Que Saudade dos meus 15 anos
Som e imagem.
Do mar o som de suas ondas
No violão as cordas do belo som
Em acústica de belo tom
As ondas, o som do mar
Um canto de belo tom
Ao som das cordas e ondas
Levado ao som de minhas imagens
Ao violão dou teu corpo
As ondas, teus cabelos em belo tom
Ao som, teus lábios a me dizer.
E neste mar de muitas conchas
É teu , o som que quero ouvir
Do violão e suas cordas
É teu corpo, a imaginar
Que em teu som quero tocar
Neste som de belo e doce tom
Em tuas conchas me fechar
Guardar-me na acústica de suas ondas
Nas notas tuas em sol maior
Abraçado ao violão
Ouvindo o som de tuas ondas
Entrego a ti meu coração
Que sem mar ou violão
Ouve o teu,
Em alto e belo tom.
José Henrique
LEIA-ME...
MUDEI MUITO DESDE A ULTIMA VEZ,
DÊ UMA OLHADA PARA MIM
ME PERDI NOS LIVROS QUE LI
NOS CAMINHOS ESCREVI O QUE VI
DE UMA OLHADA PRA MIM
NÃO VERÁS MAIS DE ONDE VIM
APENAS UMA ENVELHECIDA ESSÊNCIA
EM UMA JUVENTUDE AMADURECIDA
MUDEI MUITO NA CAPA E NAS FOLHAS ESCRITAS
NADA APAGUEI NADA PERDI
NÃO TENHO ILUSTRAÇÕES,MAIS LENDO ME VERÁS,
ENTENDERÁS QUE MINHA VIDA TEM HISTÓRIA
DE UMA OLHADA EM MIM
LEIA-ME E ENCONTRARÁS O SEU MELHOR CAMINHO,
ENTENDA-ME E APRENDERÁS UM POUCO MAIS DE SI,
DEIXE-ME SEMPRE A MÃO,
BEM PRÓXIMO DE SEUS OLHOS,
NUNCA DEIXE-ME FECHAR,
NUNCA ME INTERPRETE OU FAÇA ARTE DE MIM.
SEM JULGAMENTOS,
APENAS LEIA-ME.
José Henrique
No silêncio de suas cores .
E quando a noite enfim pousou
Não envaideceu, assim percebeu
E era o mesmo assim anoitecido
Não esmoreceu com a escuridão
A vontade de viver não empobreceu
E mediante o olhar da noite
Viu que não nem sempre era a luz do dia que a trazia com a mais bela visão.
Era a escuridão de seus olhos fechados e silenciosos que a trazia com perfeição.
Tinha de ser de forma pura e distante,
Apenas a lembrança de que ainda e sempre existirá.
Doce você, doce e silencioso amor que resiste ao tempo e a feriados sem destino.
Se ao olhar os quadros em um stand não vejo cores é porque não há cores ali para mim.
Olhar para todos e não ver ninguém, é que não há ninguém para mim.
Ver a mim assim no sempre eu comigo mesmo.
Não esmoreceu, não envaideceu e não empobreceu o que aconteceu.
Não me recordo o dia que parti, pois sinto que nunca o fiz.
O rosto da chegada é bem mais claro na minha lembrança e assim fica.
E apesar da solidão, é o silêncio mais prazeroso de alguém.
É nele que pinto os diversos quadros de sua lembrança.
Todos em todas as formas e cores, sentimentos e dores.
Com tons suaves e fortes misturados as cores de um amor que só a vida pode colorir.
E por mais distante, noite ou dia,
Escuro ou claro, continuo a pintar quadros de muitos sonhos .
Do amor que calado apenas sente,
O silêncio de suas cores.
José Henrique
Meu hoje...
Estive tão contigo hoje
Que nem pensei no amanhã
Até esqueci o que fiz ontem
Que o amanhã seja o nosso hoje
Que o ontem se guarde por si só
O que dentro do meu coração cabe
É nada além do presente
Que é o hoje de ter você
Querendo todos esses hojes
Transformando todos os amanhãs e ontens
No melhor tempo de nós dois
No que estamos juntos
No que estamos realmente nele
Desde do amanhecer
Quando abro os olhos
Me vendo nos teus
Até o anoitecer
Quando minha última visão
...É você!
