Quem sou eu nesse Mundo Tao Confuso

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Eu queria tanto conhecer alguém. Talvez o tempo traga uma pessoa, uma pessoa especial. Talvez eu resolva isso aos poucos, sem sentir. Depois de resolver a mim mesmo.

Amar como eu te amo, ninguém vai te amar;
Querer como eu te quero, só eu mesmo; podes crê!
Te dei prova desse amor,tu não podes te queixar;
Eu te peço, por favor; Se decida logo!
Estou cansada de esperar...

Se você soubesse o que representa pra mim não me dava o silêncio como resposta.
Mesmo que eu saiba que o que represento para você lhe emudece.

Eu agradeço cada pessoa que tentou me derrubar e destruir , cada pessoa que me humilhou e cobiçou o que me pertence.

Agradeço a cada olhar traçoeiro,a cada palavra grosseira, agradeço a cada humilhação , a cada mentira...

Eu agradeço todas as calúnias e a todos os caluniadores , a todos os que querem e gostam de me ver sofrer por qualquer motivo...

Porque somente assim é que me fortaleci mais com a justiça de DEUS !

As cismas do destino

I

Recife. Ponte Buarque de Macedo.
Eu, indo em direção à casa do Agra,
Assombrado com a minha sombra magra,
Pensava no Destino, e tinha medo!

Na austera abóbada alta o fósforo alvo
Das estrelas luzia... O calçamento
Sáxeo, de asfalto rijo, atro e vidrento,
Copiava a polidez de um crânio calvo.

Lembro-me bem. A ponte era comprida,
E a minha sombra enorme enchia a ponte,
Como uma pele de rinoceronte
Estendida por toda a minha vida!

A noite fecundava o ovo dos vícios
Animais. Do carvão da treva imensa
Caía um ar danado de doença
Sobre a cara geral dos edifícios!

Tal uma horda feroz de cães famintos,
Atravessando uma estação deserta,
Uivava dentro do eu, com a boca aberta,
A matilha espantada dos instintos!

Era como se, na alma da cidade,
Profundamente lúbrica e revolta,
Mostrando as carnes, uma besta solta
Soltasse o berro da animalidade.

E aprofundando o raciocínio obscuro,
Eu vi, então, à luz de áureos reflexos,
O trabalho genésico dos sexos,
Fazendo à noite os homens do Futuro.

Livres de microscópios e escalpelos,
Dançavam, parodiando saraus cínicos,
Biliões de centrosomas apolínicos
Na câmara promíscua do vitellus.

Mas, a irritar-me os globos oculares,
Apregoando e alardeando a cor nojenta,
Fetos magros, ainda na placenta,
Estendiam-me as mãos rudimentares!

Mostravam-me o apriorismo incognoscível
Dessa fatalidade igualitária,
Que fez minha família originária
Do antro daquela fábrica terrível!

A corrente atmosférica mais forte
Zunia. E, na ígnea crosta do Cruzeiro,
Julgava eu ver o fúnebre candeeiro
Que há de me alumiar na hora da morte.

Ninguém compreendia o meu soluço,
Nem mesmo Deus! Da roupa pelas brechas,
O vento bravo me atirava flechas
E aplicações hiemais de gelo russo.

A vingança dos mundos astronômicos
Enviava à terra extraordinária faca,
Posta em rija adesão de goma laca
Sobre os meus elementos anatômicos.

Ah! Com certeza, Deus me castigava!
Por toda a parte, como um réu confesso,
Havia um juiz que lia o meu processo
E uma forca especial que me esperava!

Mas o vento cessara por instantes
Ou, pelo menos, o ignis sapiens do Orco
Abafava-me o peito arqueado e porco
Num núcleo de substâncias abrasantes.

É bem possível que eu um dia cegue.
No ardor desta letal tórrida zona,
A cor do sangue é a cor que me impressiona
E a que mais neste mundo me persegue!

