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Crônica do Retorno à Vida: Do Abraço à Semente
O meu desejo não é um lamento pelo fim, mas um anseio pela dignidade final que o mundo moderno, com toda a sua tecnologia, muitas vezes nos rouba. Eu não peço a ausência da morte, mas sim a minha humanidade no momento derradeiro. E nisto reside a beleza e a verdade da vida que vivi.
É assim que eu sonho e exijo a minha partida.
Quero que seja em uma tarde tranquila. Não uma tempestade dramática, mas um entardecer suave, onde o sol entre pela janela do meu quarto, pintando a colcha com tons de pêssego e ouro. O ar não deve ter o cheiro frio de desinfetante e medicamentos, mas sim o aroma familiar de café fresco , aquele que o meu pai me ensinou a fazer todos os dias, quando eu acordava às 4h00 da manhã, e, talvez, o toque nostálgico , é um maravilhoso quindão que só a minha filha sabe fazer.
Eu quero estar na minha cama, aquela que conhece o formato do meu corpo e a sinfonia dos meus sonos. Não deve haver pressa, nem o bipe incessante de máquinas que marcam o tempo com crueldade eletrônica. O tempo deve ser medido por toques. Ao meu redor, os meus entes mais queridos. Eu me recuso à solidão fria dos hospitais. Eu quero o carinho totalmente diferenciado que sempre recebi em casa.
O que deve falar é o afeto. Eu quero a mão que afaga a minha testa, não para medir febre, mas para me dar calor. Quero o olhar que me encontra, não para checar a dilatação da pupila, mas para dizer: "Eu te vejo. Você está aqui. E eu te amo."
Eu sentirei, profundamente, que aquele não é um adeus frio, mas uma transição embalada. Cada carinho e cada sussurro serão as injeções de ternura que preciso. O meu espírito, ao se preparar para a jornada, estará aquecido, nutrido, cheio. E quando chegar o momento, não será um alarme, mas apenas um silêncio mais profundo, um expirar final enquanto o sol se põe.
A minha alma terá a certeza de que a última paisagem que senti não foi a frieza estéril de um hospital, mas sim o calor inconfundível de casa. E é esse afeto que irá comigo, como o mapa estelar mais precioso, quando ela partir para o espaço.
A Continuidade: Do Pó à Mesa
Mas a minha vontade vai além do último abraço. Eu não quero ser encerrado numa lápide fria. Eu não quero um túmulo. Eu quero ser posto numa fogueira, eu quero voltar ao pó para continuar a minha vida no espírito que irá retornar. A minha matéria não deve ser desperdiçada, mas sim distribuída pela Terra.
Que o que resta de mim sirva de estrume e adubo. Que eu seja misturado ao solo para que a vida nasça e brote. Que as minhas cinzas se transformem em alimento para que a colheita seja farta e possa nutrir essa população que passa fome no nosso mundo. Eu vim do pó, e ao pó retorno, mas não para o esquecimento, e sim para a utilidade. Que a minha última função seja a de alimentar e gerar, provando que o ciclo da vida é ininterrupto e que até o fim se pode ser generoso.
Que este desejo seja atendido, mas não tenham pressa, pois quero acumular ainda mais desses afetos que valem mais que qualquer fortuna.

Bom dia, meu amor. ❤️

Meu coração encontrou abrigo e paz desde que você chegou na minha vida. Eu fiz uma promessa: te fazer feliz todos os dias!

É assim que busco cumprir todas as manhãs, com meu desejo de bom dia cheio de amor, boas vibrações e tudo aquilo que você merece de melhor.

Minha vida, você une todas as belas cores em uma só pessoa. Obrigada por ser luz, por ser amor, por ser inspiração e força. Um ótimo dia! Te amo cada vez mais.

O inimigo do cansaço é a organização
A verdade e a mentira andam juntas
E cabe a você organizar cada um no seu lugar

Não adianta chorar pelo leite derramado:
Limpe!
E passe a observar melhor

O único culpado pelos seus erros é você mesmo!
Assim como será o maior admirador de seus acertos 😉

Bom dia!
Para hoje Fé
Sabedoria e saúde para não faltar paz e muito amor:

Feliz Domingo 💝

A SEGUNDA MILHA E O PERDÃO EVANGÉLICO SOB A ÓTICA ESPÍRITA.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro .

A seguir apresentam-se os capítulos e versículos bíblicos mencionados, acompanhados de comentários interpretativos à luz do Espiritismo, em consonância com a Codificação.