José Henrique
Desvendar-me.
Abrir janelas e portas do meu ser
Ver a luz que se esconde dentre as frestas de min'alma.
Abordar-me em uma das esquinas que a cada dia evito.
Renovar o ar que me segue sem respirar.
Rosas devem ser levadas e entregues.
Um novo e entusiasmante perfume ao corpo.
Deixar fluir a vida trancada em pensamentos fúteis.
Embebecido aos goles de uma sobriedade maldita.
Ser meu jardim feliz e cultivar as rosas que devo eu entregar.
Alimentar meu viver das piadas de botequim.
Deixar que o bom vinho sente-se a minha mesa novamente.
Que sente-se quem quiser, sempre .
E sente-se sempre.
Sendo o novo, sorriso alarmante e espalhado a uma platéia qualquer.
Mudanças da falta de hábitos e hábitat.
O que é deixará de ser para sempre.
Desvendando-me para eternidade do amor ,
Buscando não a felicidade eterna, mas a do abrir dos olhos de cada dia a se viver.
Que seja vivido de portas e janelas abertas ou sem elas.
Na coragem do coração que retorna
Que seja,
Que seja desvendado,
Que seja !
José Henrique
Anjo meu.
Ainda que digam que anjos não existem
O que seria de mim sem a tua existência
Sinto-me bem
Sinto-me leve
E quando preciso voar,
Tuas asas me levam
Devo admitir sim meu anjo
E por mais que não vejam tuas asas
Eu sinto o teu amor
E por tudo que é bom em você
É que consigo ver o sol
Já me basta te sentir
E sorrir no teu sorriso
Nem viver sem tua vida
Só apenas peço a lua que olhamos juntos
A mesma lua que distante nos cobre
Que de anjos não entendo
Mas de amor vivo aprendendo
Se um dia no amor me perder
De amor não padecer
De amor sempre viver
No silêncio do escrever
O sentimento de um ser
Que assim deseja ser
Mesmo sem o prazer de um prazer
A um anjo sempre pertencer
E que seja sempre você.
José Henrique
Fuga.
Quando fugi de mim
E cada vez mais longe
E mais longe eu fui de mim
Mais perto era o aqui
Quando já muito distante
Percebi que o mais longe de mim
Era sempre o mais perto, daqui
O mais junto, daqui
Era sempre dentro de mim.
Eu nunca sai de mim
Não vou sair ou me retirar
Não daqui
Sempre que de mim fugi
Eu daqui nunca sai
Sempre dentro de mim
Cada vez mais aqui
Posso sair daqui
Mais nunca fugir
A porta que se abre aqui
É sempre uma fuga
Muito mais de mim
Para dentro de mim.
José Henrique
Legado Poeta.
Na poesia, sentimentos.
Esconder a dor em um sorriso.
Descansar no amor o seu desejo.
Do amor silencioso e secreto,
Publicado ao mundo sem temor.
Trás no peito o coração de um carinho,
Que toca distante seu amor.
Tem na alma o perfume de uma rosa, sem vida pela dor.
A solidão traz as palavras e a saudade a inspiração,
Que deseja o amor no qual escreve.
Tem nos olhos o mundo de mãos dadas.
Que ontem chorou, hoje sorri.
Amanhã é ainda um sonho e um desejo incolor.
Em linhas sem vida, de páginas pálidas,
Deita palavras que levam os sentimentos,
Mais puros e verdadeiros, para muitos e não importa.
Os desejos mais simples,
Que em olhares e sorrisos se escondem,
Que se desmancham em lágrimas da saudade,
No abraço do encantado e encantador.
Tocar sem sentir na leitura do leitor.
Legado nascimento.
Escolhido pelo amor.
Amado pelo sentimento.
Desejado no desejo.
Adorado pela flor.
Vive a vida o Poeta.
Toda sua intensidade,
Na alegria ou na tristeza,
De sentimento e muito amor.
José Henrique
Na abertura do terceiro selo acontece algo que muda o cenário profético no bloco dos quatro seres viventes. O terceiro animal diz vem e vê, e uma voz do meio do trono fora dirigida ao cavaleiro que está sobre o cavalo preto com a balança na mão, o que para os dois anteriores não veio nenhuma ordem.
