Recuar me Mate
Se a investigação for pobre, o processo será frágil. Se a apuração for morosa, a justiça será inócua. Portanto, o destino da verdade penal repousa nas mãos da Polícia Judiciária — sua presença é a centelha da justiça; sua ausência, o prenúncio do caos. A justiça que tarda não apenas falha, mas apunhala a esperança. Um sistema que se pretende justo deve investir na base — e essa base é a investigação. Não se constrói um tribunal digno com alicerces trincados. O Brasil precisa enxergar a Polícia Judiciária não como um apêndice, mas como a vértebra principal do sistema penal. Sem ela, a justiça é cega, surda e muda. Com ela, a verdade ganha voz, o povo ganha esperança, e o tempo, enfim, se curva diante da justiça.
Posso não ter o brilho incandescente das estrelas, mas posso ser a luz natural que brilha em noites de escuridão.
No tenho a fortaleza das ondas fortes do mar, mas sou a gota d’água que completa e enaltece a beleza do oceano.
Não tenho pretensão de ser a luz que colore o firmamento, a beleza reluzente do arrebol, mas tenho a força de uma faísca que acende o fogo da esperança.
Não tenho a certeza da grandeza de minha enciclopédia cultural, apenas compreendo que posso ser a expressão da maturidade que completa o compêndio da paz social.
A estrada da vida é complexa; amamos e choramos; erramos e acertamos; enfim, vivemos a intensidade de grandes emoções; já no final da jornada, deixamos as nossas escusas a quem não dedicamos com fervor toda a nossa devoção.
Quando jovem não tinha exata noção e expectativas de vida; hoje, tenho a certeza que aquilo que desejava no passado era inequivocamente pura quimera de jovem sem noção.
Dediquei anos a fio com fervor e arte a minha profissão; hoje, posso dizer que todo o amor exarado tem reflexos na vida da sociedade.
A noite se apresenta sempre como final de mais um dia; o ar que respiramos é a certeza da dádiva que Deus nos concedeu para viver o verdadeiro tempo do amor.
A política partidária me ensinou que ainda é possível entrar numa pocilga e sair com as roupas limpas.
A política partidária é um lamaçal fedorento; mas ainda é possível atravessar esse esgoto sem se deixar manchar as roupas do corpo.
Minhas ações não se prestam a agradar ninguém; apenas compreendo que a magnitude da vida é sempre obedecer aos desígnios de Deus.
Não nasci para fazer média social; meu compromisso foi sempre fazer o correto para cumprir a proposta de Deus.
Aprendi com a vida que a exposição pública nos traz sempre deveres constantes de zelar pela nossa imagem; contudo, o mais importante é fazer sempre coisas virtuosas longe da exposição pública.
Tudo pode mudar numa sociedade dinâmica; a única coisa imutável é o nosso desejo perene de manter a essência do caráter e da honradez.
Diante de um infortúnio qualquer todo mundo clama por justiça; mas o que fazer se a injustiça é essência do próprio sistema de justiça?
Num modelo de estado democrático de direito há sempre a prevalência de um sistema harmonioso de direitos e obrigações; mas o que vivemos atualmente é um terrível sistema, atrofiado e corrompido, atroz e cruel, injusto e oneroso, inseguro e maléfico.
O narcisista compulsivo é aquele que adora sua própria imagem; pensa ser o maioral, conta histórias fantasiosas de valorização da autoimagem, venera seu conhecimento cultural, tem ciúmes de tudo, inclusive, de sua própria sombra.
A vida é um jogo de vaidades e conflitos de interesses; quem pode oferecer vantagens é sempre adorado; quem não tem condições de oferecer vantagens é alijado do processo social.
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