Rubem Alves Saudades
Amigo Internauta
Você ... Que Um Dia Teclou Comigo;
Você ... Que Me Procurou, Esperou E Encontrou;
Você ... Que Conseguiu Transmitir Carinho E Afeto Através De Uma Máquina;
Você ... Que Não Me Conhecia, Mas Já Me Dedicava Uma Parte Do Seu Tempo;
Você ... Que Me Ouve, Cuida E Cativa;
Você ... Que Por Trás De Uma Gravata Com Linhas Douradas E Uma Imagem Séria,
Revela Uma Pessoa Incrivelmente Doce;
Você ... Que Chegou Devagarinho, Com Esse Jeitinho Todo Especial De Ser;
Você ... Que Me Faz Voltar A Olhar A Vida De Uma Forma Que Eu Já Não
Acreditava Ser Possível;
Você ... Que Com Sua Sinceridade Me Fala A Verdade Em Frases Abertas;
Você ... Que Eu Gostava E Nem Sabia Que Existia;
Você ... Que Já Me Faz Falta.
Olhos Castanhos
Teus olhos castanhos
de encantos tamanhos
são pecados meus,
são estrelas fulgentes,
brilhantes, luzentes,
caídas dos céus,
Teus olhos risonhos
são mundos, são sonhos,
são a minha cruz,
teus olhos castanhos
de encantos tamanhos
são raios de luz.
Olhos azuis são ciúme
e nada valem para mim,
Olhos negros são queixume
de uma tristeza sem fim,
olhos verdes são traição
são crueis como punhais,
olhos bons com coração
os teus, castanhos leais.
A Crise da Amizade
Gostaria de lhe colocar em situações difíceis...
Não para ver você sofrer,
Mas sim, para ver você reagir;
Gostaria de lhe colocar no meu lugar...
Não para lhe comparar,
Mas sim, para lhe ajudar;
Gostaria que não fosse tarde...
Não para dizer TE AMO,
Mas sim para expressar-te o meu amor;
Gostaria de lhe pedir...
Não para lembrar-me,
Mas sim, para não esquecer-me;
Gostaria de lhe dizer...
Não o que é errado,
Mas sim, ensinar-lhe o que é certo;
Resumindo...
Gostaria que você não me visse como uma amiga,
Mas sim como uma irmã,
Gostaria que entendesse que
Só tenho a desejar-te sorte e
Enfim dar-te o meu amor
Tão grande embora tão insignificante
Tu és mais muito estranha e sombria
Tenho medo de ti
Mesmo conhecendo-te... Não sei quem tu és
O que és afinal?
Saberias tu responder a ti mesmo?
"Às vezes me pego pensando, de onde que vem tanto encanto. Seus olhos castanhos tão lindos que brilham quando você da aquele sorriso. Quando te olhei não acreditei, me arrepiei menina, me apaixonei. E oque fazer se eu já amo você?"
Bom dia, feliz segunda-feira regada de boas energias.
Que a semana que se segue seja de plena virtudes, lhe abrindo as portas, trazendo-lhes sorrisos largos e espontâneos, nos agradecendo os bons caminhos e lembrando que está feliz por nos ver viver!
Navio Negreiro
I
'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...
'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!
Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................
Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!
Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
II
Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.
Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!
O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!
Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu! ...
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...
Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
Na noite da virada existe a oportunidade de recomeçar, mesmo que seja apenas um novo ano. Na manhã do dia seguinte, o Sol surgirá e com ele a esperança de que por mais escura que seja a noite um dia ela acaba para dar lugar à luz.
Me julgam metida por não ser bajuladora, me julgam má por não ser hipócrita e se julgam justos o sufiente para me julgar.
Sempre vou Te Amar
Como vou te dizer,
que agora você faz parte da minha vida...
Que em cada pensamento meu,
a tua imagem ocupa um espaço!
Que em cada suspiro meu, teu cheiro me alcança!
Que em cada sonho meu, teu abraço me envolve...
Como vou imaginar a vida sem você...
Se minha alma caminha no espaço do teu mundo!
Se meu corpo quer a paz do teu beijo na minha pele...
E nossos olhares já se encontraram num só!
E descobrimos que nosso caminho é o mesmo...
Que nossas mãos se unem em harmonia...
