Frases da roça que exaltam a simplicidade do interior
Vida, vida!
Casa simples no sertão
é gostoso de viver
ouvir o canto do azulão
ir na roça pra colher
ter a certeza da razão
e sentir no coração
um bom dia amanhecer.
NA ROÇA.
Fui na casa do vaqueiro
muito longe, mais além
entre o Crato e o Juazeiro
terras que me sinto bem
vou falar desse roceiro
que pode não ter dinheiro
mas bom gosto eu sei que tem.
Se você nunca comeu um ovo de galinha da roça. Somente come batata frita industrializada e nunca brincou de fazer bolhas de sabão com o caule do mamoeiro... Por favor, nem tente me entender.
A terra flora! Felicidade!
Choveu na roça!Adeus cidade.
Eu vou-me embora. Eu já vou tarde!
Eu vou agora. Bateu saudade!
AQUI NA ROÇA
Tem moço da cidade cantarolando
As maravilhas de se viver na roça
Cavalgar pelos campos, nadar no rio
Fogueira, roda de viola e cachaça
Aqui tem tudo isso
Mas aqui também se acorda cedo para trabalhar
Cavalo, porco, cachorro, galinha, gado para alimentar
Lavoura pra plantar, cuidar, colher e vaca para ordenhar
Aqui fim de semana ou feriado não se pode parar
A vida na roça não é fazenda de novela
Peão de roupa limpa, mão sem calo e rosto sem suar
Aqui na roça o trabalho é pesado
Mas pra quem já está acostumado
Essa é a melhor vida, esse é o melhor lugar
No calendário da roça, vida e morte são
como mudanças de estação.
Um dia a gente floresce,
no outro, aduba o chão.
Já se sabe o bom caipira
que para tudo se fez um tempo.
Desde o sol, que nasce bem cedo,
até o sopro do vento.
Mazzaropi nasceu, viveu e morreu.
Cumpriu o ciclo da semente.
Deitou-se na terra,
abastado de riso e de vida,
e descansou de ser vivente.
("Mazzaropi, um jeca bem brasileiro")
FORMIGARRA
Assim, sem alarde
Cantando o labor
Alivia e reforça
Suor há na roça
Exercício da alma
Não reclama e acalma
Suplica mais força
E não menos peso
Pensamento coeso
Sopesa necessidade
Ecoa bondade
Na força e não forca
Trabalha em ti
Conjugando harmonias
Com mais sincronia
Formiga e Cigarra
Trabalho e Fanfarra
Mais úteis que nunca
Sem nenhuma vaidade
Ou graus de importância
Una ambulância
Socorro conjunto
Ao bem da Verdade
Cumplicidade!
Eu vou para qualquer lugar
tenho pressa em chegar.
Chegarei.
Chego a lagoa, a roça,
a rodovia, a praia, a dança, a quadrilha.
Dançarei.
Cantando, abraçando, perdendo, beijando,
lendo, traindo.
A quem? A mim?
Irei.
Eu vou, Eu vi!
O nascer do dia quando morri.
A cela trancar, e a inspiração chegar...
Vivi!
GARANTIA DE VIDA!
Aqui é pouco o que tenho
neste sertão nordestino
na roça ou no engenho
lutando desde menino
o chão é seco e ferrenho
mas no trabalho o empenho
garante o nosso destino.
CAFÉ DA MANHÃ NA ROÇA
Olhar a mesa posta,
A disposição dos talheres,
As jarras coloridas,
O velho bule de café
Com cheirinho de roça
O mel no pote,
Mas não é qualquer mel,
Aquele mel safra especial
Que as abelhas
Deixaram lá no quintal,
O caseiro cuidou de apurar,
Deixando à mostra os favos
A enfeitar o pote,
Geleia fresca,
Sabores, uva e morango
Frutas colhidas na horta,
Geleia caseira sem igual,
Sem falar no pão,
Gente, o pão integral caseiro
Feito pelas mãos de ouro,
Mariana, a cozinheira,
Capricha em cada detalhe,
O açucareiro,
As xícaras, os copos,
as canecas de ferro agata,
E no centro da mesa
Um latão de vidro de leite,
O latão é transparente,
De longe a gente vê
A espuma branca sobre ele
Vê que é leite tirado
da vaca,Salomé, depois
da ordenha fica até leve,
Mexer com ela,
ninguém se atreve,
Ela arma o coice,
E mete o pé...
Volto a olhar pra
mesa do café
Tudo perfeito
Em grande sintonia
Pra trazer a alegria,
Alegria da família
No café da manhã.
Que bonito que é,
O mais gostoso
E puro café
O café da roça
Na roça do tio Zé
Eu sou trabalhador do Maranhão
Luto todo dia
Com meu coração
Na roça ou no mar
Não importa a missão
Com meu suor
Forjo minha luta
O sol queima forte
Na terra batida
Trabalho pesado
Não importa a medida
Sou filho da lida
Da vida sofrida
Mas o orgulho eu levo
Na minha partida
Minhas mãos calejadas
Mostram meu valor
Na pesca ou na enxada
É o meu suor
Trabalhador guerreiro
De fibra e de cor
Maranhão é meu berço
É o meu tremor
Ahhh, esses dias vividos lá na roça, Esse cantinho de paraíso que me endossa
Uma vontade enorme de fugir da cidade,
Onde tudo é urgente, feio, sem suavidade.