Essa obsessão cromática me abate.
Não sei por que me vêm sempre à lembrança
O estômago esfaqueado de uma criança
E um pedaço de víscera escarlate.

Quisera qualquer coisa provisória
Que a minha cerebral caverna entrasse,
E até ao fim, cortasse e recortasse
A faculdade aziaga da memória.

Na ascensão barométrica da calma,
Eu bem sabia, ansiado e contrafeito,
Que uma população doente do peito
Tossia sem remédio na minh'alma!

E o cuspo que essa hereditária tosse
Golfava, à guisa de ácido resíduo,
Não era o cuspo só de um indivíduo
Minado pela tísica precoce.

Não! Não era o meu cuspo, com certeza
Era a expectoração pútrida e crassa
Dos brônquios pulmonares de uma raça
Que violou as leis da Natureza!

Era antes uma tosse úbiqua, estranha,
Igual ao ruído de um calhau redondo
Arremessado no apogeu do estrondo,
Pelos fundibulários da montanha!

E a saliva daqueles infelizes
Inchava, em minha boca, de tal arte,
Que eu, para não cuspir por toda a parte,
Ia engolindo, aos poucos, a hemoptísis!

Na alta alucinação de minhas cismas
O microcosmos líquido da gota
Tinha a abundância de uma artéria rota,
Arrebentada pelos aneurismas.

Chegou-me o estado máximo da mágoa!
Duas, três, quatro, cinco, seis e sete
Vezes que eu me furei com um canivete,
A hemoglobina vinha cheia de água!

Cuspo, cujas caudais meus beiços regam,
Sob a forma de mínimas camândulas,
Benditas sejam todas essas glândulas,
Que, quotidianamente, te segregam!

Escarrar de um abismo noutro abismo,
Mandando ao Céu o fumo de um cigarro,
Há mais filosofia neste escarro
Do que em toda a moral do Cristianismo!

Porque, se no orbe oval que os meus pés tocam
Eu não deixasse o meu cuspo carrasco,
Jamais exprimiria o acérrimo asco
Que os canalhas do mundo me provocam!

II

Foi no horror dessa noite tão funérea
Que eu descobri, maior talvez que Vinci,
Com a força visualística do lince,
A falta de unidade na matéria!

Os esqueletos desarticulados,
Livres do acre fedor das carnes mortas,
Rodopiavam, com as brancas tíbias tortas,
Numa dança de números quebrados!

Todas as divindades malfazejas,
Siva e Arimã, os duendes, o In e os trasgos,
Imitando o barulho dos engasgos,
Davam pancadas no adro das igrejas.

Nessa hora de monólogos sublimes,
A companhia dos ladrões da noite,
Buscando uma taverna que os acoite,
Vai pela escuridão pensando crimes.

Perpetravam-se os actos mais funestos,
E o luar, da cor de um doente de icterícia,
Iluminava, a rir, sem pudicícia,
A camisa vermelha dos incestos.

Ninguém, de certo, estava ali, a espiar-me,
Mas um lampião, lembrava ante o meu rosto,
Um sugestionador olho, ali posto
De propósito, para hipnotizar-me!

Em tudo, então, meus olhos distinguiram
Da miniatura singular de uma aspa,
À anatomia mínima da caspa,
Embriões de mundos que não progrediram!

Pois quem não vê aí, em qualquer rua,
Com a fina nitidez de um claro jorro,
Na paciência budista do cachorro
A alma embrionária que não continua?!

Ser cachorro! Ganir incompreendidos
Verbos! Querer dizer-nos que não finge,
E a palavra embrulhar-se no laringe,
Escapando-se apenas em latidos!

Despir a putrescível forma tosca,
Na atra dissolução que tudo inverte,
Deixar cair sobre a barriga inerte
O apetite necrófago da mosca!

A alma dos animais! Pego-a, distingo-a,
Acho-a nesse interior duelo secreto
Entre a ânsia de um vocábulo completo
E uma expressão que não chegou à língua!

