Rival

Beijo o meu rival, mas é para o sufocar.

É menos aborrecido ver a mulher que amamos ser possuída pelo marido que por um amante rival.

Saber que um rival é amado já é bastante cruel, mas receber a confissão do amor que ele inspira feita pela própria mulher que se ama é sem dúvida o cúmulo do sofrimento.

Em um jogo a melhor estratégia é fazer seu maior rival apaixonar-se por você.

Suando, o ferreiro
larga o malho quente, ao canto
rival da araponga.

Aos médicos e enfermeiros.

O que te dizer,
pois mergulhas de corpo e
alma no que acreditas,
que abandonas o teu eu,
por desconhecidos
e sofres.
O que te oferecer?
Se não tenho esta coragem
que em ti vejo,
que só vejo em seres iguais a ti.
Se não te dão valor
quando estás anônima,
desvestidas das proteções
mínimas que te são oferecidas
no campo da batalha.
És forte,
que mesmo sabendo
do perigo eminente,
voltas e te entregas novamente,
de corpo, alma e coração.
Parabéns pela escolha da profissão,
Que por mim,
se houvesse justiça,
seria contemplada
a representante dos anjos de Deus.

E nessa guerra chamada "VOCÊ", eu sou a minha maior rival.

Amigo da esperança.
Rival da saudade.
Amigo dos encontros.
Rival das despedidas.
Assim é o TEMPO.

A maior de todas as batalhas não é aquela que é realizada entre exércitos ou rivais, mas aquela que é combatida contra a própria consciência .

As mulheres percebem facilmente quando a alma de um homem já foi tomada; elas desejam ser amadas sem rivais, e censuram nele os objetos de sua ambição, suas atividades políticas, suas ciências e artes, se ele tiver paixão por tais coisas. A menos que ele brilhe por essas coisas – então elas esperam que uma união amorosa com ele realce também seu próprio brilho; neste caso elas incentivam aquele que amam.

"⁠Hoje eu enfrentei a irmã do desespero,aquela rival da esperança...
&
A minha mente saiu na tempestade,tive que bailar sem almejar nota no sapateado,sem ter a menor noção da dança."

O amor tem rival: a amizade

O OUTRO EU

Estava quase cego,
Por conta deste meu ego.
Queria ser melhor que meu rival.
Pois vivíamos em um mundo surreal.
Fazia tantas coisas que não poderia fazer,
E só as fazia, para me satisfazer.
Gargalhadas saiam de minha boca, e minha voz rouca.
Escondia-me na aparência,
Fingindo ser o que jamais fui.
A brutalidade do meu outro, me destruía por dentro.
E o tempo se passava e eu estava da mesma forma,
Acho que ate pior.
Queria voltar a ser quem eu era mais já não o podia.
Queria fazer o que antes eu fazia.
Conheci um mundo que o meu mundo desconhecia,
E minha vida nunca imaginaria que existiria.
Vivia em conflitos comigo mesmo.
E uma voz absurda que nunca saia de minha cabeça.
O meu equilíbrio, me desequilibrava e só calibrava a minha arrogância.
Minhas palavras equilibradas pela minha ignorância.
O meu coração queimava, enquanto debruçado eu fumava as minhas próprias dores.
Respirava a poluição, das minhas decisões rudes e maldosas.
Já não podia mais viver do jeito que vivia.
O meu corpo pesado, me deixava cansado, estava sufocado por mim mesmo.
Então lutei e resisti, a o outro eu que queria me possuir.

⁠Ser rival não significa ser inimigo.

Deus não tem rival, e sim um ajudante que o ajuda a separar seus filhos bons dos ruins.

"Quem se apaixonou por si ao menos tem uma vantagem:não encontrará rival."

Solidão é o meu fantasma, meu amigo, meu rival, meu companheiro.
Ele me assombra nas horas de medo, quando parece estar tudo perdido e sobrio. Ele é meu amigo, porque só tenho ele para compartilhar as danças, os risos tolos e sem sentido de uma lembrança. Meu rival porque não o quero perto de mim, mas ele está, só para me contrariar. Meu companheiro das noites, dos sonhos, dos passeios, do pôr do sol, das caminhadas à beira da praia só para me contentar em saber que há ninguém ao meu lado, apenas a solidão.
Uma paz hostil.

Um traço que não se completa

Não precisa ser das trevas testemunha ou rival.
O seu caminhar na folha o comprime, o esconde
Na procura desvairada do mas como? Quando? Onde?
Pode ser que sua busca se complete afinal.

No começo foi guiado e submisso se manteve,
Ignorando a espera que apenas alucina.
Foi preciso mais de um sonho, foi um rosto de menina,
Para que o sofrimento se derreta como neve.

Escorado na memória, percorreu desfiladeiros
Onde o monstro esquecimento encolhia-lhe o passo.
Para a alma apaixonada o talento foi escasso.
Foi no choro, no soluço, encontrar seus companheiros.

Prisioneiro de um gesto ou refém de uma saudade,
Assumiu o compromisso de fazer jorrar do nada
O mistério aveludado das feições da amada,
Pois no sonho se confundem a mentira e a verdade.

Hesitante no percurso, feito barco à deriva,
Foi dos olhos presa fácil, resistência abandonando.
O mistério, o sofrimento, por ainda estar amando,
Mantiveram ilusória a imagem sempre viva.

Que importa o trajeto quando arde na lembrança
A fogueira esfomeada de anseio e acalanto
A mistura de magia devaneo e espanto
Que ao projetar a alma, esqueceu a semelhança?

Nota do editor: O poeta nos oferta sua men­sagem por meio de versos sensíveis, participantes e aber­tos à porosidade de um mundo atroz que nos cir­cunda.

*Do livro ´´Desespero Provisório`, Editora Edicon.

⁠Tu me amas tanto quanto me repetes tantas vezes? Então não sintas meu trabalho como teu rival. Mais que sustentar-me o corpo, ele me sustenta a alma, e tomar-me por tua posse é o caminho mais curto para que ele mo arranque de ti.

⁠"Se Cleópatra vivesse nos tempos atuais, encontraria em você uma rival à altura de sua beleza e encanto."