Quer Sair Comigo
Fogo Queimando em Silêncio
Às vezes paro…
e falo comigo mesma,
como se sua ausência
fosse só mais uma presença quieta
ecoando no meu peito.
Hoje conversei contigo sem você saber,
num teatro de palavras
onde eu era você
e você… também era você,
mas calado, como sempre.
Falamos do seu desinteresse,
esse fantasma que você veste pra disfarçar
o desejo que brilha nos seus olhos
toda vez que me olha.
Nos despedimos em silêncio,
em uma conversa profunda
onde ninguém confessou,
mas ambos sabíamos:
é amor camuflado de orgulho.
Te dizer que tudo bem você se afastar por outra?
Não é.
Dói.
E mesmo assim eu deixo.
Porque escolher não te ter
é o jeito mais estranho e mais sincero
de te querer inteiro.
E aqui sigo…
com esse fogo que arde calado,
com essa chama que só aumenta
quando você não está.
Comigo está o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, Aquele que possui a Chave de cada porta da minha vida; com Seu Amor Eterno, Ele fortalece meu espírito, dirige meus passos e, mesmo no deserto, faz brotar jardins floridos.
Meu coração traiçoeiro
fazendo pegadinhas comigo
não quero viver assim
me entregar e ouvir "não quero nada sério"
NUM CAFÉ, O TEMPO PAROU...
Trago comigo um amor em segredo,
que tem morada na minha ilusão;
amor sem nome, sem culpa, sem medo,
que veio do fundo da solidão!
Pintei seu rosto na tela da mente,
onde o amor, em silêncio, florescia;
a cor do afeto — sutil e envolvente —
tingiu de ternura a melancolia.
Vaguei nas ruas da perseverança,
em busca de algo que nunca se achou;
no rastro fugaz de parca esperança,
o amor calado mais fundo ecoou!
Um dia o vi — por acaso ou bruxedo —,
num café, e então minha alma se avia;
surgiu qual fosse um feitiço de enredo,
e pensei: “Será ela? Quem diria!”
O tempo parou — tremi de surpresa —
não era a mesma, mas lembrava tanto,
que meu olhar se perdeu na incerteza,
e até busquei conservar o encanto!
Mas, sem defesa, rendido à realidade,
voltei à vida, ao mundo real!
E então, sentindo uma estranha saudade,
amei — de novo — um amor sem final!
Nelson de Medeiros.
"A cada dia que passa, a saudade do meu pai só cresce. Ela caminha comigo em silêncio, me acompanha no café da manhã, nas tardes vazias, nas noites em que o coração aperta sem aviso. Quando chega o final do ano, a dor parece ganhar um peso maior… é como se o vazio deixado fosse ainda mais profundo, porque falta o seu abraço, seu riso, sua presença. Papai, a vida segue, mas nunca mais foi a mesma. A saudade é eterna, e meu amor por você também."
Casa comigo!
Sem anel, sem religião.
Sem juras, nem promessas.
Casa comigo,
como as árvores que
casam seguras e livres.
Casa comigo
até aos ossos,
até despirmos os corpos
e ficarmos alma com alma.
E no fim, não haverá fim
porque não morreremos
seremos músicas,
brisas outonais,
beijos de inverno,
biodiversidade primaveril,
estiva dos poentes
e imortais poemas
nos corações
do mundo.
O futuro não me assusta, porque sei que o Deus eterno vai comigo. Ele não me abandona, não me deixa, não me solta.
Diante do Vazio
Em conversa comigo mesmo eis que...
Um de vós, nós mesmos, me perguntou: “Mestre, o que fazer quando a fonte seca e a alma se torna um deserto árido, onde nem mesmo o eco de um pensamento habita?”
E eu vos digo: O vazio não é um vaso quebrado,mas o vaso prestes a ser preenchido por um vinho novo que ainda não conheceis. A quietude que vos assombra não é a morte da inspiração, mas o sono profundo da semente sob a terra negra.
Não choreis pela melodia que se cala, pois é no mais profundo silêncio que o universo tece a sinfonia dos astros. A nuvem estéril que paira sobre vossa alma é a mesma que, grávida de chuva, há de irrigar os vossos campos interiores.
Acreditas que a inspiração te abandonou? Ela apenas se recolheu, como o mar que se retira da praia não por fugir da areia, mas para "gather" ( juntar), forças e voltar em uma onda mais sábia e mais poderosa.
Vede o ferreiro: ele não golpeia o ferro incessantemente. Ele ergue o martelo e faz uma pausa no ar. Nesse momento suspenso,reside não a falta de força, mas a concentração de todo o seu poder. Assim é o vosso espírito neste momento, concentra-se!
Portanto, não maldigas o crepúsculo por anunciar a noite. Pois que seria da alma sem a noite para contemplar as estrelas que ela mesma carrega? O deserto do vosso ser não é um lugar de exílio, mas um santuário. É lá, na vastidão nua e crua, que vós encounterais a vossa própria essência, despida de véus e de cantos.
