Recomeços
SOltOS
dizem que nunca vou saber lidar
com o mundo lá fora,
não vou saber morar nele.
mas como vou poder aprender
preso nessa gaiola
que insiste(o) em me esconder?
é aqui que chamam de escuridão,
nos galhos das árvores, dentro dos corações,
nas letras das canções.
isso pode ser por puro conforto
mas por mais que esteja preso,
sinto um veneno que me fortaleceu
e aos poucos quer me deixar morto.
é dia de voar,
de poder expandir os horizontes,
libertar o corvo que habita em mim.
daqui de cima
há sentimentos que nunca serão palavras.
sinto ventos, estradas,
escuto vozes que assim como a minha,
eram caladas.
dá vontade de ecoar o meu grito,
será que solto fico mesmo mais bonito?
no fundo, toda essa liberdade
me assusta um pouco, é tudo novo.
estranho seria se eu ainda gostasse
daquela prisão, mas ela me trazia consolo.
aquele desejo compulsivo
de conhecer o mundo, voar entre abismos,
desbravar todos os riscos
é o que todo mundo sente algum dia
mas isso é liberdade ou medo do que me bania?
estar livre e estar perdido
são coisas muito parecidas no fim.
afinal, estava melhor preso
ou estasiado em fugir?
sentir o vento em minhas asas,
ser um sujeito de sorte,
escutar o que todos falam sobre
chegar o dia de sua morte.
sei que preciso desvendar todas as miragens,
mandar as devidas mensagens,
odiar esse mundo de selvangens,
mas foi assim que descobri que
ser solto também tem suas desvantagens.
Transforme o medo em movimento
Sentir medo ao seguir em frente, especialmente quando não conseguimos enxergar oportunidades, é algo muito comum. Esse medo, na maioria das vezes, nasce da incerteza sobre o futuro e da possibilidade de fracasso ou rejeição. Mas é importante lembrar: o medo pode assustar, mas não precisa nos paralisar.
"Não é o medo que nos impede de amar, de tentar, de mudar. É a escolha de deixá-lo vencer."
Aqui estão algumas estratégias para lidar com esse sentimento e transformar medo em movimento:
1. Reconheça o medo Aceite que sentir medo é natural. Em vez de ignorá-lo ou reprimi-lo, tente entender o que está por trás dessa emoção. O autoconhecimento é o primeiro passo para superá-lo.
2. Dê pequenos passos não se preocupe em resolver tudo de uma vez. Foque em avanços diários, mesmo que pareçam pequenos. Cada passo conta, e o progresso está nos detalhes.
“Você não pode voltar atrás e mudar o começo, mas pode começar de onde está e mudar o final.”
3. Adote uma mentalidade de crescimento veja os desafios como degraus e não como muros. Erros e tropeços fazem parte do caminho — eles não nos definem, nos fortalecem.
4. Estabeleça objetivos quando temos clareza sobre onde queremos chegar, fica mais fácil reconhecer oportunidades no percurso. Objetivos bem definidos nos dão direção e propósito.
5. Busque apoio fale com pessoas de confiança. Às vezes, uma conversa é tudo o que precisamos para enxergar as coisas com mais convicção. Não estamos sós — e não precisamos enfrentar tudo sozinhos.
6. Pratique a gratidão e o mindfulness. Ao nos permitirmos estar presentes, reduzimos a ansiedade e ampliamos nossa visão. Ao valorizar o que já temos, começamos a enxergar o que antes passava despercebido.
“Aprendi que coragem não é ausência de medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas aquele que conquista esse medo.” — Nelson Mandela
Seguir em frente pode ser difícil, mas não impossível. A estrada pode parecer incerta, mas cada passo é uma escolha consciente de não desistir. Continue andando. As oportunidades costumam aparecer no caminho, não na linha de partida.
Qual ciclo você precisa encerrar para dar espaço ao novo?
Você já se perguntou por que certos ciclos se repetem na sua vida? Às vezes, a resposta está menos nas circunstâncias e mais nas decisões que adiamos. Encerrar um ciclo não é apenas virar uma página — é reconhecer que aquele capítulo já não nos representa mais. E enquanto não encerramos o que nos trava, o novo não tem espaço para florescer.
"Você não é obrigado a ser a mesma pessoa que era há um ano, um mês ou até uma semana atrás. Você tem o direito de crescer." — Unknown
Na vida, é necessário fazer escolhas — e uma das mais difíceis é decidir encerrar ciclos para abrir espaço ao novo. Pode parecer simples, mas para muitos, não é.