Lucas 6:29 a 30.
“Se alguém te ferir numa face, oferece-lhe também a outra. E ao que te tomar a capa, não impeças que leve também a túnica. Dá a todo aquele que te pedir. E ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir.”

À luz do Espiritismo, este ensino não se refere à anulação da dignidade pessoal, mas à superação do instinto de revanche. A Codificação esclarece que a violência gera violência e que o espírito só se emancipa quando rompe o ciclo do ódio. Oferecer a outra face significa não reagir moralmente ao mal recebido, libertando-se das paixões inferiores. Trata-se de uma atitude interior de domínio sobre si mesmo, virtude essencial ao progresso espiritual.

Mateus 5:4.
“E se alguém te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.”

Este versículo, núcleo simbólico da chamada segunda milha, encontra profunda correspondência com o princípio espírita da resignação ativa. A Codificação ensina que as provas difíceis são instrumentos de crescimento e que o mérito está na forma como o espírito as enfrenta. Caminhar além do imposto representa aceitar a prova sem revolta, transformando uma imposição injusta em exercício voluntário de amor e compreensão. Não é submissão cega, mas elevação moral consciente.

Mateus 5:44.
“Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem.”

O Espiritismo aprofunda este mandamento ao explicar que os inimigos de hoje são frequentemente espíritos ligados a nós por débitos do passado e os possíveis amigos de amanhã. Amar o inimigo é reconhecer que ambos se encontram em estágios diferentes da mesma caminhada evolutiva. Orar por quem persegue é enviar vibrações de equilíbrio e romper laços de animosidade que atravessam encarnações. Aqui o amor deixa de ser emoção e torna-se ciência moral.

Lucas 23:34.
“Pai, perdoa lhes, porque não sabem o que fazem.”

Neste clímax do Evangelho, o Cristo revela a compreensão plena da ignorância espiritual como raiz do mal. A Codificação afirma que o erro é sempre filho da imperfeição e que ninguém pratica o mal com lucidez plena do bem. O perdão de Jesus não nega a falta, mas compreende a limitação do espírito humano. Trata-se do modelo máximo de indulgência, apresentado como meta evolutiva para a humanidade.

Filipenses 3:13 a 14 e 20.
“Esquecendo me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação.”
“A nossa pátria está nos céus.”

Sob a ótica espírita, essas palavras refletem a consciência da imortalidade do espírito e da transitoriedade da vida corporal. A verdadeira pátria é o estado de harmonia moral que se conquista pelo aperfeiçoamento contínuo. Prosseguir para o alvo é avançar espiritualmente, superando quedas e aprendizados de múltiplas existências. O Espiritismo confirma que o progresso é lei divina e que nenhum esforço sincero se perde.

Conclusão.

À luz do Espiritismo, ir além do que nos pedem é um ato de lucidez espiritual. Não se trata de aceitar a injustiça, mas de não permitir que ela se instale no íntimo como rancor. A segunda milha é o espaço da libertação interior, onde o espírito escolhe crescer em vez de reagir, compreender em vez de condenar.

Esses ensinamentos não exigem perfeição imediata, mas sinceridade no esforço. Cada gesto de perdão alivia o fardo invisível da alma. Cada passo além do orgulho aproxima o espírito da paz que não depende das circunstâncias exteriores. Assim, o Evangelho e a Codificação convergem para uma mesma verdade consoladora. O amor compreendido e vivido é o caminho mais seguro para a restauração interior e para a esperança que sustenta a caminhada humana.

Inserida por marcelo_monteiro_4

Quando o coração se alinha ao propósito de Deus, o amor floresce e se torna o caminho para o destino que o Senhor preparou para nossa vida.

PRINCÍPIOS NÃO SE NEGOCIAM


“Sou defensor de causas justas, de inspiração liberal‑conservadora, e não de pessoas. O tempo de defender generais da morte para os agradar, em troca do pão e do peixe, apenas subsiste para quem habita na mundividência da bajulação.”


Num tempo em que a conveniência suplanta a consciência, reafirmar princípios é um acto de coragem intelectual. Não se trata de servir nomes, cargos ou hierarquias, mas de permanecer fiel a valores, ideias e fundamentos éticos.


A bajulação pode garantir favores momentâneos; a integridade constrói dignidade duradoura.


