Rimas sobre a Juventude
" FIEIS "
Tu me darás, dos versos teus, a rima
no enredo que te faz poesia plena
conforme, a declamar, teu corpo encena
o que te torna, enfim, uma obra prima!
Assim me exposta, frágil, tão pequena,
poesia da mais alta, minha, estima
te deitarei canção posta por cima
a te exaltar no amor que nos condena.
Daremos, nós, inveja aos menestreis,
nas noites de luar, loucas, crueis,
entorpecidas das almas errantes…
Tu me darás a rima dos teus versos;
eu te darei meus textos controversos
e o tempo nos fará fieis amantes!
" BRINQUEDO "
Eis que a lembrança, ainda, te visita
no teu jardim da alma, em certo instante,
e a emoção que é, disto, resultante
ficar por tempo mais, em ti, cogita!
Te inquietas do momento, relutante,
consciente que o amor real te habita
e, embora exista manchas nesta escrita,
saudades tens de quem te foi amante.
És responsável por quem tu cativas
e é este amor que faz com que revivas
o essencial oculto neste enredo…
Sim! Te visita, ainda, uma lembrança
que, todo o sentimento teu alcança
fazendo, da saudade, o teu brinquedo!
" ANDARÁ "
Hão de ficar lembranças na memória,
imagens, fotos e a recordação
dos tempos juntos, presa ao coração,
marcando o que se fez por nossa história!
Por mais que haja mudanças e a intenção
de se deixar pra lá, fraca, ilusória,
tentando um rumo novo à trajetória
terás, ainda assim, saudade, então.
Que os fatos não te impeçam de ir adiante
mantendo o passo firme, são, constante,
em busca de um futuro aventurado…
Mas, saiba que presente e verdadeiro,
qual se sentisses dele, ainda, o cheiro,
o amor sempre andará, junto, ao teu lado!
" NÃO MAIS "
Eis que um esquenta o outro e vice-versa
quando há sincero amor, cumplicidade,
se o sentimento é forte de verdade
e a alma está, nesse desejo, imersa!
Se aquece, o que é paixão, felicidade,
nos braços, beijos dados, na conversa,
e o frio da solidão, assim, dispersa
mantendo o fogo da sinceridade.
Quando há o afeto puro, uma aliança
de se manter o amor que os afiança,
supera-se as geleiras desta vida…
Pois que um aquece o outro ao próprio peito
num relacionamento assim, perfeito,
não mais havendo frio que lhes divida!
" ANDANTE "
Disse, o destino: Siga! É mais à frente…
Julguei ser insensato ouvir-lhe a voz
e me mantive em meu sofrer atroz
qual fosse, eu, só um mendigo, um indigente!
Prossiga! Ele insistiu. Fez-se feroz
e me agitou por dentro, ardentemente,
de forma que tocou-me o consciente
e andar me pus… Um passo, um outro após.
Tão logo, a estrada fez-se por bonita
e me chegou consolo à alma aflita
mostrando-me horizonte promissor…
É mais à frente! Disse-me o destino
e, assim, me fiz de andante, um peregrino
que irá, bem logo mais, achar o amor!
" EMBIRROU "
Ela embirrou igual mula teimosa
e se fechou negando-me conversa
em meio à tempestade lhe adversa,
fazendo-se difícil, má, manhosa…
A sua mudez se fez razão reversa
e não lhe deixa mais doar-me prosa!
Nem mesmo na poesia ela se entrosa
ficando, para assuntos meus, dispersa.
Pra quê tal pessimismo e mau humor
pra com quem lhe estendeu a mão do amor
e lhe acolheu nas raias da paixão?!
Que desembirre logo, mula brava,
pois, birra, a vida encurta, cessa, trava
e só traz mais sofrer ao coração!
" IMORAL "
Porquê mudastes tanto, ó Mocidade,
e deste um novo rumo ao teu destino
buscando o diferente, em desatino,
em louca busca pela novidade?!...
Não mais és inocente e o libertino
tomou lugar da tua castidade…
O belo deu acento à obesidade
do romantismo, o luxo, o caro, o fino…
Abristes mão de sonhos, da alegria,
pra aqui viver só da tecnologia
ao se isolar nas redes, no virtual…
Mudastes tanto, ó Mocidade! É pena
que a tua escolha agora te condena
por semear nos campos do imoral!
" LUXO "
Ah! Quanto luxo numa curta vida…
Qual se jamais chegasse-lhe de lado
a causa de quem é o necessitado,
o pobre, a mão carente lhe estendida…
Um mundo à parte dá, por entronado,
esse egoísmo teu, alma perdida!
Não vês, em tua soberba, qual saída
daria-te o amor que tem faltado.