Às vezes, estamos presos a situações que já não nos fazem bem. Continuamos insistindo, mesmo quando já não há crescimento, por medo do que vem depois, por apego ao conhecido ou simplesmente por não termos parado para analisar com clareza o que aquilo ainda representa (ou não) para nós.
Você não precisa mais caber em lugares onde já não se reconhece. Ciclos se encerram não porque falharam, mas porque cumpriram seu propósito.
"Alguns finais são apenas novos começos disfarçados." — Lao Tzu
Se você está trilhando um caminho que há tempos não te leva a lugar algum, talvez seja hora de recalcular a rota. Às vezes, até ciclos bons precisam acabar para dar espaço a algo ainda melhor. E isso exige coragem, maturidade e amor-próprio.
Encerrar ciclos é um ato de respeito à sua história e um compromisso com quem você está se tornando.
"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças." — Charles Darwin
A grande jornada da vida é justamente essa: a liberdade de se reinventar. E para que algo novo comece, é preciso se despedir do que já foi, com a consciência de que aquilo não é mais suficiente para a pessoa que você é hoje.
Não tenha medo de recomeçar. Tenha medo de permanecer onde sua alma já não floresce.
"A vida é feita de ciclos. Quando você resiste ao fim de um, impede o início de outro." — Eckhart Tolle
A coragem de encerrar um ciclo é o primeiro passo para escrever uma nova história. Pode ser doloroso, sim — mas permanecer em algo que já perdeu o sentido custa ainda mais: custa sua paz, sua energia, sua essência.
Hoje, te convido a fazer uma escolha: Ficar por medo ou partir por amor a quem você está se tornando?
Porque a vida não espera. E o novo está logo ali, atrás da porta que só você pode decidir fechar.
✨ E você? Qual ciclo você precisa encerrar para dar espaço ao novo?
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Ficar ou ir?
— Alice Pinheiro
"Encerrar ciclos é um ato de respeito à sua história e um compromisso com quem você está se tornando."
Acordou antes do sol.
Tomou café e banho quentes.
Acariciou e foi acariciada pelo amor.
Sorriu para si mesma.
Ignorou os ruídos do mundo.
Vestiu-se de flores e cores.
Apagou todos os números da agenda.
Perfumou-se com gotas de laranja, flores do campo e brisa.
Apartou-se das ilusões transitórias de outrora.
Pegou caneta e papel e fez o seu bilhete e o deixou na janela:
- FUI SER FELIZ E NÃO VOLTO.
Busca redesenhos. As fatias do tempo aliviam as dores nas costas e causam aceleração cárdio. Precisa meditar; gosta de banhos doces e de mar. Planos para que lhes tem se é verão. Mas não pode ela andar sem foco, sonha salvar o mundo. Prefere falar de amor a escrever sobre qualquer outro assunto. Chora sozinha num canto qualquer e se recupera nos versos rabiscados com caneta nanquim. Conta com a sorte de explodir em cores quase sempre quando é carnaval. Fica discreta. Enquanto uns dançam por quatro dias, ela fecha os olhos, faz do seu corpo um pêndulo, sem medo, rodopia e se solta no novo ciclo, a grande festa começa aí.
“ E mesmo
quando tudo escureceu,
restou um canto
incandescente,
que insistia
no recomeçar
de cada grão.”
Autossabotagem: o inimigo invisível do nosso crescimento
Você já sentiu que estava prestes a viver algo novo e bom, mas uma voz interna te convenceu a desistir? Já se pegou duvidando da própria capacidade, mesmo depois de ter se esforçado tanto para chegar até ali?
Esse é o efeito da autossabotagem. Um processo sutil, muitas vezes inconsciente, que nos faz recuar no exato momento em que deveríamos avançar.
Ela surge em forma de dúvida, procrastinação, medo de não ser bom o suficiente, ou até mesmo perfeccionismo exagerado. O problema é que essa autossabotagem não só nos paralisa, como também destrói, pouco a pouco, as oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
Mas de onde vem esse sentimento?
A maioria desses pensamentos limitantes nasce de experiências do passado: críticas que ouvimos, comparações constantes, traumas mal resolvidos ou até a ausência de incentivo. Ao longo da vida, sem perceber, internalizamos a ideia de que "não somos bons o bastante", e essa crença se torna um filtro pelo qual passamos tudo o que vivemos.
