Ritmo
A vida é uma dança.
Permita que o corpo fale.
Deixe-se levar pelo ritmo da vida.
Aceite as incertezas.
Aprenda com os tropeços.
Nem tudo sai como planejado.
Há beleza nos imprevistos, nas pausas, nos recomeços.
Tem dias de leveza, outros de intensidade. Mas em cada passo, há vida. Então dance. Mesmo quando chover, mesmo quando doer.
Porque viver é sentir.
E sentir… É a coreografia mais sincera da existência.
Em paz
No ritmo do vendaval a cachoeira fazia chuva no oásis,
Na sombra da árvore o beija-flor dançava polinizando,
O barulho dos castores ecoava pelo vale rio acima ,
No deslumbre da calmaria, dois corações indomáveis respiravam os afagos dessa brisa de paz.
A esperança tem passos lentos e dificilmente acompanhará alguém que caminha no ritmo da impaciência.
Não é a vida que tem que se adequar aos seus passos, é você que tem que acompanhar o ritmo dela. E digo mais: apresse-se ou você fica para trás.
Numa ciranda de amigos é necessário dançar no ritmo que a maioria está tocando, caso contrário ficamos de fora da roda.
Entre confete e serpentina chega Fevereiro sorrindo, e no ritmo da bateria mais uma vez abre alas para os foliões mascarados, para a alegria e a fantasia das festas de carnaval.
O bom da vida é dançar na sintonia da música, em que a mente dita a letra e o ritmo fica por conta das batidas que o coração tocar!
A tradição junina é uma ode à crença e à brasilidade, no ritmo efervescente das cidades, entre delícias de milho e bandeirinhas coloridas.
Naquela Noite, Outro Ritmo
Não foi o começo de um novo capítulo
Nem o fim de uma história mal contada
Talvez só uma página que o tempo guardava
Sem pressa, sem rascunho, só esperando o momento certo
De olhos fechados, revivo aquela cena
Você, entre as luzes, parecia parte do lugar
O ar tinha outro ritmo naquela noite
Por um momento, tudo pareceu leve de verdade
Pude tocar sua pele sem nenhuma dificuldade
Algo em você me fez querer desacelerar
Como se o mundo, enfim, pedisse silêncio
E eu começasse, aos poucos, a me autorreparar
Cada gesto teu me fez pensar mais devagar
Como se o tempo sussurrasse lições
Sem pressa, mas com vontade de decifrar
Talvez eu não precise entender o agora
Apenas sentir o ar leve de quem veio sem alarde
Mesmo sem promessas, sem mapa ou direção
Havia cuidado no gesto que não pediu nada
Então sigo… sem garantias, sem direção marcada
Mas com a vontade tranquila de te encontrar novamente
Quem sabe em outra cidade, outro tempo ou ambiente
Ou, com sorte, na mesma sintonia que nos encontrou daquela vez... como NAQUELA NOITE
Na encruzilhada entre o visível e o invisível, a Umbanda dança ao ritmo dos tambores ancestrais, onde mistérios não são enigmas a serem decifrados, mas segredos a serem sentidos. No sopro dos ventos, no canto das águas e na chama da vela que não se apaga, reside a essência de um saber que não se impõe, mas se revela apenas aos que ouvem com o coração. Pois na fé, não há acaso—apenas o eco das escolhas que nossa alma já fez antes mesmo de nascermos.
Nem sempre o meu tempo é guiado pelos ponteiros do relógio. É a vida que dita o seu ritmo e eu apenas obedeço. Às vezes, vivo eternidades em um momento, outras vezes, a vida se arrasta lenta, vazia, impulsionada só pelo tic tac do relógio.
Quando a gente percebe que a vida não é uma competição, começamos respeitar o nosso ritmo e andar mais devagar.
Coração insistente
num viver pulsante,
seus impulsos são recorrentes
num ritmo constante,
às vezes, até enfraquece,
todavia, é persistente,
cada segundo é importante,
segue vivendo intensamente
até o seu último instante.