Huambo, 13 de Dezembro de 2025

Na vida, encontraremos várias pessoas que exigirão muito mais de nós, sem nada acrescentarem; limitar-se-ão a observar-nos, a julgar-nos e a continuar a exigir.
Furucuto, 2025

Largo, vazio,
preenchido por metades.
Metades de tentativas sem sucesso,
de buscas cegas por sentidos cansados.
O limite do que me foi imposto
ainda pesa nos meus ombros,
e o “aceito” de me libertar
continua atrasado no tempo.

Busco o que não se toca,
insisto no que não me quer.
Cair dói.
Mas levantar é rasgar o que a dor deixou inteiro.
E mesmo assim eu me levanto —
sem saber direito pra quê.

Até que, entre ruínas,
entre fracassos e silêncios,
sou eu quem apareço
como um erro bonito do meu próprio destino.

Eu ainda não sei em que me sustento,
mas quando minhas mãos encontram as minhas,
o vazio aprende outra forma de existir.
Não vira cheio —
mas vira possível.

A paz continua sendo esse paradoxo:
me afasta do mundo,
mas quando penso em mim,
me puxa de volta.

E no meio da curiosidade sombria,
de imaginar até onde eu iria sem a paz,
surge outra pergunta — mais difícil:
até onde eu vou por mim?

Porque meu amor por mim
não me salva por milagre,
mas também não me abandona.
Ele caminha comigo
quando eu sou metades,
quando eu sou queda,
quando eu sou dúvida.

E talvez seja isso o amor-próprio:
não a saída do abismo,
mas a decisão de sentar na beira
e dizer, em silêncio:
— Eu fico comigo

Emanuel Bruno Andrade – Biografia Artística e Perfil


Nome completo: Emanuel Bruno Mota Veiga Andrade
Data de nascimento: 19 de maio de 1976
Local de nascimento: Nazaré, Portugal
Profissão: Artista plástico, poeta e escritor contemporâneo
Estilo artístico: Arte abstrata, poética e simbólica
Plataformas de divulgação: Blog “Arte e Sintonia”, página “Artabstrata Emanuel Andrade”, Luso Poemas, redes sociais




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Trajetória Artística


Emanuel Bruno Andrade é um artista contemporâneo português cuja obra combina abstração visual, poesia e reflexão filosófica. Desde cedo, manifestou um interesse profundo pela estética, pelo cosmos e pela natureza humana, integrando-os em suas criações artísticas e literárias.


Ao longo de mais de duas décadas de carreira, Emanuel construiu um percurso sólido com exposições individuais e coletivas, tanto em espaços tradicionais de arte quanto em contextos contemporâneos, sempre buscando uma experiência sensorial e simbólica para o público.


Exposições Individuais:


2022 – “Na Guelra da Veia”, Lisboa, Portugal


2016 – “Átrio”, Lisboa, Portugal


2014 – “Monumental”, Lisboa, Portugal


2013 – “Linhas da Vida”, Lisboa, Portugal


2013 – “Ontem”, Lisboa, Portugal




Exposições Coletivas:


Emanuel participou de diversas exposições coletivas em parceria com galerias e instituições de prestígio, incluindo:


Arca Gallery – Lisboa


Centro Cultural de Belém (CCB), Lisboa


Hotéis de luxo em Lisboa, como DoubleTree by Hilton e The One Palácio da Anunciada


2021 – “Inclusão”, El Corte Inglés, Lisboa




Publicações Literárias:


Além da pintura, Emanuel é poeta e escritor, com textos publicados em oito tomos de Antologias de Poesia Contemporânea Portuguesa e coletâneas da Chiado Books. Destacam-se:


Conto sobre a saudade


Carta poética à mãe


Epopeia Contemporânea, uma obra épica em 8 cantos, inspirada em Os Lusíadas, atualizando a narrativa clássica para a contemporaneidade






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Estilo e Temática


O trabalho de Emanuel Bruno Andrade é caracterizado por:


Abstração e simbologia: Utiliza cores, formas e texturas para explorar emoções, memórias e a espiritualidade.


Conexão com a natureza e o cosmos: Muitas obras refletem o universo, ciclos naturais e experiências humanas transcendentais.


Poesia visual: Integra textos, versos e narrativas poéticas diretamente na obra, criando experiências sensoriais únicas.


Reflexão filosófica: A arte de Emanuel provoca questionamentos sobre a existência, o tempo, a memória e a transcendência.