Foi então nessa visão que tive uma grande descoberta, que, a melhor forma de ajudar os necessitados não é dar a eles dinheiro, e sim tornando-me próspero, assim posso inspirar cada um deles a prosperar também.
Ao abrir segundo selo, fez que o segundo ser vivente revelasse o seu potencial de fala, que, até então, teria expressado tal voz. Contudo todos manifestaram-se de maneira sequenciada a João.
Foi uma revelação um tanto forte para Gideão, talvez ele não teria a ideia do impacto de como seriam as coisas a partir do momento desse encontro. Ele não seria uma porta voz da revelação e nem mesmo um tipo de profeta para que Deus levantasse alguém dentre eles para comandar uma guerra de libertação financeira. Ele era o escolhido dentro da visão... Muitas vezes oramos para que Deus Levante alguém e lute por mim ou nós, enquanto o Eterno está a se revelar a nós.
O segundo selo ao ser aberto fez com que o segundo ser vivente revelasse o seu potencial de fala, que até então, haviam expressado tal voz. Contudo ao serem abertos os selos, eles falaram de maneira sequenciada a João.
Lembrando que, acima do cavaleiro do cavalo preto está o único que tem um nome que É sobre todos os nomes.
Sempre que se menciona sobre os selos do Apocalipse há um impacto em nossa mente, pois a primeira sensação que temos é de coisas catastróficas, e avassaladoras.
Sem razão...
Vivendo numa ártica solidão,
Gélidos pensamentos,
Que a lugar algum direcionam,
Lugar algum que não esteja você,
Traçando atalhos, cada um tem seu nome,
Cada passo, tua direção, a razão á muito me deixou,
O coração grita mais alto que sábios e teorias,
Dita todas as regras e passou a acreditar no sentido seguir,
Não faz, sabe ou quer definir o certo do errado,
Quer somente seguir um sentimento, o de min'alma,
O que lhe dá prazer, esperança e vontade de viver,
E para isso, contar as horas de aflição,
Esperar no tempo como um iceberg no frio da solidão,
Sonhar no passar das horas, que seja o amor maior que o tempo,
Suportando presença constante da distância que os separa,
Iludindo a saudade com as imagens que não pode tocar,
Monólogo coração, sempre um só pedido...você,
Portas fechadas ao mundo,
Bastou para dar sentido a vida,
Sentir que verdadeiramente que não quer a razão das coisas,
Quer o sentimento delas, o sabor de vivê-las,
Coração assim, sentido sem razão,
Pulsa na saudade, nas lágrimas da solidão,
Sangra o amor mais puro e verdadeiro que possa sentir,
Vive na liberdade de escolher amar,
ainda que na dor,
Neste coração que habita um corpo,
Onde min'alma reconhece a tua.
E quando meu beijo beijar o teu,
Meu abraço molhar seus ombros,
Que meu olhar seja sem palavras, Quando lágrimas molharem meu rosto,
Será dentro deste teimoso e sábio coração,
Que direi,
Te amo sem razão.
José Henrique
Longe...
Pensando... tanto estar longe
Muito distante de onde estou,
Mais perto de onde desejo estar,
A cada pensar mais longe de mim estou,
Fosse eu um desses que voam,
Os que sabem voar, os que não pensam,
Não carregam sonhos como pesos,
Sem desejos acorrentados aos pés,
Tendo dito e pelo não dito ou qualquer paradigma,
No eu, leve peso, como pedra sobre a relva livre,
A cada acordar o mesmo pedido,
A cada adormecer o mesmo fechar de olhos,
A mesma visão de um quadrado vazio de cores pálidas,
Domindo a domingo é só um dia após outro,
Dias que se perdem no tempo dessa eloqüente inèrcia,
Que seja um dia o dia do dia de se encontar,
Este barco, sem vela e motor, sem o vento ou a maré,
Entregue ao belo sol e a formosa lua,
Areia de um deserto que se move em si mesmo,
Um oasis sem visitas, na miragem do esquecido,
Rosa jogada ao chão, esquecida a cada chuva, mais um córrego,
Este que é o tempo, marca com suas garras intolerantes,
Então seguir adiante, no escuro incerto de ações sem sentido,
Sendo assim, estando sempre em mim e para mim,
Tocando sentimentos com as luvas da paixão,
De um coração impenetrável, Envolvido no vinho do amor,
Amor que não se move, amor que não se tem,
Deita e dorme com a saudade,
Abraçado a esperança, aquecido no desejo,
Muito distante de onde estou
Longe...sem onde.
