Real
Que saudades daquele antigo parque irmão,
onde escrevi a minha primeira poesia,
foi desde da ai que disse não ão crack,
porque tudo o que queria era alcançar a alegria.
Mais uma vez grande propz Paulo Pinto,
é graças a ti que este movimento ainda está vivo,
então sejam bem vindos a nossa maravilhosa Cidade do Porto,
e sintam a energia deste verdadeiro coletivo.
Que saudades daquele antigo parque irmão,
onde escrevi a minha primeira poesia,
Obrigado Zé Picolé pela tua dedicação,
de ajudares naquela altura as crianças alcançar a alegria.
NASCE, CRESCE, FILHO DA RUA
Desde o ventre da minha mãe que conheço as ruas. Minha mãe é zungueira de profissão, já desde o ventre que tenho acompanhando-lha nas suas zungas. Presenciou as caminhadas que ela faz para nos sustentar, as muitas corridas que faz e sofre dos fiscais e os senhores policiais para não perder o negócio que nos é rentável. Outras vezes ela não escapa e é nos cassumbulado o negócio, fonte do nosso sustento. Muitas vezes chicoteada por reivindicar que até sinto a dor da chicotada.
Fui gerado na rua porque até aos nove meses a minha mãe zungava a necessidade é enorme, para completar o enxovalhe e a panela em casa não entrar em greve. Esqueceu-se do dia, mês, hora que vinha ao mundo, acabei por ser gerado na rua e assim me familiarizei com a rua.
Três, quatro mês depois comecei a gatinhar minha mãe decidiu que já era o momento oportuno de acompanhar-lha na zunga, não há dinheiro para mim, ir a creche e ela não pode ficar parada ou seja ficar em casa. Apesar de requerer ainda muitos cuidados materno, porque se não morremos de fome.
Passo toda a minha infância na rua ao lado da minha mãe, sem crianças a minha volta porque as deixei todas no bairro em que vivemos e assim vou crescendo.
Sou da rua, alimentam-me, tomo banho, vestido na rua ao céu aberto ou seja ar livre.
Deste modo vou familiarizando com a rua, conhecendo-as do musseque à cidade. Quando completo os meus 5, 6 anos. Já sei fazer o mesmo trajecto me é familiar. Conheço-o tão bem que perco o medo de andar sozinho, criança que só. Esquecendo que as ruas são tão violentas e perigosas, criança e inocente. Mas como posso ter medo se presenciei as mesmas muito antes de andar nelas, sozinho.
Com os meus 10, 12 anos as ruas adoptam-me e passo a vida a lavar carros. Os grandes jipes, carros que só via nos filmes. Hoje tenho o prazer de os lavar e ver o seu interior fico fascinado com o que vejo, lavo para ganhar algum trocado.
Se puder depois vou para à escola aprender alguma coisa, de momento aprendo mesmo aqui, na rua mal ou bem. Essa é a vida que levo, prioridade para mim, agora é mesmo kumbo. Porque tenho que ajudar a velha com as despesas no cúbico.
Tenho os meus irmãos, mas novinhos que precisam encontrar outro cenário, talvez estudem para saberem alguma coisa para contornarem o caminho que segui. Terem um futuro, destino diferente do meu. Porque se tivesse escolha talvez não é esse o destino que queria para mim.
Existe um lugar aonde eu gosto de me esconder, uma porta em que eu adentro à noite. É um lugar onde eu aprendo a encarar meus medos, dominar os caprichos da minha mente, onde eu governo meu próprio mundo.
Não olhes para aqulio que eu digo,
olha para aquilo que eu faço,
e se quiseres aprender comigo,
Sabes que és bem vindo com um abraço.
Final feliz é exclusividade da ficção. No mundo real, os fins são de natureza essencialmente funestas.
"nós somos nosso único entrave, por isso é tão importante acreditar em si mesmo, não abrir mão da nossa essência e nem desanimar de tentar conquistar nossos objetivos !".
As coisas andam de tal forma mudadas , que a gente já tem mais amigos e afinidades no Facebook do que na vida real, mais “contato” virtual do que físico com os velhos amigos.
Não digo nada se as coisas se inverterem definitivamente e aí vamos escolher os amigos pela internet
Francamente, tenho admiração
por tua verdade
por esta ser empolgante,
conter bastante intensidade,
cores e detalhes atraentes,
excitantes, uma linda sobriedade
em meio ao um caos
de falhas e emoções impulsivas
semelhante a uma arte abstrata
que é imperfeita, confusa,
mas que permanece bela, expressiva,
encantadora, dessarte, uma mulher real, cuja postura abomina a falsidade para não tornar-se banal.
SOMBRA REAL
Não sou eu aqui, agora.
Olhe aquela folha seca,
O vento que a sopra
Revela-te onde estou...
Vês aquela rosa pálida?
Não estou em suas pétalas
Nem no seu doce amargo mel...
Mas se vês a minha sombra
Melhor que a minha face,
Eis que nela eu estou
Mais real que em mim mesmo.
Quero alguém de verdade.
Quero sentir essa pessoa
sem usar as mãos.
Quero devora-lo só com o olhar.
Quero alguém real, acessível,
disposto, disponível.
Quero sentir o amor.
Quero saborear o amor como se fosse uma comida deliciosa.
Quero ter o amor em todas as formas, em todos os tons, sentidos e sabores,
com total prazer, com obsessão,
com loucura, com total insanidade.
Quando o sol se por e as estrelas desaparecerem de vista, o nosso amor permanecerá real e verdadeiro
Desde que eu era jovem, já tinha uma boa noção de que eu era rejeitado pelo mundo. Mas, apesar do que eu sou, desde que eu tive a sorte de nascer, chegaria o momento em que eu seria capaz de ajudar alguém. Ou assim espero.
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