Pensamentos Mais Recentes
A Fé é o único tesouro paradoxal que se multiplica exponencialmente no exato momento em que é distribuído na própria carência.
"ESCOLHA o que REALMENTE é IMPORTANTE para a sua VIDA.
O RESTO, é CONVENIÊNCIA disfarçada de PRIORIDADE."
A Esperança é um músculo espiritual que se atrofia por desuso, falhando justamente no momento crucial da crise.
A melhor versão não é definida pela vitória, mas pela obstinada resistência da alma ligada ao Alto, mesmo na derrota.
A Oração é o único portal temporal que transforma o impossível em mera questão de cronologia divina.
A coragem máxima é a rendição de se ajoelhar, um ato de insubordinação sagrada contra a imposição de uma força vazia.
Não espere que o firmamento se reconfigure, a revolução começa no prisma de como você ousa encarar o céu.
A Bênção suprema é a capacidade alquímica de retornar ao ponto zero, munido apenas da imaterialidade da Esperança.
O caminho da Fé exige uma dieta do ego, sua estreiteza é proposital para impedir a passagem de qualquer peso inútil.
Deus honra mais a humildade crua da sua dor do que a engenharia hipócrita da sua felicidade encenada.
A Paz não é uma localização geográfica, mas a ancoragem teimosa que se instala apenas nos corações que se rendem à Confiança.
Minha arma de combate é a gratidão pelos livramentos que o anonimato da misericórdia me impediu de reconhecer.
A Provisão Divina se materializa sempre naquilo que transcende o lastro da matéria e a corrosão do tempo.
...."Ulisses tinha as guerras, Napoleônicas; Penélope, inteligência, tinha os pretendentes; eu tenho que calcular; e você, apenas, ler"....
"Filosofia é desafiadora na lógica da feiura, porque a beleza não põem mesa, mas é anfitriã da casa cheia de plenas cores"
[Soneto para a aura dourada]
Menina doce com charme puro
Adora filmes que são cultos
Raciocínio tão adulto
Inquieta sobre o futuro
Atraente até no escuro
Não suporta os filmes com vultos
No meu coração faz tumulto
A mais bela, eu asseguro
Esverdeado é o seu olhar
Racional internacional
Tem vício de a todos deslumbrar
Há ouro na sua aura astral
Areté é o seu sustentar
Liberdadeédesejofinal
O HOMEM NÃO PODE FUGIR DOS FENÔMENOS DO SEU ORGANISMO!
Assim como,
Um Peixe no oceano não pode fugir da agitação da água causada pelo vento, mas deve abrigar-se em atenção até o fim da agitação!
Também,
Um Homem não pode fugir dos Fenômenos que estão a ocorrer no seu Organismo, mas deve abrigar-se em contemplação dos Fenômenos até desaparecerem!
Os Fenômenos que ocorrem no Organismo Humano são as Sensações, os Pensamentos, as Emoções, os Sentimentos e as Intuições!
O consumo de droga é uma das principais formas adoptadas pelo Homem para fugir das suas Emoções e Sentimentos que categoriza como negativas!
Eu amei o mesmo homem a vida inteira e ele nunca me amou.
Eu ainda o amo e ele continua sem me amar.
A Lenda do Vale Onde as Vozes Criam Sombras.
Diz o povo antigo que, muito antes de qualquer aldeia existir, havia um vale profundo que guardava um segredo: a terra respondia às vozes humanas.
Não às palavras doces, nem aos cânticos de alegria mas aos gritos.
Os anciãos chamavam aquele lugar de Vale das Sombras Sonoras, porque acreditavam que cada grito lançado ali não desaparecia.
Ele ganhava forma.
Ele criava sombra.
Ele vivia.
O início da lenda.
Conta-se que certo dia um jovem caçador, chamado Maraí, entrou no vale irritado com a própria falta de sorte. Gritou contra o vento, contra o céu, contra a própria vida.
O eco devolveu suas palavras multiplicadas mas algo estranho aconteceu:
o chão tremeu.
Das pedras saiu uma figura feita de poeira e som, sem rosto e sem pés, mas com uma fúria igual à dele. Era a sua própria raiva, moldada pelo vazio.
Assustado, Maraí correu até os anciãos, que lhe disseram:
— No Vale das Sombras Sonoras, tudo o que se grita ganha corpo. Por isso, filho, lá se entra de boca fechada e coração aberto.
Mas o jovem não acreditou. Voltou ao vale, agora decidido a provar que medo nenhum o controlava.
Gritou de novo.
E de novo.
E de novo.
E passaram a surgir outras sombras uma para cada explosão da sua voz.
O peso das sombras.
Com o tempo, as sombras começaram a segui-lo para fora do vale porque já não cabiam mais alí, cabiam nele.
Onde ele ia, elas iam.
Onde dormia, elas o observavam.
Onde tentava amar, elas se deitavam entre ele e quem ele amava.
Maraí se sentia mais pesado a cada dia. Era como se carregasse vários homens sobre os ombros.
Então procurou novamente os anciãos.
— Como me livro delas?
E o mais velho respondeu:
— Quem cria sombras com gritos só as desfaz com calma. As sombras bebem tua cólera. Mas morrerão de fome se beberem tua paz.
O retorno ao vale.
Maraí voltou ao vale, não para gritar mas para silenciar.
Sentou-se na terra que um dia tremeu sob seus pés.
Respirou profundamente.
Falou baixo.
Depois falou mais baixo ainda.
E então permaneceu quieto, dia após dia ele repetia a sua volta até aquele vale praticando o exercício da orientação que receberá do sabio ancião de sua aldeia.
As sombras, sem alimento, foram se desfazendo como tinta na água.
Quando o sol se pôs, o jovem saiu do vale sozinho.
A voz dele havia mudado.
E quem o encontrou nos dias seguintes dizia que, ao falar, era como se o vento o escutasse com respeito.
Moral da lenda.
Os velhos contavam essa história às crianças para ensinar que:
Gritos criam sombras.
Palavras serenas criam caminhos.
E o silêncio cura aquilo que a fúria feriu.
Autor: Escritor:Marcelo Caetano Monteiro .
