Quem Gosta de Ouvir Nao quer Falar

Contra quem cala não há castigo nem resposta.

Feliz de quem recebeu do céu um pedaço de pão e não precisa de agradecer a ninguém além do próprio céu.

Quando me contrariam, despertam-me a atenção, não a cólera: aproximo-me de quem me contradiz e instrui.

Quem julga pelo que ouve e não pelo que entende, é orelha e não juiz.

Morremos quando não há mais ninguém por quem tenhamos vontade de viver.

O jornal exerce todas as funções do defunto Satanás, de quem herdou a ubiquidade; e é não só o pai da mentira, mas o pai da discórdia.

Ordinariamente tratamos com indiferença aquelas pessoas de quem não esperamos bens nem receamos males.

Segui o vosso caminho e não deis conselhos a quem não vo-lo pede.

Quem não sabe nada, seja ele senhor ou príncipe, deve ser incluído no número das pessoas vulgares.

Hoje, não se sabe falar porque já não se sabe ouvir.

Falar é bom, calar é melhor, mas ambos são desagradáveis quando levados ao exagero.

Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

Endechas a Bárbara escrava

Aquela cativa
Que me tem cativo,
Porque nela vivo
Já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
Em suaves molhos,
Que pera meus olhos
Fosse mais fermosa.

Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Mas não de matar.

U~a graça viva,
Que neles lhe mora,
Pera ser senhora
De quem é cativa.
Pretos os cabelos,
Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos.

Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.

Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
Esta é a cativa
Que me tem cativo;
E. pois nela vivo,
É força que viva.

Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior.

O maior impasse da humanidade: Não fazer o BEM que gostaria e fazer o MAL que não quer!

Quando não se tem ideias, as palavras são inúteis e até nocivas; melhor calar-se do que falar só para confundir.

Para falar do Natal, não existem segredos, basta olhar para dentro de nós mesmos. No Natal, estamos propícios a amar mais, ter mais carinhos, ser mais solidários. É o que nos envolve, este Espírito Natalino. Mas vejamos o mundo num foco mais nítido - isso ocorre somente nesta época do ano. O nascimento de Jesus Cristo tem o poder de causar essa transformação em nós. Época em que surgem milhares de voluntários, pessoas fazendo seus donativos, pessoas se abraçando, trocando calor humano com seus entes queridos. Eu vejo muita gente se engrandecer diante desse espírito, mas eu somente tenho a perguntar: - Por que?

Porque essas coisas só ocorrem no mês de Dezembro? Será um mês sagrado? Será que é tão difícil sermos assim o ano inteiro? Todos os dias de nossas vidas, nós devemos amar uns aos outros, respeitar uns aos outros, sermos solidários. O mundo não funciona somente no Natal, as crianças não necessitam de carinho, apenas no Natal, os necessitados, não passam fome, não sentem frio apenas no Natal. Eu quero olhar o Mundo e poder ver isso todos os dias.

Se Deus me concedesse um desejo, desejaria que nascesse um Jesus Cristo todos os dias.

Não devemos contentar-nos em falar do amor para com o próximo, mas praticá-lo.

Odeio os livros; ensinam apenas a falar daquilo que não se sabe.

Podeis reconhecer um mau crítico porque ele começa por falar do poeta e não do poema.