Surpreendo-a em quatriliões de corpos vivos,
Nos antiperistálticos abalos
Que produzem nos bois e nos cavalos
A contracção dos gritos instintivos!

Tempo viria, em que, daquele horrendo
Caos de corpos orgânicos disformes
Rebentariam cérebros enormes,
Como bolhas febris de água, fervendo!

Nessa época que os sábios não ensinam,
A pedra dura, os montes argilosos
Criariam feixes de cordões nervosos
E o neuroplasma dos que raciocinam!

Almas pigméias! Deus subjuga-as, cinge-as
À imperfeição! Mas vem o Tempo, e vence-O,
E o meu sonho crescia no silêncio,
Maior que as epopéias carolíngias!

Era a revolta trágica dos tipos
Ontogênicos mais elementares,
Desde os foraminíferos dos mares
À grei liliputiana dos pólipos.

Todos os personagens da tragédia,
Cansados de viver na paz de Buda,
Pareciam pedir com a boca muda
A ganglionária célula intermédia.

A planta que a canícula ígnea torra,
E as coisas inorgânicas mais nulas
Apregoavam encéfalos, medulas
Na alegria guerreira da desforra!

Os protistas e o obscuro acervo rijo
Dos espongiários e dos infusórios
Recebiam com os seus órgãos sensórios
O triunfo emocional do regozijo!

E apesar de já ser assim tão tarde,
Aquela humanidade parasita,
Como um bicho inferior, berrava, aflita,
No meu temperamento de covarde!

Mas, refletindo, a sós, sobre o meu caso,
Vi que, igual a um amniota subterrâneo,
Jazia atravessada no meu crânio
A intercessão fatídica do atraso!

A hipótese genial do microzima
Me estrangulava o pensamento guapo,
E eu me encolhia todo como um sapo
Que tem um peso incômodo por cima!

Nas agonias do delirium-tremens,
Os bêbedos alvares que me olhavam,
Com os copos cheios esterilizavam
A substância prolífica dos semens!

Enterram as mãos dentro das goelas,
E sacudidos de um tremor indômito
Expeliam, na dor forte do vômito,
Um conjunto de gosmas amarelas.

Iam depois dormir nos lupanares
Onde, na glória da concupiscência,
Depositavam quase sem consciência
As derradeiras forças musculares.

Fabricavam destarte os blastodermas,
Em cujo repugnante receptáculo
Minha perscrutação via o espetáculo
De uma progênie idiota de palermas.

Prostituição ou outro qualquer nome,
Por tua causa, embora o homem te aceite,
É que as mulheres ruins ficam sem leite
E os meninos sem pai morrem de fome!

Por que há de haver aqui tantos enterros?
Lá no "Engenho" também, a morte é ingrata...
Há o malvado carbúnculo que mata
A sociedade infante dos bezerros!

Quantas moças que o túmulo reclama!
E após a podridão de tantas moças,
Os porcos esponjando-se nas poças
Da virgindade reduzida à lama!

Morte, ponto final da última cena,
Forma difusa da matéria embele,
Minha filosofia te repele,
Meu raciocínio enorme te condena!

Diante de ti, nas catedrais mais ricas,
Rolam sem eficácia os amuletos,
Oh! Senhora dos nossos esqueletos
E das caveiras diárias que fabricas!

E eu desejava ter, numa ânsia rara,
Ao pensar nas pessoas que perdera,
A inconsciência das máscaras de cera
Que a gente prega, com um cordão, na cara!

Era um sonho ladrão de submergir-me
Na vida universal, e, em tudo imerso,
Fazer da parte abstracta do Universo,
Minha morada equilibrada e firme!

Nisto, pior que o remorso do assassino,
Reboou, tal qual, num fundo de caverna,
Numa impressionadora voz interna,
O eco particular do meu Destino:

III

"Homem! por mais que a Idéia desintegres,
Nessas perquisições que não têm pausa,
Jamais, magro homem, saberás a causa
De todos os fenômenos alegres!

