Religião
A Fé Religiosa consiste em uma indiferença aos fatos aliada à obsessão por matérias onde a Lógica é proibida de decidir.
O Mistério da Fé consiste em aceitar absolutamente dogmas que a Lógica classificaria como um completo absurdo.
A Fé Religiosa pode ser aferida em Medidas de Absurdo: quanto mais fantástico for o disparate que se aceita, maior é o valor intrínseco que o crente confere a si mesmo.
Quando eu nasci tentaram me iludir,
me obrigaram a acreditar,
fui proibido de querer duvidar,
e hoje eu sou um Renegado!
Fogueiras queimando, pessoas ainda vivas, se debatendo entre as chamas. São dois mil anos de crimes em nome de Deus
Religiões fazem as guerras, qual delas é a melhor para arrebanhar mais fieis, para cultuar a violência.
Queimaram nossa história numa fogueira na praça, chamaram toda a escória e anunciaram que era de graça.
Fé e amor, é necessária uma mensagem que conduza a uma livre opção de fé, com respeito as culturas e religiões.
Como você tem reagido nas horas de aflição? Você está bebendo da taça do tremor, sentindo-se débil, sem poder para resistir ao inimigo? É hora de sacudir as amarras pesadas e levantar mãos santas em louvor ao seu Redentor. Você está livre, não importa qual seja a prova - então se alegre e se regozije, sabendo que o quarto homem está na fornalha consigo. Cristo se revelará em seu sofrimento, e o fogo queimará todas essas cordas que lhe atam.
Qual será o poder de uma pequena imagem de chumbo vendida como lembrancinha? Qual é o poder real daquilo em que acreditamos, pelo simples fato de que acreditamos?
O diabo mesmo dominado pelos poderes de Deus e de um santinho qualquer continua operante. Acredita-se que não haverá nenhuma transformação transcendental, ou aparição lunática sobre as nuvens, nenhuma vinda gloriosa de um Cristo salvador para não correr o risco do fim de toda a sobrevivência do mal da religiosidade.
Mesmo sem acreditar em encomendas, tinha certeza de que a mãe de Jesus estivera o tempo todo segurando sua perna, talvez também suas mãos, e as mãos do médico que lhe devolveu o dom de caminhar.
Era verdade então que a vida do paraplégico Lourival não tinha mais os limites de alguns dias antes? Nem os limites da razão que o faziam ter certeza de que nunca mais poderia caminhar, desafiando inclusive sua fé?
Depois daquela experiência extraordinária, Daniel pensou que estivesse vivo outra vez. Mas, talvez não. Talvez estivesse a caminho do Céu, levado por aquela mulher de mãos brancas. Ficou alguns instantes entre um e outro mundo. Até que, de repente, voltou a ouvir a barulheira do povo à sua volta.
Imagine você o que Mirza não terá sentido quando viu uma senhora entrando em seu quarto e lhe acariciando os cabelos, enquanto a doença grave, de repente, desaparecia. E o que você pensaria sabendo que, na mesma casa, em outro momento, Sônia teve praticamente a mesma visão?
Aí, pensando que foi só mais uma coincidência da vida, você fica sabendo que, num outro canto do Brasil, Paulo Roberto se agarrou a uma imagenzinha de chumbo e sentiu que, por causa dela, sobreviveu ao desabamento do mundo. Ainda ouviu uma voz lhe dizer: "Pula para o outro lado do carro!".
