Relações Humanas
Ah, essa superficialidade e complexidade das relações humanas, que nos torna cada vez mais distantes, sós, isolados em nossos próprios mundos que estão murados pelo medo do contato com o próximo.
A necessidade de juramentos é sinal de que a mentira e a desconfiança pervertem as relações humanas. Jesus exige relacionamento em que as pessoas sejam verdadeiras e responsáveis.
(nota de rodapé)
A Lei da Ação e Reação não é exclusiva da Física. Ela está presente também nas relações humanas. Se eu pratico o bem, receberei o bem. Quando exercito o mal, o mal certamente a mim retornará.
A grande tragédia do ser humano ocorre quando, interiormente, ele não sabe a diferença entre as duas atitudes!
Pedro Marcos
A educação, a gentileza e a cordialidade são fundamentais para relações humanas saudáveis. Sem isso, não se consegue muita coisa além de gerar antipatia.
É preciso combater esta síndrome que contaminou as relações humanas no mundo contemporâneo: AMIZADE não é UTILIDADE!
Nas relações humanas, os problemas são muitos; irmãos e irmãs egoístas, pais e mães que abandonam seus filhos ou suas filhas em busca dos prazeres doentios com a velha desculpa de irem ao encontro da felicidade, filhos e filhas ingratos que não cuidam dos seus pais e de suas mães estando estes na velhice, pensando os filhos que nunca envelhecerão, amigos e amigas que traem uns aos outros por causa de míseros punhados de bens materiais que nada poderão levar quando deste mundo partirem... a lista é grande... pobres pessoas que correm o tempo todo em busca do ouro e da prata dos tolos...
As relações humanas são preciosas oportunidades de aprendizado, principalmente no campo dos sentimentos.
O mantimento das relações humanas não consistem no quanto gostamos das qualidades, no quanto nos identificamos com as pessoas. Isso é fácil. Elas se tratam do quanto conseguimos conviver com as diferenças. Até que ponto essas diferenças nos atingem e comprometem o nosso conviver com as mesmas. É a partir disso que as relações se dissipam ou não.
É lamentável perceber que algumas relações humanas mantêm suas bases solidificadas apenas em um jogo de interesses.
As pessoas sentem falta de relações humanas constantes e objetivos duráveis.
A cada dia que passa as relações humanas tornam-se mais complexas - até as ALMAS GÊMEAS estão
se tornando
ALMAS ALGEMADAS.
No mundo dos negócios um acerto compensa 300 erros, mas no mundo da relações humanas, 300 acertos não justifica um erro!
As relações humanas são como edificações que dependem de alicerces confiáveis que lhes garantam a sustentação: por mais atraente a aparência externa, impossível mantê-las de pé sobre estruturas já condenadas, sendo o desabamento uma questão de tempo. Até palácios levantados sobre pilares mal construídos se transformam em pó quantas vezes se tente reerguê-los. Consolidem-se as fundações, e a construção se mostrará perene.
Pensava no mistério das relações humanas, naquele “mistério” que o perseguia sempre, como uma chave para situações difíceis. Começava a compreender que um dos princípios dessa idéia era uma espécie de incapacidade de realização em todos os sentidos que se pretendiam. Assim, nada se realizava integralmente, nem o ódio, nem o amor, nem os outros movimentos de menor intensidade. Só seria admitida a possibilidade de um sucesso completo, caso a natureza obscura desse “mistério” fosse revelada. Podia ser que então o equilíbrio pudesse ser tentado. Mas dentro das manifestações informes desse enigma, entre o temor e a angústia, achava-se estabelecido o próprio centro negativo de repulsão, que não permitia senão um amor incompleto e um ódio sem conhecimento das suas próprias forças.
As relações humanas se deterioram como a madeira que foi assolada pelo cupim.
Assim, são as pessoas que descartam as outras quando estas já não tem mais utilidade. O que há com a dupla essência adicionada no ente pelo Divino?
Ainda as ideologias, costumes, cultura são mais importantes que as relações humanas. Digo isso por sofrer na pele tais divisões, não entendemos ainda que a diversidade é uma dádiva, e que deveria ser compartilhada e não motivos de separações ou guerras. Sei que sentir ofendido é algo ruim, pois deveria entender que todos defendemos uma bandeira ao invés de lutarmos pelo bem do outro e de nossa própria vida. O que pode confortar é saber que todas as simbologias que hoje separa homens meramente por seu valor institucional chegará ao fim, mesmo que esse fim seja o fim de tudo, até mesmo das boas coisas.
As relações humanas são difíceis, nem sempre se dá credibilidade a quem necessita, nem sempre a culpa será dos culpados, mas com certeza terão incrédulos e culpados no final, pois é um ofício humano julgar.
O Tomate e as Relações Humanas
Outro dia, minha secretária estava fazendo o prato de minha filha, para almoçar, e na montagem, vi que ela não havia colocado nenhuma verdura. Questionada, ela disse que minha filha não gostava de tomate no feijão, por isso ela estava tirando um a um. Reclamei, e dei a orientação de que sempre ponha verdura no prato dela. Ela pode não comer, mas saberá sempre que tomate e outras tantas frutas, verduras e legumes, dão sabor à comida. Acho que o problema de muitas pessoas é que só enxergam o que querem ou do que gostam, isso porque alguém ficou escondendo o tomate ou a cebola. Com o tempo, passamos a ter dificuldade de aceitar o que nos desagrada. No trabalho, por exemplo, temos que lidar com pessoas amáveis e outras intragáveis. A vida é assim. Tenho amigos que detestam mastigar a cebola, e dizem odiar cebola. Tantos pratos levam cebola; logo, o saber está lá, apenas a textura foi alterada. Portanto, para aqueles que preferem sempre as mesmas coisas e os mesmos gostos e os mesmos lugares, sugiro que aceite um pouco a ideia de sair da rotina (zona de conforto) e busque provar novos sabores. Expor as diferenças é a mais simples forma de aceitá-las. Desafio alguém a cozinhar sem verduras e legumes, pois dão um sabor e aroma incríveis aos pratos. Acho que as pessoas são assim: cada uma a seu modo acrescenta de alguma maneira no sabor e aroma da vida do outro. Ser só é possível em relação ao outro.