José Henrique
Pedaços.
Tenho pedaços em mim
Que não se conformam em juntar-se
Sigo em pedaços sem mim
Quanto aos que deixo perdidos
O velho e incansável tempo
Cuida de reciclar
.
Sinto-me levado pelos amanheceres desta vida
Onde o anoitecer não me traz o confortável sono
Minhas pálpebras se recusam a abrir as janelas de min'alma
Um náufrago de meu atlântico leito,
Sem a certeza de que haverá um chão para pisar
Pedaços de mim vão ficando pelos caminhos
Ainda falsamente consigo sorrir
Meu caminhar é leve
Árduo de um completo vazio
De um coração amante.
Mas ainda lembro, lembro sim
Do sorriso que á muito perdi
Está na distância de meu olhar
No impossível de minhas mãos
Nas águas de meus olhos
No silêncio de minha dor.
Não serei pedra sem mover,
Água de um lago
Mas um rio de fortes águas
Renovando meus dias
E de novo encontrar
Pedaços...
Que faltam em mim.
José Henrique
Sentindo frio.
Tenho o frio de meu inverno a suportar,
Quando em teu abraço, nega-me a vida estar,
Quando em teu viver quero habitar,
Ventos sopram dentro de mim,
Onde no imenso vazio não vejo fim,
É da falta de ti, de onde ainda não parti,
Deixei-me aos pés do sabor de teus beijos,
E quanto mais livre para amar-te,
Mais me prendo aos anseios de min'alma,
A esperança cai como folhas de outono,
E o amor guardado é em meu peito abandono,
Estou no tempo, nas rosas, nas palavras,
No perfume e na dor de quem me quer,
E na solidão de não estar,
Em beijos em jardins a procurar-te,
Recebendo rosas sem nenhuma poder plantar,
É no verão de teu calor e no olhar de teu sol,
Onde haverá vida para viver,
Haverá teu abraço a me aquecer,
Salientando a provocar o teu querer,
Precisando do abraço, não de um, mas o teu,
O teu que tem as quatro estações,
O teu que me faz sorrir e a felicidade derramar,
E neste desejo que não conhece o fim,
A esperança flerta com a saudade,
Tendo o frio do meu inverno,
Amor, sem o verão do teu calor,
No desejado abraço,
Onde tudo em ti está.
José Henrique
Aos Pronomes...
Não sei...estou aqui, um eu,
Mas lido com amor,
Não conheço ou sei da minha alma,
Sinto dor de uma saudade que nunca senti,
Desejo um calor que nunca tive,
Talvez na vida, ilusão,do segredo,do não saber,
Na dor que a mim fere, na leitura um prazer,
No lindo de meu sofrer, nas lágrimas eu descanso,
Escondem um sorriso triste, encantador,
Sempre em fulga de si mesmo,
Conto as horas de um relógio sem ponteiros,
Sempre volto para mim, não vou eu ferir,
Respiro saudade da espera,
Para o amor sou um desejo,
Amo o simples que dificil tanto é,
Amando sempre na atenção do coração,
Razão de um viver é o simples querer ter,
Está nas rosas que ao dia admiro,
No perfume de diversos e eloquentes aromas,
Na sedução e ardor de seus espinhos,
Não sou eu sincero quando falo,
Nem sei falar com sinceridade,
Mas o olhar é verdadeiro e meu calar me leva longe,
Escrevo assim sem ter porque, ou todos.
Quanto a mim o tempo sabe,
Que tenho o tempo de meu tempo,
Escrevo sempre com amor,
Sem saber onde se lê,
Não sei o seu valor, mas sinto é com amor,
Que fala do sentimento, para todos os pronomes,
Sendo eu sincero, silencio a minha dor,
Mas jamais o meu amor.
José Henrique
