Quem Domina sua Lingua

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Garotas, nós só vamos descobrir quem é o cara certo depois que quebrarmos bastante a cara com os errados. Faz parte.

Quem deve se apavora! Pensando e se eles quisessem se vingar da escravidão agora...

Eu só empresto livros para quem tenho certeza
de que os ama tanto quanto eu, e quando sei
que serão lidos num prazo razoável.
Se não há intenção de me devolver logo,
estabeleçam um resgate: eu pago.

Crônica: Ciúme das coisas - Livro: Montanha Russa

Quem se orgulha de não ter nada a esconder deveria era ter vergonha de uma vida tão sem graça.

Quem tem piedade de nós? Somos uns abandonados? uns entregues ao desespero? Não, tem que haver um consolo possível. Juro: tem que haver.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Felicidade clandestina.

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Eu e vc. . .
não é assim tão complicado
não é difícil perceber

Quem de nós dois
vai dizer que é impossível
o amor acontecer ??

e cada vez que eu fujo...
eu me aproximo mais ....



[Quem de Nós Dois]

A maior ironia da minha vida é querer ser curado por quem me feriu.

Sobre a Solidão

Entender é trancar-se dentro da palavra.
Quem não sabe, quem não sabe, quem não quer saber de nada gruda a língua no céu da boca, não escuta e finge que não vê.
Entender é um outro nível da ignorância. Bastaria um toque se fôssemos livres.
Não é preciso nenhum livro para quem pode não ler.
Se quisermos, amiga, não entendemos nada...
Tem quem prefira os beijos às palavras.
Tem quem não viva sem um off dizendo não, o tempo todo.
Tem gente de tudo o que é tipo.
Só não devemos viver sem o sentido, sem a realidade, o objeto, o eu e o você.
Somos infelizes. Jamais sobreviveríamos à liberdade de leves e inconsequentes ações.
- Vamos, vamos logo subir essa escada que leva o amor ao último andar.
Estamos descalços e o mármore gela os nossos pés. Sobe pelo corpo o tremor do castelo que desmorona.
Então vamos, segura firme no corrimão. Respire fundo. Subir tão alto dá vertigem e olhar para trás deixaria-nos cegos.
Os erros são medusas intransigentes, arrancam as nossas lembranças boas e tatuam os desaforos e mágoas.
Por isso, marche! Ainda estou contigo. Para ir até o fim da paixão deve-se estar acompanhado. Sinta o meu perfume enquanto o vento do tempo sopra esse bafo de mudança. Se quiser, dou-lhe o braço. Entraremos no salão da grande dança. A quadrilha dos desafortunados só começa quando o poeta recita a dor de um adeus. Pronto. Mais alguns passos e poderemos nos soltar no espaço. Livres. Serenos. E tristes. Vamos logo. Não há mesmo como evitar a covardia. Não há coragem para se ir até o fundo.
É isso, meu amor, agora só mais um degrau e você estará – de novo – em paz com o seu coração vazio. Por isso, vamos!
O nada não inspira, não treme os sexos, não dá calafrios, nem ciúmes; Não cria o ódio, nem teme o abandono. Ali você poderá descansar sem culpa, remorsos, sonhos estúpidos.
Amar proibido é muito. Causa tanto estrago...
E por isso, por tudo isso, vamos!
No final devo pedir perdão por tê-lo tocado.
Agora pode largar a minha mão. Pode partir.
Lembre-se ou esqueça-se de mim.
Coração quebrado tem cura: a paz de não precisar mais aguardar a perfeição que não existe.

E, mesmo, quem já não desejou possuir um ser humano só para si?

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Como quem muda um canal de televisão, continuei vivo.

Mas se apressasse podia ainda, quem sabe, viver intensamente.

Na minha vida quem escolhe as pessoas que entram e saem sou eu. Portanto se te rejeitei é porque não quero você ao meu lado.

Quem faz – em mim – esta interrogação ?

Mas eu não sei na verdade quem eu sou
Já tentei calcular o meu valor,
Mas sempre encontro o sorriso e o meu paraíso é onde estou!
Eu não sei na verdade quem eu sou!

E, mesmo, quem já não desejou possuir um ser humano só para si? O que, é verdade, nem sempre seria cômodo, há horas em que não se quer ter sentimentos.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E eu? quem sou? como é que me classificaram? Deram-me um número? Sinto-me numerificada e toda apertada. Mal caibo dentro de mim. Eu sou um euzinho muito mixa. Mas com certa classe.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho da crônica Brasília: esplendor.

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Quem nunca se irritou com a disciplina alheia, quando na hora da fome a pessoa anuncia: "Comerei só uma salada!" ?

Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não palavra – a entrelinha – morde a isca, alguma coisa se escreveu. Uma vez que se pescou a entrelinha, poder-se-ia com alívio jogar a palavra fora. Mas aí cessa a analogia: a não palavra, ao morder a isca, incorporou-a. O que salva então é ler distraidamente.

Clarice Lispector
Água Viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

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