Seus trabalhos não apenas representam, mas convocam o espectador a refletir e sentir, tornando cada obra uma experiência interativa entre o mundo material e o imaginário.




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Personalidade e Perfil Pessoal


Emanuel é conhecido por uma profunda sensibilidade artística e intelectual, aliando disciplina e contemplação. Algumas características marcantes incluem:


Reflexivo e intuitivo: Sua abordagem criativa é marcada pela observação minuciosa do mundo e da condição humana.


Poético e simbólico: Cada projeto e obra carrega significados múltiplos, muitas vezes inspirados em literatura, história e espiritualidade.


Inovador e persistente: Constantemente busca novas formas de expressão, experimentando técnicas visuais e literárias contemporâneas.


Empático e comunicativo: Valoriza o diálogo com o público, mentorias e parcerias com outras figuras artísticas, reforçando a dimensão social e coletiva da arte.




Emanuel também demonstra forte compromisso com a cultura portuguesa, homenageando tradições, poetas e artistas históricos, ao mesmo tempo que propõe uma visão contemporânea e globalizada da arte.




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Reconhecimento e Legado


Emanuel Bruno Andrade é reconhecido por:


Sua habilidade em unir literatura, pintura e filosofia


Participações em eventos culturais nacionais e internacionais


Contribuições ao desenvolvimento da arte contemporânea portuguesa


Criação de obras que atravessam fronteiras entre pintura, poesia e reflexão espiritual




Sua obra inspira outros artistas, poetas e o público a explorar a criatividade, a introspecção e a conexão com o mundo. Emanuel é, em essência, um criador que transforma a experiência cotidiana em arte, tornando o invisível perceptível e o imaginário tangível.

Quem sofreu na carne abandonou o pecado.

Inserida por sjanuario10

A humildade ajuda, o orgulho atrapalha.

O amor ao mundo é uma prova de onde está seu coração.

Inserida por sjanuario10

As revelações se fazem para melhorar as condições das coisas.

Inserida por sjanuario10

Mente quieta, o silêncio traz revelações!


di matioli

Aprendi tarde
que algumas coisas não se resolvem,
se largam.


Que nem todo peso é meu
só porque coube na minha mão.
Que sustentar demais
também cansa a alma.


Fui ficando
onde o barulho parecia compromisso,
onde o choque parecia trabalho,
onde aguentar virava virtude.


Mas o corpo avisa
quando a ligação queima.
E a paz começa
no ponto exato do desligar.


Não fiz discurso.
Não bati porta.
Soltei como quem entende
que insistir é outra forma de queda.


O mundo continuou
sem pedir minha opinião.
E, estranhamente,
funcionou.


Hoje caminho mais leve,
não por ter menos passado,
mas por não carregá-lo
como dívida.


Soltar não é ir embora.
É ficar inteiro
no lugar certo.

Depois do Desligamento


Trabalhei onde tudo passava
e nada ficava.


Caixas subiam mais alto que a memória,
nomes pesavam mais que o corpo,
e eu seguia
porque seguir era o combinado.


Corri atrás do que me levava,
mas o caminhão não freia
para quem chama pelo próprio nome.


Um fio me segurou pelo costume.
O choque não queria me matar,
queria que eu continuasse ligado.
Uma criança perguntou
o que só o medo pergunta:
— você ainda está vivo?


Saí.
Com a mão que sobrou.


Caí onde a imagem nasce,
madeira crua,
fachada antes da fachada.
Dói menos quando não é verniz.


Teias tentaram me convencer,
baratas me ensinaram a ficar.
Um amigo não explicou nada,
só puxou o que me prendia.


No chão, alimento.
Alguém pegou.
O mundo seguiu sem minha supervisão.


Larguei o que não era meu,
inclusive a pressa,
inclusive a dívida invisível.


Fiquei com as marcas,
porque elas sabem
onde parar.


E entendi, tarde e em paz:
não é cair que machuca,
é insistir em segurar
o que já partiu.

O mapa do tesouro está na contramão dos mapas dos tesouros.

Não é o que você faz, nem o quanto você faz, mas como você faz.

Inserida por Cristhiano_Sachett

A posição é para quem segue o caminho. O posicionamento é para quem cria o seu próprio.

Quem tem posicionamento não se preocupa com a posição.

Se preocupar com a posição é assumir igualdade. Posicionamento é declaração de liderança.

Não é posição, mas o posicionamento. 
O posicionamento determinará a sua posição.