Que Saudades eu tenho da Aurora da minha Vida
Eu odiava cada minuto dos treinos, mas dizia para mim mesmo: não desista! Sofra agora e viva o resto de sua vida como um campeão.
Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.
Eu estou sempre fazendo aquilo que não sou capaz, numa tentativa de aprender como fazê-lo.
Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és. Saiba eu com que te ocupas e saberei também no que te poderás tornar.
O Último Poema
Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Eu não quero promessas. Promessas criam expectativas e expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos. Não, não e não. Eu não quero dor. Eu não quero olhar no espelho e ver você escorrer, manchando minha cara bonita.
Eu era uma criança, esse monstro que os adultos fabricam com as suas mágoas.
Os judeus admiram mais o espírito do que o corpo. A escolher entre os dois, eu também colocaria em primeiro lugar a inteligência.
Se Hitler invadisse o Inferno, eu faria uma referência favorável ao diabo na Câmara dos Comuns.
Quando Vier a Primavera
Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
(Poemas Inconjuntos, heterónimo de Fernando Pessoa)
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