Quem tem Telhado de Vidro Evita Chuva de Pedra
Uma chuva fina cai sobre a cidade. No rádio a canção de Gal Costa que fala sobre a poeira do caminho. Pois é. O pó das eras também viaja comigo; bem acomodado no meu banco.
Que, se sabe da vida é que ela é passageira, tal como uma chuva de verão numa manhã qualquer, o que se vive é o que e tem.
AMOR ROUBADO
− Viúva-negra
Eu só tentei te esconder da chuva,
Levando-a abraçada comigo...
Fiz dos meus braços teu abrigo,
Tal como a sombrite cobre a uva...
E da tua mão molhada tirei a luva,
Que encharcada era um perigo...
Defrontei-me com um anel antigo,
Tal como fosse de uma viúva...
De repente, do céu veio a calmaria
E o meu amor ardente você levou
Junto à tempestade que caía...
Secou... O meu coração você secou!
Agora só sei sair pela noite vazia...
À procura da paixão que me roubou.
A chuva te traz
Quando se aproxima uma nuvem cinza,
algumas imagens me aparecem,
com a água que em gota pinga,
vêm lembranças que não te esquecem
a chuva te traz a mim
por uma pequena fração de tempo,
como aguando todo o jardim,
dando um frescor ao pensamento
posso te enxergar paixão profunda,
mesmo você não estando ali,
num temporal que a terra inunda
e transborda o amor por ti
por um momento,
a chuva me faz de ti lembrar,
e, como uma folha ao vento,
desaparece devagar
A chuva cai, o homem do guarda-chuva passa;
Eu apenas observo seus passos;
Ele finge não me ver, mas eu o vejo com amor;
ele já não me pertence mais,
Muito bem acompanhado em sua vida ele está,
por alguém que também lhe quer com amor.
Eu com ciúmes não posso ficar,
porque ela me venceu, ela conseguiu;
Eu na minha vou ficar, e tentar esquecer
o homem do guarda-chuva;
Pois ele passa para agradar
quem o acompanha em sua vida;
e não quem o observa com amor.
A chuva desce a ladeira
A água da chuva desce a ladeira.
É uma água ansiosa.
Faz lagos e rios pequenos, e cheira
A terra a ditosa.
Há muitos que contam a dor e o pranto
De o amor os não qu'rer...
Mas eu, que também não os tenho, o que canto
É outra coisa qualquer.
Cresci numa pequena cidade E quando a chuva caía Eu apenas olhava pela janela Sonhando com o que poderia acontecer E se eu terminaria feliz Eu rezaria Tentando o máximo alcançar Mas quando eu tentei falar Senti como se ninguém pudesse me ouvir Queria ficar aqui Mas algo parecia estar tão errado aqui Então eu rezei para que eu pudesse escapar Eu abrirei minhas asas E aprenderei a voar Eu farei o que for necessário Até tocar o céu E farei um pedido, arriscarei, mudarei e escaparei para fora da escuridão.Mas eu não esquecerei as pessoas que amo Correrei o risco, arriscarei, mudarei e escaparei, Para longe,talvez eu não saiba para onde ir,mas Tenho que continuar, Voar, escapar. Eu abrirei minhas asas e aprenderei a voar. Apesar de não ser fácil de dizer adeus.
A chuva cai lá fora
Você vai me molhar
Ja lhe pedi, não vai embora
Espere o tempo melhorar
Até a propria natureza,
Está pedindo pra você ficar
Atenda o apelo desse alguém que lhe adora
Espere um pouco
não vá agora
Você ficando vai fazer feliz um coração
que está cansado de sofrer desilusão
Espero que a natureza
faça você mudar de opinião
Se o sol é para todos, porque os humanos se esforçam em marcar diferenças? A chuva nos molha a todos e a lua ilumina a noite todos os dias. Será que a natureza não tem malícia, não compete, não tem nada a perder ou ganhar? Simplismente compartilha sua beleza e sua magia com quem é capaz de lhe dar valor e apreciar as coisas simples da vida, que são sempre as mais importantes.
O quarto apagado, a chuva caindo lá fora e o vento cantando na janela. O edredom me aquece, o que clareia meu quarto é a luz do poste lá fora e o notebook. Não quero ouvir música. Meu dia não foi dos melhores. Parte boa? Eu andei uma hora sem rumo e mesmo assim não encontrei meu lugar, isso é bom? Pensei em ligar pra várias pessoas, pensei em correr pro colo de alguém, pensei em sentar num canto da cidade e ver o dia indo embora, ali, quieta. Queria o colo que ninguém podia me dar, mas, tudo bem. Vaguei um bom tempo, comprei suspiros, mal olhei nos olhos de quem cruzava na rua comigo, e vim pra casa.
Agora, eis-me aqui, com alguma coisa presa na garganta que, há tempos, não quer sair. Sempre tive uma vida toda pra dentro, lendo, escrevendo e ouvindo música. Poucos os que me conhecem tão bem para notar quando eu choro pelo telefone, para saber que por trás de uma risada existe é uma vontade imensa de deitar num ombro e pensar em nada. E, quando a gente vive pra dentro, certos dias a alma pede um pouco mais de espaço, aí, eu fico assim.
