Recados de Amor

Quando a cólera ou o amor nos visita a razão se despede.

O amor é a meta infinita da história do mundo.

O maior e o mais velho amor, é o amor pela vida.

O amor tem a virtude, não apenas de desnudar dois amantes um em face do outro, mas também cada um deles diante de si próprio.

O amor é uma arte que nunca se aprende e sempre se sabe.

O amor, para ser perfeito, devia ser como o rotífero: morrer num raio de sol, renascer numa gota de orvalho.

O amor conquista todas as coisas.

Formosura, procura encontrar-te no amor, não na adulação do espelho.

Perdido é todo o tempo que em amor não se gasta.

O amor ensina-nos todas as virtudes.

Na guerra do amor a fuga é uma vitória.

A vaidade, grande inimiga do egoísmo, pode dar origem a todos os efeitos do amor ao próximo.

Drão

Drão,
O amor da gente como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar
Plantar n'algum lugar
Ressuscitar no chão
Nossa semeadura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Dura caminhada
Pela estrada escura

Drão,
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminha dura
Cama de tatame
Pela vida afora

Drão,
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há
De haver mais compaixão
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão
Drão.

Se o amor cabe numa só flor, então é infinito.

Todo o amor deriva do ato de ver: o amor inteligível do ato de ver inteligivelmente; o sensível do ato de ver sensivelmente.

A fechadura do erro mantém fechada a porta: abre-a com a chave do amor.

O amor é um grande mestre, ensina de uma só vez.

O amor só é conhecido por aquele que irremediavelmente persiste no amor.

Não é o gênio, nem a glória, nem o amor que medem a elevação da alma: é a bondade.

O amor é o esforço do homem para se contentar com uma única mulher.