A inspiração não é um pássaro cativo em sua gaiola, para que possais observá-lo quando vos aprouver. É uma andarilha livre,que vagueia por montanhas e vales, e que sempre, sempre retorna ao lar do coração que sabe esperar em quieta confiança.
Não temais o vazio. Aceitai-o como aceitais a noite que precede a aurora. Pois é da mais escura terra que a flor mais vibrante irrompe, e é do mais profundo silêncio que nasce a palavra mais verdadeira.
A alma tem suas estações, e o inverno em vosso interior não é o fim da vida, mas apenas sua maneira de dizer: “Agora,repousa. Agora, escuta. Agora, prepara-te. Pois o que virá após esta hibernação será mais forte,mais puro e mais teu do que jamais foi.” Acolho-me...
Eu não vou fingir, nem seguir adiante, se você não estiver comigo nesta empreitada. Tudo bem, eu fico aqui, não passo daqui.
Você vai se casar comigo, me beijar ou me matar? É só um jogo, mas sério, aposto nos três para nós dois.
Fazendo uma breve reflexão de Rui Barbosa e de tudo o que está acontecendo comigo: sei qual é o meu pertencimento, a minha existência. Deus é meu juiz e meu advogado, e sou uma pessoa que não tem preço.
Lucas Maurício de Araújo
BOCÓ HONORÁRIO
Demétrio Sena - Magé
Ocorre muito comigo: rever uma pessoa com quem convivi por algum tempo, mesmo sem ter me tornado um grande amigo, e me apressar para cumprimentá-la efusivamente, sendo recebido com um olhar de "eu, hein..."; quando muito, com aquele "oi" mascado como um restinho de fumo. Então retorno ao meu canto, se ambos estivermos no mesmo ambiente, ou sigo meu caminho xingando a mim mesmo, em pensamento.
Mas não tomo emenda: quando, pouco tempo depois, vejo outra pessoa com quem tive uma convivência semelhante (quem sabe, na realização de um trabalho, um projeto em comum), corro logo para o quase abraço, como se fôssemos velhos amigos de infância que se perderam e acabam de se reencontrar. Aí dou de cara com o mesmo "eu, hein" silencioso... os mesmos lábios dormentes. Razão pela qual nunca passo muito tempo sem me xingar em pensamento.
Sou desses bobões que dão muita importância para pessoas. Que veem amizades em relacionamentos breves e até superficiais. Acho marcante uma boa conversa de rua com um desconhecido, que para mim, a partir daquele momento já não é um desconhecido. Se participo de algo por alguns dias, com esse desconhecido, ele praticamente se torna um amigo de vida inteira... desses com quem me preocupo e chego até a pedir notícias a um conhecido em comum.
Pensando bem, não penso mesmo em tomar emenda. Não ser assim me deixa vazio. Ser de outro jeito é como não ser quem sou. Passar por esses constrangimentos de me sentir situado por alguém é menos pior do que sentir o vazio de não sentir nada por uma pessoa com quem tive pelo menos um momento agradável. Pessoas, para mim, são pessoas. Nunca soube tratá-las como algarismos em equações vivenciais.
... ... ...
Respeite autorias. É lei
Trago comigo parte do mundo, no meu DNA, muito mais do que a maioria das pessoas, trago energia, trago caos , trago incoerência, inconsistência, trago a paz, o amor, a sorte e a paixão
Trago o whisky, trago a sorte, trago a morte.
Trago o mistério e a resposta, a dúvida oculta, a pista e o norte
Trago a vida, trago o espelho, a coragem, a luxúria selvagem, trago o ventre e o fogo já dormente, "aburrido..."
E se te trago é uma dádiva, uma troca, um pouco de mim vai, um pouco de ti fica
Em um grito, um eco, um gemido
Trago comigo o mundo em pedaços,
cravado no sangue, bordado nos traços —
mais do que muitos, mais do que sei,
trago o que sou, e o que deixei.
Trago energia, trago o caos,
sou incoerência, sou vendaval.
Trago a paz que dorme em silêncio,
o amor febril, a sorte — o incêndio.
Trago o whisky queima-garganta,
trago a morte que nunca espanta.
Sou mistério e sou resposta,
sou a dúvida oculta, a pista, a rota.
Trago a vida em seu espelho,
a coragem, o desejo vermelho.
Luxúria em carne, ventre em brasas,
o fogo adormecido nas madrugadas.
“Aburrido...” — murmura o tempo,
mas sou um grito, um eco, um lamento.
E se te trago, é dádiva e troca:
um pouco de mim vai,
um pouco de ti, ainda me toca.
Trago tudo — e nada explico.
Sou o verbo antes do grito.
Desculpe, Mãezinha, pelo egoísmo,
Mas queria ter você pra sempre comigo.
Agradeço a Deus por ter me escolhido!
Mãezinha, a vida sem você é um desafio maior do que pensei,
Tua ausência é uma realidade que nunca imaginei. 💔
Todo mundo tem medo de morrer não tem? É por isso que eu ajudo devorando eles. Eles vivem comigo pra sempre pela eternidade.
(Doma)
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