Te amoldas a essa insana e vil conduta
que só condenação, não mais, te imputa
e lança-te a cruel e triste inferno…
Efêmero esse luxo sem razão
que, tristemente enfim, teu coração
insiste por querer fazê-lo eterno!
" OUTONO "
Outono… Céu azul, tardes amenas,
bucólicas saudades vindo ao peito
e o dia envelhecendo do seu jeito
querendo descansar ao sol, apenas!
Já deita-se, esse ciclo, no seu leito
cansado dos embates nas arenas,
das lutas, dos combates a centenas;
também, do que na história, se fez feito.
Os meses vão crepusculando o enredo
guardando, só pra si, como segredo,
quaisquer paixão, por eles, concedida…
Bem-vindo, Outono, aos braços desta terra,
ao tempo de labuta que se encerra,
tal qual o outono desta minha vida!
" EXPUNHA "
Não sei se falo ou calo, mas tô rindo
e o fato é que mais cedo saberão
o pensamento aqui, de prontidão,
que me passou na mente, me traindo!...
Se fez por clara a minha reação
que, assim, foi plenamente me despindo
perante o fato, a pouco tempo, findo
e gerador do riso sem noção.
Que me perdoem, mas pensei apenas
e quis guardar, pra mim somente, as cenas
dos fatos que me fiz por testemunha…
Se calo ou falo, não sei bem ao certo…
Quem dera não houvesse alguém por perto
enquanto, o riso meu, sem dó, me expunha!
" DELÍRIO "
Tomei a flor do amor entre meus dedos
e lhe senti o perfume me doado!
Rendido, o coração me foi tomado
seguindo, da paixão, vozes e enredos!...
Que faz, um pobre ser, se apaixonado?
Se perde pela noite em seus segredos
e assim fui eu, por entre o val dos medos,
depois do amor, enfim, me ter tocado.
Bailei com as estrelas e o luar
sentindo todo o corpo flutuar
qual se não mais houvesse a gravidade…
Cheirei a flor do amor, pra meu delírio,
e a cruz tomei por sina e por martírio
sem mais pureza casta e ingenuidade!
" NÃO "
Me chama, o teu olhar, teu pensamento,
até teus lábios querem, com vontade,
sem medo, sem pudor, sem castidade,
que eu te possua o corpo e o sentimento!
Pra mim não é segredo ou novidade!
Já não me ocultas que te sou tormento,
paixão inconsequente, teu lamento
por tal desejo, dada a intensidade.
Mas esse teu querer é passageiro
após me consumires, por inteiro…
Eu já vivi tal drama noutra história…
Perdoa-me, mas não! Sofri demais
e não me entrego agora a novos ais
pois trago, ainda, as dores na memória!
" NOVA "
Que quer, enfim, a nova mocidade
perdida como está nessa jornada?
Por vezes me parece querer nada
pra só viver, aqui, sua liberdade!
Talvez só busque e quer estar focada
em se fazer presente de verdade
pra ter aceitação dos de sua idade
que têm o pé na mesma caminhada.
Quiçá seu sonho? Amor vindo em paixão?
Deixar que o tempo corra em direção
de um amanhã que seja mais feliz…
A nova mocidade busca agora
o que talvez jamais partiu embora:
o mesmo que, a de outrora, sempre quis!
" ATRAÇÃO "
Em tudo o que tu pões teu coração,
ali, o tesouro teu, terás guardado!
Escolhas, pois, aonde, com cuidado,
pra que não te destrua uma ilusão!
Nem tudo o que te for apresentado
por mais que com ternura, com paixão,
irá te conduzir para a ascenção,
de tu’alma, ao que for justo e equilibrado.
Há tentações, há covas e armadilhas
das quais, certas paixões cruéis, são filhas…
Atente onde colocas teu amor!...
Ali terás guardado o teu tesouro
bem mais valioso do que prata ou ouro…
Não prove, da atração, qualquer licor!
No mundo dos risos e da razão,
Hélio brilha, é a nossa inspiração.
Com sua inteligência afiada e perspicaz,
Encanta a todos com seu jeito sagaz.
É um amigo que entende, que compreende,
Mas também um coração que facilmente se rende.
Se apaixona rápido, como uma chama a queimar,
E sua jornada amorosa é digna de se contar.
Com seu humor contagiante, faz-nos rir até doer a barriga,
E mesmo nos momentos sérios, ele nos contagia e instiga.
"Hélio, o mestre das piadas, o rei da diversão",
Em sua presença, nunca falta a emoção.
Que o riso e a sabedoria sempre o acompanhem,
Que cada paixão seja um aprendizado que lhe engrandece.
Hélio, meu amigo, com seu coração tão brincalhão,
És a inspiração que ilumina nossos dias, és nossa canção.
O DESEJO DA PRINCESA.
A princesa de aço, de alma forte e fria,
saiu da torre, sem precisar de um guia.
