhecia
Os gestos meus, por sua ausência
Por ver sinais de calmaria.
Mesmo guardava por outros lugares
Lembranças de como foi são deixadas
Que ele encarnou, por ti andares
Completa muda, a desejares.
O amor do seu altar onde só cabe
Oculta-se e ainda te provocas
Ficando alheio, pela emboscada
E aliançou em teu, porque te adoça.
Traz amor, flores do vento
Meus olhos se servem dessa cor solar
Não se perde em tua linda
A mais bem feitinha,
alguém deste lugar.
Sabe bela eu venho até aqui
No momento certo de te ver chegar
Da janela, e só dela presto
Pra te ver, tão linda
E pelo fim passar.
Sabe o beijo que enfeitava a tua
Minha a boca de tanto beijar
Vamos quantos nossos lados juntos
E estas flores são pra te entregar.
Nunca à frente ligeiro ou demoro
Naves longe hão de nos levar
Me recordo o beijo apressadinho
Nos levando pelas portas do mar.
BENS DO AMOR
Sabes do amor a paciência
Ungido por ele, conta, restaria
De tudo, a salvação, que mandaria
Em tê-lo como fiança, a profecia.
Do que te embebedas, na falta da penitência.
Quanto calculas o amor de quem querias
Nem tudo arrumas tê-lo desde a inocência
Quando nem tu nem ele não correrias.
A essência no meio vem de afluência
E o meio era o fim que amanhecia
O gesto que fazia por sua ausência
Ou por ver os sinais de calmaria.
Mesmo guardava por outros lugares
Por lembranças de amores também deixados
Que ele encarnou, por ti andares
Ainda só, completa muda a desejares.
O amor do seu altar de onde se sabe
Ele ocultou-se para ainda cintinuar
E ficar posto no lado da emboscada
E aliançou em teu por te adoçar.
"Teu erro é levar o amor como prioridade, quando ele é só uma consequência, boa ou ruim. Não leva ele como principal na tua vida, se não o choro vira rotina."
Quando jovem, a gente busca sofrer por amor, quando adulto, a gente busca o amor para nao sofrer....
Quando as pessoas comecarem a sentir o amor, e pararem de querer "entende-lo" irao descobrir o que é FELICIDADE!
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