E o que acontece? Mesmo quando estamos diante de uma nova oportunidade, a mente — que deveria ser nossa aliada — começa a nos sabotar. Ela diz: – "Melhor não arriscar." – "E se der errado?" – "Você não tem capacidade pra isso."
E aí, sem tentar, desistimos. Desistimos do emprego novo, da mudança de cidade, do curso dos sonhos, do projeto pessoal. Desistimos até de nós mesmos.
Como identificar esse ciclo e romper com ele?
Tome consciência: o primeiro passo é perceber quando você está se sabotando. Quais pensamentos surgem quando algo novo aparece?
Questione a voz interna: pergunte-se se há de fato uma ameaça real ou se é apenas o medo falando mais alto.
Resgate sua história: quantas vezes você achou que não ia conseguir e conseguiu?
Pratique o autoconhecimento: entender suas emoções, traumas e padrões comportamentais ajuda a criar novas narrativas internas.
Aceite que o medo faz parte: mas não precisa ser ele quem guia suas decisões.
Eu mesma já estive nesse lugar. Não é fácil reconhecer que, muitas vezes, somos nós os maiores obstáculos em nosso caminho. Mas a boa notícia é: se somos parte do problema, também somos parte da solução.
E quando decidimos mudar a forma como nos vemos, o mundo ao nosso redor também começa a mudar.
"Você é mais corajoso do que acredita, mais forte do que parece e mais inteligente do que pensa."— Christopher Robin (A.A. Milne)
✨ O seu crescimento começa quando você escolhe confiar mais em você do que nas suas dúvidas. Dê o próximo passo. Com medo mesmo, mas vá.
Por Só Sol
O sol se põe,
mas nunca é só um pôr do sol.
Ele dança na linha do horizonte,
escorrega lento pelo céu,
como quem promete sumir,
mas nunca parte de verdade.
Pisca em tons de ouro,
derrama fogo sobre o mar,
e, num sussurro de luz,
diz que amanhã volta.
Nunca se perde,
nunca se esquece de ser sol.
Brilha onde os olhos não alcançam,
suspira calor em outras terras,
ilumina, mesmo quando não o vemos.
Porque ser sol
é mais que estar à vista—
é existir,
ardendo eterno
em si.
Reconstruir-se
Reconstruir-se não é voltar a ser o que era, mas tornar-se quem se precisa ser. É olhar para os escombros e, em vez de lamentar o que caiu, escolher o que ainda pode florescer.
É entender que algumas partes se perderam porque não cabiam mais, que algumas dores moldaram caminhos e que cada rachadura carrega uma história.
Não é um processo rápido, nem sempre é leve. Mas é necessário. Porque recomeçar não é fraqueza, é coragem. É decidir, todos os dias, que a própria história ainda vale a pena ser escrita.
O medo de voar
Há quem passe a vida inteira sonhando com a liberdade, mas, quando finalmente tem a chance de alcançá-la, hesita diante do desconhecido. A gaiola não é apenas um espaço físico – muitas vezes, ela é feita de inseguranças, de receios cultivados ao longo do tempo.
Se a porta está aberta, por que ainda não foste? Por que teus pés insistem em permanecer onde sempre estiveram? Talvez seja o medo de cair, de não encontrar pouso seguro, de se perder no infinito. Mas a verdade é que não se aprende a voar sem primeiro se lançar ao vento.
A liberdade tem um preço, e ele é a coragem de enfrentar o novo, de se desprender das certezas confortáveis e abraçar o inesperado. Viver presa por medo de cair é esquecer que há força nas asas e que, mesmo que haja quedas, cada tentativa te fará mais forte.
Então, abre as asas. O céu te espera.
Moça
Ela é liberdade contida, uma ventania presa em uma janela entreaberta. Tem asas, mas ainda mede a altura antes de voar.
Ela tem um olhar que alcança longe, que enxerga o que muitos deixam passar. Mas nem sempre sente que é vista como realmente é.
Carrega no peito um coração intenso, que bate forte por tudo que acredita. Se entrega com profundidade, sente com verdade, mas nem sempre encontra quem compreenda sua forma de sentir o mundo.
Ela é feita de contrastes—leveza e intensidade, coragem e receio, força e sensibilidade. Ora quer ir, ora hesita. Mas dentro dela arde um desejo incontido de se lançar, de ser inteira, de se permitir.
E quando finalmente abrir suas asas, o vento será apenas um detalhe, porque ela já nasceu pronta para voar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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