Em vão, com a bronca enxada árdega, sondas
A estéril terra, e a hialina lâmpada oca,
Trazes, por perscrutar (oh! ciência louca!)
O conteúdo das lágrimas hediondas.

Negro e sem fim é esse em que te mergulhas
Lugar do Cosmos, onde a dor infrene
É feita como é feito o querosene
Nos recôncavos úmidos das hulhas!

Porque, para que a Dor perscrutes, fora
Mister que, não como és, em síntese, antes
Fosses, a reflectir teus semelhantes,
A própria humanidade sofredora!

A universal complexidade é que Ela
Compreende. E se, por vezes, se divide,
Mesmo ainda assim, seu todo não reside
No quociente isolado da parcela!

Ah! Como o ar imortal a Dor não finda!
Das papilas nervosas que há nos tatos
Veio e vai desde os tempos mais transatos
Para outros tempos que hão de vir ainda!

Como o machucamento das insônias
Te estraga, quando toda a estuada Idéia
Dás ao sôfrego estudo da ninféia
E de outras plantas dicotiledôneas!

A diáfana água alvíssima e a hórrida áscua
Que da ígnea flama bruta, estriada, espirra;
A formação molecular da mirra,
O cordeiro simbólico da Páscoa;

As rebeladas cóleras que rugem
No homem civilizado, e a ele se prendem
Como às pulseiras que os mascates vendem
A aderência teimosa da ferrugem;

O orbe feraz que bastos tojos acres
Produz; a rebelião que, na batalha,
Deixa os homens deitados, sem mortalha,
Na sangueira concreta dos massacres;

Os sanguinolentíssimos chicotes
Da hemorragia; as nódoas mais espessas,
O achatamento ignóbil das cabeças,
Que ainda degrada os povos hotentotes;

O Amor e a Fome, a fera ultriz que o fojo
Entra, à espera que a mansa vítima o entre,
— Tudo que gera no materno ventre
A causa fisiológica do nojo;

As pálpebras inchadas na vigília,
As aves moças que perderam a asa,
O fogão apagado de uma casa,
Onde morreu o chefe da família;

O trem particular que um corpo arrasta
Sinistramente pela via-férrea,
A cristalização da massa térrea,
O tecido da roupa que se gasta;

A água arbitrária que hiulcos caules grossos
Carrega e come; as negras formas feias
Dos aracnídeos e das centopéias,
O fogo-fátuo que ilumina os ossos;

As projecções flamívomas que ofuscam,
Como uma pincelada rembrandtesca,
A sensação que uma coalhada fresca
Transmite às mãos nervosas dos que a buscam;

O antagonismo de Tifon e Osíris,
O homem grande oprimindo o homem pequeno,
A lua falsa de um parasseleno,
A mentira mateórica do arco-íris;

Os terremotos que, abalando os solos,
Lembram paióis de pólvora explodindo,
A rotação dos fluidos produzindo
A depressão geológica dos pólos;

O instinto de procriar, a ânsia legítima
Da alma, afrontando ovante aziagos riscos,
O juramento dos guerreiros priscos
Metendo as mãos nas glândulas da vítima;

As diferenciações que o psicoplasma
Humano sofre na mania mística,
A pesada opressão característica
Dos dez minutos de um acesso de asma;

E, (conquanto contra isto ódios regougues)
A utilidade fúnebre da corda
Que arrasta a rês, depois que a rês engorda,
A morte desgraçada dos açougues...

Tudo isto que o terráqueo abismo encerra
Forma a complicação desse barulho
Travado entre o dragão do humano orgulho
E as forças inorgânicas da terra!

Por descobrir tudo isso, embalde cansas!
Ignoto é o gérmen dessa força ativa
Que engendra, em cada célula passiva,
A heterogeneidade das mudanças!

