Rap
Prefiro pensar que o pior dos piores passou Se ainda há de passar
Pode passar que eu sou
Aquele chega com pé no peito sem pedir licença, mesmo aqui de passagem, marco a minha presença! O nome é a chave repetimos pra que não esqueça! Alexandre, o som que agora faz sua cabeça!
Da terra das Artes, escola caiçara
Pra ver nua a vida, eu despi ela na marra
Já bebi com a sorte e brindei com a morte
Sofri muitos cortes e viajei sem passaporte
Me tornei atleta luto pra ser forte
Um esportista, fiz da escrita meu esporte
Aconteceu eu já sabia que ia acontecer
Organizei palavras invoquei anjos pra te dizer
Não sou vidente já vendi minha bola de cristal
Nem falador pois falador fala e passa mal!
Se nada é por acaso o acaso vem pra te dizer
Cuidado com quem anda e com caminho que deve tomar
Não me ignora, shiiuu, escuta os toques!
Aprendi que é bom, aprender, sem vacilar!
Já sambei com velha guarda, descalço no calçadão
Ouvi fita, gravei fita, já fiz fita sem intenção
Fitas, discos e cds sempre foram minha paixão
De domingo na tv, vi o Senna campeão
Lembro almoço de família com final do Coringão
Brasileiro verdadeiro, me orgulha minha criação
Raça mista, descendente, sangue índio em ebulição
Patriota, idiota, sonho repatriação
País sem gestão e ladrões sem punição
Esse é nosso Brasil, sem saúde e educação
Brasil pátria amada, sobrenome exploração
Impunidade engravatada, adepta a corrupção!
Percepção dentro do compasso
Honro a missão, com rimas em aço
Microfone na mão, buumm, estardalhaço
O riso e o choro do nobre palhaço
Meu suficiente são rimas no pente
Assim represento toda minha gente!
Quem me guia é Ogum, Exu, Iemanjá
Nossa senhora vem abençoar
Minha quebrada, um bom lugar, nunca vou eu parar!
Minha barriga ronca, a fome me apetece
Já jantei a tua mente, enquanto a minha amortece
Dom da palavra e atitude só tem quem merece
Manda quem pode, e que pode mais desobedece
A situação aperta, a gente faz uma prece
Minha mandinga amiga ela que me esclarece
O pensamento positivo sempre fortalece
Quem tá comigo e fecha nossa firma reconhece
Eu sou do Sul do Norte, Nordeste cabra da peste
Do Centro-Oeste ao Sudeste em um corpo celeste
Se vale a pena pode crer que a gente investe
Molestadores do senado ao povo não moleste
Isso não é um treinamento, muito menos um teste
É a peneira que separa o bom do cafajeste
Cuide da sua alma, honre a calça que veste
Cuidado com o xerife, bem-vindo ao faroeste!
Eu pensei que você queria isto para a minha vida,
Disse que queria me ver prosperar, você mentiu
Apenas me diga o que você quer de mim
Preconceito sem conceito que apodrece a nação
Filhos do descaso mesmo pós-abolição
Mais de 500 anos de angústia e sofrimentos
Me acorrentaram, mas não meus pensamentos
Sem investimento, no esquecimento, explode o pensamento
Mais um homem violento
Que pega no canhão e age inconsequente
Eu pego o microfone com discurso contundente
Que te assusta. Uma atitude brusca
Dignificando e brigando por uma vida justa
É! Mantenho minha cabeça em pé!
Fale o que quiser. Pode vir que já é!
Junto com a ralé, sem dar marcha ré!
Só Deus pode me julgar, por isso eu vou na fé!
Entre poças de sangue e gritos de horror
O povo grita pra cessar sua dor
Dor que consome,dor que invade
Dor que aniquila, a dor da crueldade
A garganta seca sem saber pra quem gritar
Sem Chapolin pra poder lhe ajudar
Cães ferozes, com sangue nos olhos
Saem na calada e já sabemos o propósito
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