Rosto Lindo
No abraço com a chuva, meu rosto encontra abrigo, proteção, conforto, enquanto as lágrimas deslizam como se fossem parte do céu.
Sobre meu rosto cansado afadigado, o céu, cúmplice da minha dor, esconde as lágrimas que o mundo não pode enxergar.
Mania curtume por trás da carapaça esconde o rosto por vergonha e arrependimento depois da queda, o tempo não esconde a vergonha.
O amor é a fonte de água umido, aos olhos tristes rola no rosto cansado cai na terra refrescando a solidão da poeira no sertão.
Outro encontro um novo começo em teus olhos fofoqueiros, senhora de rosto bonito simpática não seja ingênua ao extremo em pronunciar o nosso tempo de amar, quem anda pelo canteiro consegue desbravar segredos ocultos.
Respondam-me
Possível ou apenas imaginário, o que diria Sigmund Freud?
Consigo ver o seu rosto ele parece estar tão próximo, tão meu,
Engolido pela escassez daquele tal sentimento bom, as ilusões tem sido implacáveis com a minha dor, por vezes o meu melhor alimento,
Atravessando mundos sem tempo para lamentos, cheguei em meio a belos campos de girassóis, o vento está a sacudir o teu vestido a altura dos joelhos, o Sol é nosso grande amigo neste momento, pois através dele consigo enxergar a pureza no teu olhar,
Tocar tuas mãos me aliviam a alma, o teu cheiro me atrai como o cheiro do girassol atrai as abelhas, te ver caminhar é um show particular,
A cortina de girassóis esta se fechando, nuvens estão escondendo o graduado holofote, o teu belo rosto esta sumindo lentamente deixando o pingo do medo e do silêncio ganharem força.
Sem plateia, sem audiência, e sem bloqueios, ecoa o possível, o imaginário, ou os dois concomitantemente?
'ESSA SEMANA'
Vi um rosto que não via há anos e bateu uma saudade no peito rasgando todo o tempo perdido.
Pitada de esperança em revê-lo,
abraçar-lhe e falar dos anos escorregadios na qual passamos juntos...
Presenciei uma idosa correndo atrás de dinheiro desesperadamente,
igual a uma criança, correndo atrás de pipas, sem conseguir ter paradeiro para suas refeições diárias.
Fiquei meio intrigado com isso...
Abracei um problema que não era meu.
Mas o fiz por entender que o próximo é a nossa mais fiel semelhança.
Temos muito de congênere,
comportamentos parecidos,
mas análises e ponto de vista diferentes...
Era para ser uma semana normal.
Mas atrasei-me ao buscar o filho na escola.
Não conversei habitualmente com algumas pessoas como de costume.
Fui 'duro' com algumas pessoas e não abracei meu cão...
A semana passa rápido após os quarenta.
Essa foi de nostalgia,
algumas pessoas 'partiram' de súbito,
Não tiveram oportunidade de pedir perdão,
ou despedir-se carinhosamente da mãe,
dos irmãos,
amigos...
A semana finda,
e com ela,
tantas desesperanças...
'A DOR DA FELICIDADE'
Essência e suor diário no rosto. À medida que o tempo passa, a magia da mágoa vai aumentando. Arraigando na alma como germe. Pouco a pouco ele perde origens, coisa que outrora nunca ganhou. Tempo devastador. E as dores da felicidade só exacerba seus dias...
Ele gastou décadas para um emprego promíscuo, sufocador. Derramando condolências tijolo a tijolo. Para que prédios ou uma casinha de papel com seus odores? A felicidade tem um preço: busca incessante. Seja lá onde for, seja lá com quem for. O peso será sempre intenso, talvez o mesmo, balanceador. Só temos que minimizá-lo e colocá-lo no bolso e andar sorrindo como se não tivéssemos...
Não adianta mais parar o tempo. Parar no tempo e olhar bobo para o passado/futuro. Ficar obeso, fazer academia, ter mais tempo com os amigos/família. A felicidade estará trazendo suas dores, cultivando seu preço. Misturado a compaixão e um punhado de tragédia, cada pessoa sufoca-se na felicidade que tem ou morre na infelicidade...
A máscara se ajusta tão bem ao rosto que começa a parecer pele. Mas, no fundo, há um ruído.
Uma fricção entre o que mostramos e o que sentimos. Um cansaço. Uma sensação de estar sempre atuando, sem saber exatamente onde termina o personagem e começa o eu.
Estevão, cheio de graça e poder, falava com sabedoria sem temer; seu rosto brilhava como o de um anjo, diante de Sinédrio, sem medo ou dano; não puderam resistir,
fitando-o, viram o seu rosto como o rosto de um anjo.
Numa Tarde Qualquer.
Numa tarde qualquer
de um dia mais qualquer ainda
Talvez um vento no rosto
Um resto de saudade
Pesadas lembranças
Que o peso dos anos
Não suavizou
Uma dor no peito
O manso jeito
de olhar o mundo
Nunca mais foi o mesmo
Aquele tempo leve
Algo levou
Passou
Foi tão breve
Pode ser que hoje
Você reveja os motivos
Por tantos anos se esquivou
de lembranças tão vivas
Não te cabia
Mas sabe
Que um dia
Numa tarde qualquer
de um lindo dia
Ainda assim
Um dia mais qualquer ainda
Acaba
Tudo finda.
Edson Ricardo Paiva
Hoje
A tudo que olho
Alguma coisa tua eu vejo
Da textura do teu rosto
Ao gosto do teu beijo
O Som dos teus passos na rua
E os laços de afeto que criamos
Abraços que não mais nos demos
O amor que ...se acabou... não percebemos
A dor mais que incorreta da distância
No medo da demência que hoje sinto
Hoje, onde não vejo
Um olho te procura
No brilhar de cada estrela
No trilhar, tão solitário, que hoje vivo
De algum modo existe a tua permanência
Em teu vulto despontando no horizonte
Se alicerça a esperança de uma vida.
Edson Ricardo Paiva
E quando se apagam as luzes com os olhos aberto no escuro desenho seu rosto com os dedos só para te acariciar no meu intimo silêncio...
Hoje acordei com um sorriso bobo no rosto,como se minha alma tivesse deixado meu corpo e se aproximado de um outro,talvez caminharam por lugares lindos e desconhecidos não sei talvez de mão dadas como namorados amigos ou sei lá como completos desconhecidos,mas o que importava nesse momento não era conhecer ou não mas, sim o que os atrairá a este lugar até assim por dizer mágico, onde medos não existem e sim dois corpos apaixonados caminhando rumo ao sol...
Meus olhos nunca se perderam na imensidão do mar,meu rosto já sentiu o calor forte do sol mas, não como do deserto e seu calor escaldante,já andei descalço sobre pedras que feriram meus pés,e debaixo de chuva forte e fria que parecia congelar a pele e me fazia ansiar por um abrigo um teto sobre a cabeça,então que meus olhos não se percam na imensidão do mar, porque isso me soa tão triste e meu coração não anda bem,e que meu rosto não se queime ainda mais no calor escaldante pois o deserto me trás na mente a palavras solidão e morro de medo dela,e pisar descalço em pedras me mostra hoje que eu não parei de caminhar,e a chuva fria me fez virar homem e resistir as tempestade da vida.