Poeta, feto malsão, criado com os sucos
De um leite mau, carnívoro asqueroso,
Gerado no atavismo monstruoso
Da alma desordenada dos malucos;

Última das criaturas inferiores
Governada por átomos mesquinhos,
Teu pé mata a uberdade dos caminhos
E esteriliza os ventres geradores!

O áspero mal que a tudo, em torno, trazes,
Análogo é ao que, negro e a seu turno,
Traz o ávido filóstomo noturno,
Ao sangue dos mamíferos vorazes!

Ah! Por mais que, com o espírito, trabalhes
A perfeição dos seres existentes,
Hás de mostrar a cárie dos teus dentes
Na anatomia horrenda dos detalhes!

O Espaço — esta abstração spenceriana
Que abrange as relações de coexistência
É só! Não tem nenhuma dependência
Com as vértebras mortais da espécie humana!

As radiantes elipses que as estrelas
Traçam, e ao espectador falsas se antolham
São verdades de luz que os homens olham
Sem poder, no entretanto, compreendê-las.

Em vão, com a mão corrupta, outro éter pedes
Que essa mão, de esqueléticas falanges,
Dentro dessa água que com a vista abranges,
Também prova o princípio de Arquimedes!

A fadiga feroz que te esbordoa
Há de deixar-te essa medonha marca,
Que, nos corpos inchados de anasarca,
Deixam os dedos de qualquer pessoa!

Nem terás no trabalho que tiveste
A misericordiosa toalha amiga,
Que afaga os homens doentes de bexiga
E enxuga, à noite, as pústulas da peste!

Quando chegar depois a hora tranqüila,
Tu serás arrastado, na carreira,
Como um cepo inconsciente de madeira
Na evolução orgânica da argila!

Um dia comparado com um milênio
Seja, pois, o teu último Evangelho...
E a evolução do novo para o velho
E do homogêneo para o heterogêneo!

Adeus! Fica-te aí, com o abdômen largo
A apodrecer!. .. És poeira, e embalde vibras!
O corvo que comer as tuas fibras
Há de achar nelas um sabor amargo!"

IV

Calou-se a voz. A noite era funesta.
E os queixos, a exibir trismos danados,
Eu puxava os cabelos desgrenhados
Como o Rei Lear, no meio da floresta!

Maldizia, com apóstrofes veementes,
No estentorde mil línguas insurrectas,
O convencionalismo das Pandectas
E os textos maus dos códigos recentes!

Minha imaginação atormentada
Paria absurdos... Como diabos juntos,
Perseguiam-me os olhos dos defuntos
Com a carne da esclerótica esverdeada.

Secara a clorofila das lavouras.
Igual aos sostenidos de uma endeixa,
Vinha me às cordas glóticas a queixa
Das coletividades sofredoras.

O mundo resignava-se invertido
Nas forças principais do seu trabalho...
A gravidade era um princípio falho,
A análise espectral tinha mentido!

O Estado, a Associação, os Municípios
Eram mortos. De todo aquele mundo
Restava um mecanismo moribundo
E uma teleologia sem princípios.

Eu queria correr, ir para o inferno,
Para que, da psique no oculto jogo,
Morressem sufocadas pelo fogo
Todas as impressões do mundo externo!

Mas a Terra negava-me o equilíbrio...
Na Natureza, uma mulher de luto
Cantava, espiando as árvores sem fruto,
A canção prostituta do ludíbrio!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

Você está me comparando a Deus? Quero dizer, isso é bom, mas só para você saber, eu nunca criei uma árvore.

Eu, viva e tremeluzente como os instantes, acendo-me e me apago, acendo e apago, acendo e apago. Só que aquilo que capto em mim tem, quando está sendo agora transposto em escrita, o desespero das palavras ocuparem mais instantes que um relance de olhar. Mais que um instante, quero seu fluxo.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Vivendo a vida de um bandido , até o dia que eu morrer.

A vida que eu realmente quero viver só existe nos meus sonhos.

Vou te dar uma boa razão pra não se aproximar de mim: Eu machuco as pessoas.

