Reflexoes de Olga Benario

Um homem desonrado é pior que um homem morto.

Não há escravidão pior que a dos vícios e das paixões.

O meio mais eficaz de nos vingarmos dos nossos inimigos é fazendo-nos mais justos e virtuosos do que eles.

Cuide de vossa graça, pois aqueles ali não são gigantes, mas moinhos de vento, e aquilo que pensais serem braços são as pás que, girando o vento, movem a mó.

Quem não sabe nada, seja ele senhor ou príncipe, deve ser incluído no número das pessoas vulgares.

Uma coisa não é justa porque é lei, mas deve ser lei porque é justa.

O poder é uma ação, e o princípio eletivo é o da discussão. Não há política possível com uma discussão permanente.

Quem muito nos festeja, alguma coisa de nós deseja.

O temor da morte é a sentinela da vida.

Um homem só está seguro daquilo que possui.

É na idade da ambição que se prova a têmpera dos homens.

O corpo é um caminho:
ponte, e neste efêmero abraço
busco transpor o abismo.

Felicidade, árvore frondosa de dourados pomos. Existe, sim, mas nós nunca a encontramos porque ela está sempre apenas onde nós a pomos, e nunca a pomos onde nós estamos.

O vento é o tempo:
sopra varre levanta lambe
desfaz o que foi feito.

Deus é o poeta, os homens são apenas os actores.

O homem não é bom nem mau, nasce com instintos e aptidões.

A constância é o fundo da virtude.

A ignorância que se conhece, se julga e se condena não é uma ignorância completa: para que o seja, é preciso que se ignore a si mesma.

O fraco ofendido desabafa maldizendo.

Virtude invejada é duas vezes virtude.