Ruth Rocha Amor
O tempo não perdoa ninguém,
Nem a mim e nem a ti…
Nossas almas atormentadas…sussurram
Incessantemente uma pela outra, acalentando
Um amor improvável…um amor impossível
Aaa senhor do Tempo, não tem compaixão por nós?
Em seu coração existe calor ou somente o gélido limiar do eterno?
Cada minuto transformado em longos períodos de aprisionamento,
Ele quase ficou louco,
Eu quase morri por dentro.
Heei! Diga-nos a verdade, será que já não pagamos
O suficiente por esta transgressão?
A infelicidade precisa ser perene enquanto não conseguimos desistir de nós?
Eu te imploro…por que não conseguimos renunciar?
Subindo o mais alto que pode, ele olhou pro céu,
Enquanto abaixo murcha e seca, deixei este amor sangrar.
Então em pura contradição e teimosia, sua voz vibrou o ar
Em rompantes, murmúrios e tentações apaixonadas,
Criando delírios e tormentas intensas em minh’alma,
Abalou por completo a estrutura que fiz pra te afastar.
Fez brotar então de terra seca…anseio, impulso e caloroso desejo.
Dos beijos doces que suplicava, nada mais existia
Apenas fome insaciável, penetrações possessivas, toques gulosos e beijos lascivos.
Me tornando lentamente sua,
Você se tornou completamente meu.
A rendição foi inevitável e o futuro é incerto
A necessidade do outro crescendo, urgência que berra.
Mas…nada mais importa,
Apenas o tempo que passamos juntos em nosso pequeno espaço,
Quero viver e me afogar nos teus olhos,
Enquanto os segundos levam para longe, o nosso cansaço.
"Ser seletivo com quem continua conosco lado a lado, pode impedir de encontrarmos tantas pedras pelo caminho e assim evitarmos de tropeçar nelas."
─By Coelhinha
"As rosas são como a vida, belas e espinhosas ao mesmo tempo, cabe a nós apreciar sua beleza sem deixar que seus espinhos nos impeçam de tocá-las."
Eu vou me deixar
Sobrando no caos
Rasgando as lembranças
De noites de sóis
Prazer em viver
Desatando os nós
Daqueles que vivem
Procurando por nós
Sou o todo vazio
Buscando lençóis
As vezes em risos
As vezes sem voz
Quem pode me leva
Quem deve me entrega
Aquilo que as vezes
Nem eu mesmo sei
No fundo me sinto
O assunto preciso
Que fecha um ciclo
Mas abre um inciso
Que traz um troféu
Por vezes sem mel
Estrela que brilha
Sem paz no luar
Sou a forma que mede
O entorno a plainar
Um dia me aprendo
E vibro em frequência do mar
Florada querida
Abelha no ar
Encontrar você foi meu melhor presente e maior momento, mas agora dói tanto não poder te ter. Mesmo que você ache que eu nunca amei, eu não consigo parar de pensar em você. É você que eu queria amar e conquistar o mundo.
Orai por Mim
Orai! Não por mim
E nem pelos que já foram
Orai! Por ti
E pelos que ainda estão aqui
Orai! Antes que eles morram
Orai! A Deus
A quem tudo acolhe
Orai! Neste instante
Orai! Agora
Orai! Antes que tudo vá embora
Do livro Turbilhão de Emoções
Bem-Vindo a Sua Casa
O inferno é agora
É aqui, é lá fora
Não importa, não demora
A carne sangra
E você não vai embora
Daqui ninguém sai
Nem de frente, nem de trás
A praia é rasa
Aqui, quase tudo e brasa
Os pássaros não têm asas
Aqui é o inferno
Bem-vindo a sua casa
Do livro Turbilhão de Emoções
CÁLIDA POESIA
Estando, espero, então, o desejo insiste
No peito ardente, sussurrante, amoroso
Fazendo do caminho, leve e cadencioso
Creio que tudo na cumplicidade consiste
Porque da alma o sentimento é preciso
É abençoado e ao incerto tempo resiste
E sei que nada mais na sensação existe
Que nos dá a emoção e do coração ciso
Na sede cresce e não mais se esquece
Que no doce encanto o fascínio floresce
Oferecendo quimera e tecendo fantasia
É a paixão transfigurando em confiança
O olhar em tato, e os dias em esperança
Porque, o singular amor, é cálida poesia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/03/2023, 19'11" – Araguari, MG
Você não quer que eu fale, mas eu vou falar
Eu errei em te deixar
Errei no meu único acerto
Sabotei o meu coração
Te amar era paz
Era felicidade e paixão
Eu deixei de ser feliz hoje
Por paixão de ontem
Meu maior erro foi acertar no momento que eu só errava
Te amo ainda, te amava antes e nunca vou deixar de amar
Juntos ou não, você está no meu coração
Me entende tão bem
Me suporta como ninguém
Você é a paz e a turbulência
A felicidade e a raiva
Você é o amor e também a dor
Você pode ter perdido a habilidade de amar, mas nunca a de ser Leal. O que floresce a lealdade não é o amor, é a riqueza de caráter.
CORES SÓLIDAS
Há mesmo uma região soberana, onde você costumava me levar
Alguém perguntou como morremos?
Você me segurou com prontidão
Antes de tocar o chão, toquei sua alma
Talvez a solidez do nosso pequeno espaço, nos proteja.
A sensação é derreter,
A sensação é de não conseguir me mexer,
O coração dói, de tão forte que bate,
Compressão da incompreensão,
Saudade,
Vontade daquilo que está fora das minhas mãos e que eu abraçaria com todas as forças,
Embora eu não a tenha agora,
É como se eu tivesse partido em 7 partes nessa partida.
Dilacera coração, forte,
Pra que?
Ser bandido,
Viver me punindo?
Como se já não bastasse o Caos externo que me assola,
Chora.
Sem o colo do quero,
Sem o abraço do querer,
Receba o beijo da solidão amiga,
Daquilo que não se escolhe,
Não se controla e não se acalma.
Receba essa carta,
Dolorida,
Talvez seja a despedida.
Eu queria sentir menos,
Eu queria pelo menos por uma vez ter o controle,
Mas, o que eu tenho dentro de mim,
Transborda,
Não se cala,
Transborda,
Alaga tudo,
É um poder tão forte,
Que não sei usar,
Me conceda a benção de me guiar,
Nesse caminho,
De espinhos,
No caule dessa rosa,
Botão,
Sem medo do não,
Desabrocha no meu jardim,
Sem medo e sem fim,
Naturalmente,
Como tem de ser.
E o teu doce hálito de cereja
quando nos beijamos debaixo das macieiras
como se escrevesse numa página do livro da minha vida
“nunca me esqueça”