Dragões caíam, um a um, sob sua espada,
sem um príncipe, sem um beijo, sem uma fada.
"Eu mando aqui!", gritava ao lobo feroz,
com voz de rainha, sem um pingo de dó.
Mas na madrugada, quando a lua espreitava,
as lágrimas brotavam, a alma se estilhaçava.
Sonhava com um príncipe, de olhar terno e belo,
que a levasse em seus braços, num castelo de gelo.
Que matasse os dragões, sem precisar de ordens,
e a beijasse com amor, em tardes serenas.
Queria um colo, um abraço, um calor que a acalmasse,
um príncipe que a amasse, que a fizesse feliz, que a salvasse.
Mas a princesa de aço, de armadura e orgulho,
escondia o seu medo, a sua dor, seu desejo.
E assim vivia, forte e fria, sem se entregar,
mas no fundo do peito, um sonho a ansiar.
Um príncipe que a amasse, que a visse além da armadura,
e a levasse para sempre, num reino de ternura.
@ANDERSON1ANTONIO
NÃO É ADEUS NEM UM ATÉ LOGO
O amor, um rio que corre sem cessar,
Em meu peito, a correnteza a te buscar.
Mas a maré, ela muda, o curso se altera,
E a força que me guia, agora se desfaz.
Não te abandonei, não te esqueci,
A admiração, em meu ser, ainda reside.
O sentimento, forte e intenso, persiste,
Mas a distância, a sombra, me impede de seguir.
Não é um adeus, nem um até logo, não,
Palavras falham, a dor me consome em vão.
Um silêncio, um vazio, um turbilhão de emoções,
Um amor que se apaga, em meio a confusões.
Ainda te amo, sim, é verdade,
Mas a realidade, cruel, me mostra a realidade.
O que eu queria que fosse meu, agora é só lembrança,
Um sonho que se esvai, em melancolia e dança.
Então, me despeço, sem palavras, sem adeus,
Com o coração em prantos e a alma em silêncio.
A saudade, uma ferida que nunca cicatriza,
Um amor que se foi, e a vida que se fossiliza.
@ANDERSON1ANTONIO
## Adeus Sem Retorno
Não quero dizer nada,
apenas repetir o eco da minha alma.
Se você não entende o que faz,
se vê que está correta,
não vale a pena insistir.
Palavras que você não vai ouvir,
serão palavras ao vento,
chegando aos seus ouvidos vazias,
sem alma, sem cor.
E minha dor só aumenta.
Então hoje é um adeus,
sem um até breve.
Um adeus sem retorno,
um adeus sem esperança.
## A Sinfonia da Natureza
Ah, o vento! Mensageiro sutil,
Com sussurros secretos, a alma ele acalma.
Traz consigo histórias que a natureza esculpiu,
Em folhas que dançam, em rios que correm, em nuvens que se movem.
O sol, em seu abraço, calor e luz derrama,
Na pele, um carinho que a alma acende.
Em cada raio, um toque, um despertar,
A vida pulsa, a esperança renasce.
E quando a chuva cai, em gotas que descem,
É como se a terra suspirasse, em alívio e paz.
Lavando a poeira, purificando o ar,
Renovando a alma, a esperança a florir.
Nos momentos simples, a beleza se revela,
Em cores vibrantes, em aromas que encantam.
A natureza, em sua grandiosidade,
Nos presenteia com a vida em cada instante.
Então, vamos apreciar, com olhos atentos,
Cada nascer do sol, cada canto de um pássaro.
Em cada folha que cai, em cada gota de chuva,
A beleza se esconde, a vida se revela.
E assim, em cada instante, a vida se renova,
Com a sinfonia da natureza, que nos acolhe e nos encanta.
Em cada sussurro do vento, em cada raio de sol,
A vida pulsa, a esperança renasce, a alma se alegra.
A AUSÊNCIA
A ausência, um rio que corrói a memória,
Esculpe o esquecimento em cada maré.
Se a deixas sozinha, por muito tempo, sem história,
Ela se adapta; a dor se torna um véu tênue que se vai.
No início, o vazio, um grito mudo, um eco a ecoar.
Mas o tempo, mestre da cura, a molda em novo lugar.
Ela sai, sem você, a alma livre a voar,
Em restaurantes novos, em paisagens a se afagar.
Conhece o mundo, sem o seu olhar, sem o seu toque,
E se, no seu caminho, a felicidade encontrar,
Se a sua presença se tornar um "tanto faz",
Você a perdeu, para sempre, sem ter como voltar.
A ausência, um espelho que reflete a verdade,
A saudade, um fantasma que se alimenta da saudade.
Se a perdeste, a culpa é tua, da tua frieza,
Que deixou a chama da paixão se afogar na tristeza.
@ANDERSON1ANTONIO
