Reflexões sobre Música
PONTO DE PARTIDA
Primeiro a gente casa com a alma!
Morada abstrata, onde nascem duas histórias.
Se tu queres começar, ora! Se tu queres morar, namora!
Edifica teu endereço, constrói tua memória.
Embasa na terra, alicerça o coração
Nada funcionará se não der asas à imaginação.
Percebes o que há na dança, na leveza, no falar...
Nas artimanhas do sorrir, nas entrelinhas do olhar.
Amor que ora, amor que mora, amor que aflora, namora.
Não te afliges pobre coração, logo serão dois em um. Às vezes demora!
Tu que vives na penúria, acalenta-te agora
Não chora!
Deves saber a cada dia o que há em comum
Que de longe são dois, e de perto são um
Que tu encontres na casa a alegria de viver
Se não casas com a alma, haverás de sofrer.
Às vezes fico com saudade
De momentos que eu ainda não vivi
Às vezes peco na vontade
De sentimentos que eu ainda não senti
Te vejo nas paredes dos hotéis
Eu vivo interpretando papéis
Às vezes não sei mais quem sou
Me deu vontade de voltar
Pois eu sei, que você quer viver comigo outra vez
Que você quer viver ao lado meu, até a luz do sol se apagar
É no canto de minha casa que fico a imaginar
Uma frase bem legal pra meu dia animar
Leio a Bíblia, canto hinos e fico a contemplar
Esse campo de mato verde que não canso de olhar
O canto das aves são músicas pra meus ouvidos, o galo canta o despertar da manhã que é muito lindo!
Milla sempre do meu lado, companheira sem igual, essa cadela é sem dúvida uma amiga animal.
Eu estou à beira do precipício, assista enquanto mergulho
Eu nunca vou tocar o chão
Caio através da água
Onde eles não podem nos machucar
Estamos longe da superfície agora
Me diga uma coisa, garota
Você está feliz neste mundo moderno?
Ou você precisa de mais?
Existe algo mais que você está procurando?
Teu amor foi embora e você nem percebe
Que os dias amanhecem e você nem acorda
As cores foram embora e você nem se pintou
O açúcar foi embora levou todo o sabor
Tristeza pôs um véu em você, te cegou
Agora todos foram embora, só você se ficou
Mesmo querendo me soltar
O mundo vai negar, dizendo que eu sou a bruxa
Sei que não é faz de conta
Fogueira tá no sangue
Eu como a torta de maçã
Pra não fazer desfeita
Garfos pro lado e eu me finjo satisfeita
Aprendi bem cedo a ser uma linda princesa
Na mesa, cumprindo ordens de etiqueta
Minhas dores gritam no meu grito exausto
Corpo casto, corpo gasto
Negro filho do sol, nasci astro
Leia na noite do meu corpo seu signo
Me siga dos bons aos cínicos
Destruindo seu reinado de prédios
Me sinto Tim Maia, então chame o síndico
E a areia a escamar, tudo aquilo que restou
E no fundo forjar, uma pérola no peito
E fazer valer todo tempo que escorreu nas mãos
E no sopro do vento me olhar
A felicidade é simples assim
A felicidade eu sinto:
Porque sinto-me no vento;
Porque sinto - me na flor;
Sinto-me repleta de amor!
Depois sou sol...
Posso ser a chuva...
Posso ser o arco-íris também!
De repente sou verdes matas
Sou frondosa árvore...
Mas, de repente vôo
e uma borboleta posso ser!
Se canto, sou passarinho
e na liberdade vou...
Corro na minha imaginação
Percorro às linhas de uma nuvem,
Deixo fluir as coisas como devem ser!
Ser feliz é vencer
apredendo todo dia!
Meu coração é feito de canção...
Sou livre e liberta;
Sou paz e gratidão;
Sou céu de estrelas...
Sou constelação!
Às vezes, sou feito fases ...
Em lua me transformo:
Fico prateada lá no céu;
Fico parecendo um anel;
Às vezes, sou metade
e outras vezes sou apenas um pincel!
Vou colorindo o mundo
Vou pintando tudo
com gotinhas de coração
e florzinhas coloridas pelo chão!
Não julgo ninguém
senão à mim mesma
porque, às vezes sou dúvida,
mas também sou certeza!
Por fim a felicidade é simples assim...
Não há o que complicar...
Basta a gente se amar!
Maria Lu T. S. Nishimura
Cantinho da Sol
Lá na cidade
Em frente ao farol
Vejo a mocidade
No bar da Sol
Clima de Tanquinho
Faça-me o favor
Uma cerveja
Tá muito calor
Cachaça da boa
Flor de girassol
Tô rindo à toa
Carne-de-sol
Mais um freguês
Chama um torresmo
Quem foi que fez?
Fui eu mesmo
A tarde tá linda
Tem pôr-do-sol
Música boa
Canta o rouxinol
Que vida boa
Doce igual mel
Prá matar fome
Sarapatel
Na TV futebol
Ouvi um grito
Gol do Bahia!
Era Marisol
Saiu o peixe frito
Acordei querendo ver o mar
Tem um sol lá fora só pra mim
Pra fluir desligo o celular
Offline pra notícia ruim
O universo sabe conspirar
Pra quem gosta de se permitir
E quem planta o bem em qualquer lugar
Vai colhendo flores
Você nunca me enganou
Eu fingia que não sabia
Mas eu tinha detalhado
Os seus passos e suas mentiras
Quem brinca com fogo se queima
E eu só tenho a cara de besta
Eu tô te chamando pra beber
Mas você sabe que não é pra beber, não é pra beber
Eu tô te chamando pro rolê
Mas você sabe que eu não quero rolê
Eu quero é você
Ei você
Na beira do abismo
Eu vejo você e te entendo
Pode chorar que uma hora isso vai passar
E se você achar que não vai dar
Eu tô aqui pra te abraçar
Cá pra nós
Mulher tem que ter poder
Pois na vida moderna
Viver subalterna foi o que ficou pra trás
Um século dois ou mais
Canção de Amor
As notas musicais murmuram seu nome,
chegam como sua voz, reverberando em mim,
na sinfonia só nossa, não precisa de claves,
porque é uma canção de amor sem fim
Com fé no que sei e no que não sei
No que sou e no que serei
Sigo hoje forte, mais do que ontem
Minha resistência é voz
E se for preciso
Eu aprendo a ser feroz
Quero desejar, antes do fim
Pra mim e os meus amigos
Muito amor e tudo mais
Que fiquem sempre jovens
E tenham as mãos limpas
E aprendam o delírio com coisas reais
Sua ausência tá fazendo mais estrago que a sua traição
Minha cama dobrou de tamanho
Sem você no meu colchão
