Reflexoes de Olga Benario

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Há muita gente para quem o receio dos males futuros é mais tormentoso que o sofrimento dos males presentes.

A longo prazo uma profissão é como o matrimônio; apenas se sentem os inconvenientes.

O governo é como toda as coisas deste mundo: para o conservarmos temos de o amar.

O muito torna-se pouco com desejar um pouco mais.

Aprovamos algumas vezes em público por medo, interesse ou civilidade, o que internamente reprovamos por dever, consciência ou razão.

Ordem social é limitação de liberdade; desordem, liberdade ilimitada.

O nosso espírito é essencialmente livre, mas o nosso corpo torna-o frequentes vezes escravo.

Ninguém é tão prudente em despender o seu dinheiro, como aquele que melhor conhece as dificuldades de o ganhar honradamente.

A solidão liberta-nos da sujeição das companhias.

Não há poder. Há um abuso do poder, nada mais.

Os ricos pretendem não se admirar com nada, e reconhecem, à primeira vista, numa obra bela o defeito que os dispensará da admiração, um sentimento vulgar.

A mais bela das raparigas só pode dar aquilo que tem.

O louvor que mais prezamos é justamente aquele que menos merecemos.

Os vícios, como os cancros, têm a qualidade de corrosivos.

Há muitas ocasiões em que os ricos e poderosos invejam a condição dos pobres e insignificantes.

Se a vida é um mal, por que tememos morrer; e se um bem, por que a abreviamos com os nossos vícios?

O império mais poderoso e fatal que existe é o das circunstâncias.

É triste a condição de um velho que só se faz recomendável pela sua longevidade.

A opinião pública é sempre respeitável, não pelo seu racionalismo, mas pela sua omnipotência muscular.

A maior parte dos desgostos só chegam tão depressa porque nós fazemos metade do caminho.