⁠Quando vejo você, me sinto forte, como se pudesse fazer qualquer coisa. Como se até eu valesse alguma coisa.

Sem pressa

Tudo tem seu tempo certo. É o que eu costumo repetir para mim mesma, numa tentativa tola de driblar minha ansiedade. Mesmo que eu acredite piamente que em nada tentar adianta antecipar fatos ou situações, sempre me pego imaginando o futuro, pensando como seria ou será, sonhando com o que ainda não posso ter.

Não se trata apenas de criar expectativas. É mais do que isso. É desejar de verdade. Eu quero tudo e quero agora. Para mim não basta viver um fim de semana memorável, preciso emendá-lo numa segunda-feira empolgante e seguir a semana em ritmo acelerado.

Quero viver cada momento com todas as letras maiúsculas. Quero negrito, sublinhado, neon e nada de reticências. Quero me embriagar de sentimentos e sensações, sem deixar nem um gole para depois.

Sobra vontade, mas falta energia. Nenhuma vida tem vigor para tanto. Eu não tenho. E quero e não quero ter. Ao mesmo tempo em que tenho ganas de estar no ápice, preciso do meu sossego. Quero um equilíbrio com doses de altos e baixos, uma montanha russa que me perturbe por dentro, mas que também aquiete a minha alma.

Meu imediatismo quase não me deixa esperar. Mas quando espero vejo todas as respostas, consigo entender todos os porquês. Posso enxergar que sempre acontece o melhor, o que realmente estavamos preparados para viver e sentir de forma plena.

Hoje, depois de um dia inteiro sem parar por um minuto, meus olhos insistiam em sorrir, em contraste com a minha carinha cansada. Quem me via passar pela rua mal podia imaginar as gargalhadas que eles tanto tentavam esconder. E eu percebi que não há motivo para ter pressa em voltar para casa.

Eu prefiro confiar e me arrepender, do que duvidar e me arrepender.

(Kirito)

Entre todas as insanidades da mente humana,
eu fico com o otimismo.

Isso é o meu compromisso
E se eu fumo ninguém tem nada com isso,
Não, não preciso da sua postura
A minha segurança eu faço na cintura
Um hipócrita vai e os valores não caem
É tanto preconceito que eu não aguento mais!

Luta por mim, desiste não
E lembra do que eu disse, então
Amar é muito melhor que ter razão

''presta atenção,presta atenção,presta bastante atenção...
eu moro em Londres uma cidade histórica,linda e vibrante na qual eu amo viver.Você mora em New York que é super estimada.
como o atlântico é largo demais para atravessar todos os dias a nado,de barco ou de avião,vamos decidir isso na moeda.Mas se você não quiser aceitar isso eu deixo Londres com todo prazer se você estiver me esperando do outro lado,porque a verdade é que eu te amo...loucamente,profundamente,verdadeiramente e apaixonadamente''

Eu não pretendia sentir por ele um amor ardente e nem tampouco ele parecia esperar isso de mim.

Blair: Sabe eu sei dançar...
Chuck: Então porque não sobe lá ?
Blair: Eu só disse que sei dançar...
Chuck: Você é dez vezes mais gata do que qualquer uma delas!
Blair: Eu sei o que você quer Bass... Ta achando que eu não tenho coragem?
Chuck: Eu sei que não tem!
Blair: Segura minha bebida!

Filtro Solar

Se eu pudesse dar a vocês uma única dica para o futuro, diria:

"Usem filtro solar".

Os benefícios, a longo prazo, do uso do filtro solar
foram cientificamente provados.

Os demais conselhos que dou baseiam-se unicamente
em minha própria experiência de vida.

Eis aqui um conselho:
desfrute do poder e da beleza de sua juventude.

Oh, esqueça!

Você só vai compreender o poder e a beleza de sua juventude
quando já tiverem desaparecido.