Quero a roça, onde o tempo é quem escolhe ser,
Onde o galo canta livre ao amanhecer,
Os pássaros riscam o céu em pleno voo,
E os peixes saltam no rio, brilhando como ouro.
A gambá cruza o campo com seus filhotinhos,
E eu, na rede, balanço leve com o vento mansinho.
Nos primeiros raios de sol, deixo a alma descansar,
Respiro fundo… e percebo: também sou parte desse lugar.
Roça minha Roça
Ahhh, esses dias que vivi na roça encantada,
Foram bálsamo pra alma, descanso pra jornada.
Um cantinho de paraíso que faz o peito estremecer,
Trazendo uma vontade imensa de da cidade me esquecer.
Porque essa cidade louca, barulhenta, apressada,
Onde tudo tem que ser feio, urgente, feito a pancada,
Já não acolhe meu sonho, já não ampara meu ser;
E o coração sussurra baixo: “volta pra roça, vai viver.”
Na roça o tempo desacelera, respira em paz,
Nada corre desvairado, nada exige jamais.
O galo canta firme anunciando a aurora,
E cada canto de pássaro é poesia que aflora.
Os passarinhos cruzam o céu em voo certeiro,
Colorindo o horizonte com um toque verdadeiro.
No rio, os peixes pulam sem medo, sem pressa,
Como quem dança com a água e com ela se confessa.
A gambá atravessa o campo com seus filhinhos,
Entre o capim orvalhado e os matos caminhos.
É cena singela que emociona só de olhar,
Um milagre cotidiano que só a roça pode dar.
E eu, sentada na rede, a balançar devagarinho,
Deixo que o vento me conte histórias no caminho.
Nos primeiros raios de sol, sinto a vida me tocar,
Como se Deus ali dissesse: “Filha, podes descansar.”
O cheiro da terra molhada invade o meu peito,
E cada detalhe do lugar parece estar no seu perfeito.
Há um silêncio que abraça, uma calma que aquieta,
Um aconchego que cura, que limpa, que completa.
Respiro fundo… e em cada sopro eu sinto chegar
Uma certeza doce, difícil até de explicar:
Que não sou só visitante, nem mera admiradora,
Sou parte dessa obra-prima, dessa terra acolhedora.
Porque nesse lugar divino, nesse canto abençoado,
Percebo que sou raiz, sou vida, sou passado.
E quando a manhã se abre em luz e cintilante cor,
Entendo de uma vez que ali também floresce o meu amor.
Vida na roça
É áspera a manhã, quase madrugada, fria e preguiçosa. Levanta-se dos lençóis gastos e calça o chinelo, ralo de outras caminhadas. Mira as botas que aguardam para a lida, frouxamente repousadas à porta.
Serve o café bem quente. Ecoa o tilintar da xícara no silêncio da roça. Mais um dia começa para quem provê os frutos da terra.
Folha, grãos, sol nascente e mãos na lida: cenário simples de criação que a natureza opera – e o produtor, junto a ela, para gerar e servir a seu próximo o pão de cada dia.
Não importa se você é o bruto da roça, ou advogado que tem sempre uma saída para os problemas, ou mesmo um médico que cuida da saúde de todos, o amor transforma as pessoas, não perca tempo evitando o amor, amar é bonito, brincar com os sentimentos do próximo que é feio.
SAUDADES DA ROÇA
E nos caminhos quebrados do meu tempo,
a roça fiz de lamento, as mãos que espocavam
ao tocar o cabo da enxada, mesmo assim aprendi
tanto, lá não se precisava de caderno ou lápis
os ensinamentos do campo, fazem com que
se valorizem as matas, as águas, a Natureza em si...
O respeito ao homem...Eu montado ali no cara branca,
um boi Zebu valente, de raça, carregava parte da colheita.
E a noite chorava, o cansaço era visível, o corpo dolorido
se encaixava no estrado da cama, dormia como nem eu imaginava, sonhava...E no outro dia ao nascer do Sol, lá estava eu novamente, caminhava para a roça que me chamava, o aprendizado continuava...
Sabia? Que mesmo assim sinto saudades...
Nem imaginava, aquela vida me encantava!
Me lembro bem da minha história, tempos difíceis, muita luta na roça, era dinamizado as coisas para cada hora ,tinha motivação, era por minha senhora ,dela emanava uma enegia Boa ,que nos da força, mulher de sabedoria exemplo para vida toda .
Toca meus seios
Me faz garota
Quero tua pele
Teu riso, na boca
Canta delirios
Roça minhas coxas
Quero teus olhos me consumindo
Palavras loucas
Me faz menina, me põe no colo
Me arranha
Me tira a roupa
04/12/2018