Na verdade, eu queria mesmo era caminhar na beira do mar, ver a lua se esconder nas nuvens, deixar a chuva molhar meu rosto e deixar que meus olhos se perdessem no horizonte. Queria esquecer da hora, esquecer dos compromissos e responsabilidades, viver como na época que eu achava que era adulta mas vivia como criança, dando uma aula de técnica vocal ali, outra aqui, mas vivendo a vida do meu jeito, sem ter que prestar contas, cumprir horários... Eu saía e caminhava na areia, na companhia de quem eu queria, falando sobre tudo. Queria a tranqüilidade de deitar no chão da varanda e ver o céu passar devagar, ter ainda aquele fio de esperança que eu veria uma estrela cadente; sonhar acordada.
Lembro dos dias que eu passava a tarde escrevendo com cuidado e decorando cada linha importante que eu escrevia no meu diário, hoje, solto uma frase aqui, outra ali... Mas não escrevo como antes.
A criança teve que virar adulto e, sinceramente, tô querendo pedir as contas.
Eu tinha tanto amor guardado aqui dentro de mim, hoje, restou uma coisa seca, sem graça. Não sei se era amor, até porque, eu nunca tive preparo algum para dar nomes às emoções, nem mesmo para entendê-las. Mas, confesso que, essa coisa seca que restou dentro de mim foi a coisa mais verdadeira que eu pude conhecer, e é a minha essência.
Eu tenho andado pensativa. A gente nunca prevê aquilo que pode acontecer, a gente nunca sabe em que estação o trem vai parar, se alguém vai ficar por ali e quem vai embarcar. Nos últimos tempos, as pessoas desembarcaram sem se despedir, foram saindo, o trem esvaziando e, o meu vagão ficou sozinho. Eu e mais uns poucos que precisam continuar a busca de algum vazio que preenche. Todos foram saindo, deixando gravado em mim cada detalhe da viagem... Foram, sem se despedir. E eu conheço bem esse tipo de partida, não há volta.
E, eu fiquei. Fiquei e seguro nas mãos dos que ficaram comigo, de alguns que embarcaram e de outros que estão avisando que precisam ir embora e seguir viagem em outro trem. Meu coração vai ficando espremido, como se nem existisse mais aqui dentro de mim. Vez ou outra eu sinto o seu pulsar, é a esperança de dias bem melhores, de sorrisos verdadeiros, de lágrimas de felicidade, de abraços sinceros e apertados.
Confesso que, como qualquer humano, eu penso em desistir, em deixar que o vento leve tudo, mesmo sabendo que o vento nunca trás nada de volta exatamente como era antes. Mas, não se preocupe, eu não vou desistir. Tem coisa mais autodestrutiva que insistir sem fé nenhuma? Mas, eu continuo insistindo naquele vazio que preenche, no amor sem explicação, naquele tipo de drama que foge dos clichês.
O plano não era ficarmos bem? Entonces..!
Eu sempre fico bem... Sempre.
Lendo aqui, sozinha, vi um trecho de um texto que dizia que seria muito bom que as pessoas não tivessem emoções e se relacionassem sem esperar nada um do outro. E, eu pensei “Que tipo de relação é essa?” Exatamente por esperarmos algo do outro que somos chamados de seres RACIONAIS. Esperamos e sei que nem sempre somos correspondidos, mas esperamos e, todo mundo, em algum momento, é surpreendido e recebe mais do que aquilo que esperava.
Como já dizia Caio Fernando Abreu:
“Quando você não tem amor, você ainda tem as estradas.”
Aqui dentro, o que não quer sair e nem descer, como se fosse um espinho preso na garganta. Na verdade é uma pressa, uma urgência, uma compulsão horrível de querer quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir tudo, antes que cresça e tome uma proporção tão grande que não caiba dentro de mim e, aí, eu sei que estarei perdida, que tudo sairá do meu controle, que eu não conseguirei domar meus sentimentos e irei destruir toda a confiança e cumplicidade que nossas conversas, nossos olhares e o nosso amor parcial construíram tão lentamente dentro da gente. Uma vontade de sair correndo, de negar que no fundo eu sei que as histórias que eu considero clichês são as melhores para serem vividas, vontade de tirar com a mão tudo o que possa me fazer sofrer.
Aqui dentro, aquele medo daquele vazio que preenche e transborda, daquele sentimento confuso e certo demais, daquela coragem repentina que nos faz tomar decisões que jamais pensávamos tomar. Medo do fantasma do passado. Aqui dentro, uma vontade de me enfiar em livros e escrever vários outros livros, ocupar a cabeça com tudo o que não me faça pensar que eu sou um ser humano como qualquer outro e tenho um coração capaz de amar também, assim como qualquer outro. Vontade de enterrar as probabilidades de me apaixonar.
Ouvindo aquela chuva, peguei meu caderno e fui escrever com a minha caneta sem tinta. Ninguém lê, mas o papel sabe. Hoje tirei pra escrever minha dúvidas, medos, inseguranças. Aquilo que eu não falo pra ninguém porque... Todo mundo espera ver em mim a certeza, a coragem, a segurança.
O papel sabe que eu quero descansar. Só não sei se quero descansar por estar realmente cansada ou porque quero desistir.
Você é como a brisa de uma manhã que me toca o rosto. Você é como a gota da chuva fina na minha janela. É um sentimento confuso, minha inspiração mais bela.
'chuva de benção no dia da vitória, me faça forte no reverse e na glória'
por todo o ambiente eu levito, observo, o que não quero, evito, não levo!!!!!
Que eu não perca o equilíbrio jamais,mesmo sabendo que outras forças querem que eu caia!
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