Mas acredite em mim:
dentro de vinte anos, você olhará suas fotos
e compreenderá, de um jeito que não pode compreender agora,
quantas oportunidades se abriram e quão fabuloso(a) você realmente era.

Você não é tão gordo quanto você imagina.

Não se preocupe com o futuro;
ou se preocupe, se quiser,
mas saiba que se preocupar
é tão eficaz quanto tentar resolver uma equação de álgebra
simplesmente mascando chiclete.

Os problemas que realmente têm importância em sua vida
são aqueles que nunca passaram por sua cabeça,
como aqueles que tomam conta de você
quando você não tem nada para fazer.

Cante.

Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável,
e não tolere aqueles que ajam de forma irresponsável
com os seus sentimentos.

Relaxe.

Não perca tempo com a inveja.

Algumas vezes você ganha,
algumas vezes você perde.

A corrida é longa e,
no final, você conta apenas consigo mesmo(a).

Lembre-se dos elogios que recebe,
esqueça os insultos
(se conseguir fazer isso, diga-me como).

Guarde suas cartas de amor.

Jogue fora seus velhos extratos bancários.

Alongue-se.

Não se sinta culpado se
não souber muito bem o que quer ser ou fazer da vida.

As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham idéia,
aos 22 anos, do que iam fazer na vida;
outras, não menos interessantes,
mesmo com 40 anos ainda não sabem.

Tome bastante cálcio.

Seja gentil com seus joelhos,
você sentirá falta deles quando não funcionarem mais.

Talvez você se case, talvez não.

Talvez tenha filhos, talvez não.

Talvez se divorcie aos 40,
talvez dance uma valsinha
quando fizer 75 anos de casamento.

O que quer que faça,
não se orgulhe e nem se critique demais.

Todas as suas escolhas têm 50% de chance de dar certo,
assim como as escolhas de todos os demais.

Curta seu corpo e use-o de todas as maneiras que puder.

Não tenha medo dele ou do que as outras pessoas pensam dele.

Seu corpo é o melhor instrumento que você possui.

Dance.
Mesmo que o único lugar que você tenha para fazer isso
seja sua sala de estar.

Leia todas as instruções,
mesmo que não as siga.

Não leia revistas de beleza,
elas apenas farão você se sentir feio(a).

Saiba entender seus pais.
Você nunca saberá quando eles deixarão de viver.

Seja amável com seus irmãos.
Eles são o seu melhor vínculo com o passado
e são aqueles que, muito provavelmente, no futuro,
nunca te deixarão na mão.

Entenda que os amigos vem e vão,
mas que há uns poucos, preciosos,
que você deve guardar com carinho.

Trabalhe duro para superar distâncias
e estilos de vida,
pois à medida que você envelhece,
mais precisa das pessoas que conheceu na juventude.

More um tempo em São Paulo,
mas mude-se
antes que a cidade transforme você
em uma pessoa indiferente.

More um tempo no nordeste,
mas mude-se
antes de tornar-se uma pessoa mole demais.

Viaje.

Aceite certas verdades eternas: os preços sempre vão subir,
os políticos são mulherengos, e você também vai envelhecer. E,
quando você envelhecer, vai fantasiar que, quando você era jovem,
os preços eram aceitáveis, os políticos tinham almas nobres
e as crianças respeitavam os mais velhos.

Respeite os mais velhos.

Não espere apoio de ninguém.

Talvez você tenha um investimento seguro,
talvez tenha um cônjuge rico.

Mas você nunca sabe
quando um ou outro pode te deixar na mão.

Não mexa muito com seu cabelo,
ou quando você tiver 40 anos, terá a aparência de 85.

Tenha cuidado com as pessoas que te dão conselhos,
mas seja paciente com elas.

Um conselho é uma forma de nostalgia:
dar conselhos é uma forma de resgatar o passado da lata de lixo,
limpá-lo, esconder as partes feias, reciclá-lo e vendê-lo
por um preço maior do que realmente vale.

Mas acredite em mim quando me refiro ao filtro solar.

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