E nossos pensamentos se tocam no ar...
E nossos corpos se encaixam no amar...
Como, minha vida...
Como posso deixar de te amar?
Não tem como!
Já não posso!
Te preciso...
Te quero ao meu lado...
O tempo todo!
Não, meu amado...
Não desisto, nunca é tarde!
Já não posso te deixar...
Pois sempre vou te amar!!!
As Três Irmãs do Poeta
É Noite! as sombras correm nebulosas.
Vão três pálidas virgens silenciosas
Através da procela irrequieta.
Vão três pálidas virgens... vão sombrias
Rindo colar num beijo as bocas frias...
Na fronte cismadora do Poeta:
"Saúde, irmão! Eu sou a Indiferença.
Sou eu quem te sepulta a idéia imensa,
Quem no teu nome a escuridão projeta...
Fui eu que te vesti do meu sudário...
Que vais fazer tão triste e solitário?..."
- "Eu lutarei!" - responde-lhe o Poeta.
"Saúde, meu irmão! Eu sou a Fome.
Sou eu quem o teu negro pão consome...
O teu mísero pão, mísero atleta!
Hoje, amanhã, depois... depois (qu'importa?)
Virei sempre sentar-me à tua porta..."
-"Eu sofrerei"-responde-lhe o Poeta.
"Saúde, meu irmão! Eu sou a Morte.
Suspende em meio o hino augusto e forte.
Marquei-te a fronte, mísero profeta!
Volve ao nada! Não sentes neste enleio
Teu cântico gelar-se no meu seio?!"
-"Eu cantarei no céu" - diz-lhe o Poeta!
O que mais me entristece é saber que na maioria das vezes sei o que é o certo, mas acabo que faço o errado.
O que é o mundo?
Um baú cheio de mistérios,
É um oceano profundo,
Às vezes,um triste cemitério.
O que é a vida?
Às vezes um turbilhão da emoção,
Nos permeiando e causando feridas,
Muitas das vezes,labirintos da mente sem solução.
O que é o ser?
Um dependente do amor,
É aquele que ainda tenta crer,
Na superação da agonia de uma dor.
O que é o amor?
É um sentimento inexplicável,
Ao mundo esquálido, dá uma viva cor,
À mente humana,uma energia inesgotável.
Reside no interior,
Pode nos dar prazer,
Muitas das vezes causar dor,
Outras! Nos fazer crescer.
O que é o ódio?
É o amor invertido,
Uma queda do pódio,
Um sentimento sem sentido.
O que é a morte?
É o resultado de todas as nossas construções,
Pode ser um prédio da saudade forte,
Ou um triste bau da solidão.
Soneto da Madrugada
Chuva fina lá fora
noite escura
sozinha
sombria
Aqui dentro sentimento
dor, lamento
você
em meu pensamento
Chegou de repente
sem aviso
sem convite
avassalador
Me pegou pela mão
guiou
descobriu
e me revelou.
Meu jeito de ser é único, impar.
Sou o que sou...
Já mudei muito. Não sei se pra melhor ou pior.
Sou de opinião forte e pulso também.
Ingênua, as vezes.
Romântica, quase sempre.
Sincera, repetidamente.
Meu humor oscila igual o mar. Vezes sou tempestuosa, vezes sou de calmaria.
Há quem goste de mim.
Há também quem me odeie.
E sinceramente...
NÃO ME IMPORTO COM O QUE VOCÊ PENSA AO MEU RESPEITO, POIS QUEM CUIDA DA MINHA VIDA SOU EU.
Sentir solitário no meio de tanta gente
Vazio, tristeza e cansaço mental
Acontece isso comigo sempre
Já me acostumei, acho normal
Esquecido por todo mundo
Espero que tenham saudades de mim
Confesso que sofro muito
Outra pessoa já viveu assim?
Mas vou seguindo em frente
Busco motivos para eu ficar contente
Não me considero inteligente
Passam inúmeras coisas na mente
Preciso de alguém para desabafar
Estou carente de um abraço
Sei que ninguém vai se importar
A minha vida não é fácil
O meu coração está cheio de amargura
Acredito que tenho uma missão nesta terra
Necessito de carinho, atenção e ternura
Através da poesia o poeta expressa