Que Saudade dos meus 15 anos

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é como se você pudesse invadir minha alma, decifrar meus pensamentos, adivinhar o que eu preciso e me trazer tudo isso com o simples fato de estar presente

E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrário: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda.

Mais do que querer você de volta, eu me quero de volta, quero a felicidade nos meus olhos mirados em você. Eu quero a gente, eu quero tudo de novo, eu quero as coisas antigas, as primeiras, todas! Me devolve seu sorriso? Parece que eu não te faço mais sorrir, assim eu desespero mesmo. É uma resposta simples pra uma pergunta simples: você vai voltar?

Fale o que quiser de mim, mas tenha a decência de olhar nos meus olhos enquanto fala, e tenha a coragem de ouvir minha resposta!

Não tenho culpa se meus dias têm nascido completamente coloridos e os outros cismam em querer borrar as cores. Não tenho culpa se meu sorriso é de verdade e acontece por motivos bobos, mas bem especiais.

Não tenho culpa se meus passos são firmes. Não sou perfeita... Eu tropeço e caio de vez em quando, aliás, eu caio muito. Meus olhos... têm brilhado bem diferente ultimamente. E brilham diferente a cada dia... e começo a me preocupar, pois tenho medo da velocidade dessas alterações...

E no meu mundo mais lindo e completo não consigo entender a existência de algumas pessoas. Mas o mundo aqui não é dos mais justos mesmo... compreendo. Mas mesmo assim, eu tenho bastante lápis de cor... empresto pra quem quiser pintar a vida. Mas por favor... não borrem a minha...

fernanda probst

Nota: Adaptação de um texto de Fernanda Probst.

Poema em linha reta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
(Heterônimo de Fernando Pessoa)

Álvaro de Campos

Nota: Poema presente no livro "Poesias de Álvaro de Campos", de Fernando Pessoa (heterônimo Álvaro de Campos). Link

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Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidade. Meus amigos são muito fortes e muito profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: olha, estou querendo me matar, o que eu faço? Eles me dão liberdade para isso, não tenho relações rápidas, quer dizer, tenho porque todo mundo tem, mas procuro sempre aprofundar. E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidado, protegido.

Não sou qualquer uma, tenho meus limites e respeito meus sentimentos. Mudo de opinião, mas não de princípios… Me comovo, mas sorrio muito mais do que choro, amo com certeza muito mais do que odeio! Acredito na vida, e sei que mais importante do que ganhar sozinha, é ajudar alguém a vencer... Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter o hoje para recomeçar… O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. Tudo depende só de mim!

meus amigos
quando me dão a mão
sempre deixam outra coisa
presença
olhar
lembrança
calor
meus amigos
quando me dão
deixam na minha
a sua mão.

"As minhas qualidades são reconhecidas por poucas pessoas que convivem comigo. Os meus defeitos são apontados por muitas pessoas que não me conhecem."

Desejo muita saúde aos meus inimigos, para que assistam de pé a minha vitória

Se não for para me fazer voar bem alto... não tire meus pés do chão!

Algo de que eu tinha certeza - sabia disso na boca do estômago, no cerne de meus ossos, sabia disso de minha cabeça à sola dos pés, sabia no fundo de meu peito - era que o amor pode dar às pessoas o poder de despedaçar você.

Assim…

Quero-te toda assim, abandonada
em meus braços, louca, embriagada.
Sobre meu peito entregue, possuída,
em corpo, espírito, na própria vida.

Quero-te assim gemendo qual bacante.
que se entrega inteira ao fogo do amante,
que nas chamas do amor e em desvario,
beija, morde, arranha, suplica em delírio.

Quero-te assim, cabelos desgrenhados.
mancha escura em coxins molhados,
pelo suor que emana de teus seios,
altar sagrado dos mais ricos veios.

Quero-te assim nas horas de doçura,
em medrosas carícias, toda pura
afagando cabelos despenteados
como a mãe ao filho, entre cuidados.

Quero-te assim, irmã tão carinhosa
que ao louco irmão aconselha, temerosa
por sua vida do mundo desgarrada,
que a preocupa e faz desesperada.

Quero-te toda assim, fêmea, mulher,
sendo só minha, mostrando que me quer.
Quero-te assim, mistura de mulheres,
mãe, amiga, amante, o que quiseres
ser – e pelo que és – te quero tanto.

Pois se resumes tudo aquilo que sonhei
em dias de angustias e temores,
eu sei
que te quero enfim, pois és a vida
que quero
e junto a ti eu estarei.

Estou hoje num dos meus dias cinzentos, como diz nosso escritor; dia em que tudo é baço e pesado como a cinza, dia em que tudo tem a cor uniforme e nevoenta dele, desse cinza em que eu às vezes sinto afundar o meu destino. Estou triste e vagamente parva, hoje, e, no entanto, estou na capital do Alentejo; aos meus ouvidos chega o ruído dos automóveis, o barulho cadenciado das patas dos cavalos de luxo, o pregão forte e sensual que é toda a alma de mulher do povo, e por cima disto tudo, a espalhar vida, luz, harmonia, sinto o sol, um sol de fogo, o sol do meu Alentejo sensual e forte como um árabe de vinte anos! Pois tudo me irrita! Que direito tem o sol para se rir hoje tanto? Donde vem o brilho que Deus pôs, como um dom do céu, nos olhos das costureirinhas que passam? Donde vem a névoa de mágoa que eu trago sempre nos meus?! Vê?... É o dia pesado, o dia em que eu sou infinitamente impertinente e má como uma velhota de oitenta anos.
Eu odeio os felizes, sabes? Odeio-os do fundo da minha alma, tenho por eles o desprezo e o horror que se tem por um réptil que dorme sossegadamente. Eu não sou feliz mas nem ao menos sei dizer porquê. Nasci num berço de rendas rodeada de afectos, cresci despreocupada e feliz, rindo de tudo, contente da vida que não conhecia, e de repente, amiga, ao alvorecer dos meus 16 anos, compreendi muita coisa que até ali não tinha compreendido e parece-me que desde esse instante cá dentro se fez noite.
Fizeram-se ruínas todas as minhas ilusões, e, como todos os corações verdadeiramente sinceros e meigos, despedaçou-se o meu para sempre. Podiam hoje sentar-me num trono, canonizar-me, dar-me tudo quanto na vida representa para todos a felicidade, que eu não me sentiria mais feliz do que sou hoje. Falta-me o meu castelo cheio de sol entrelaçado de madressilvas em flor; falta-me tudo o que eu tinha dantes e que eu nem sei dizer-te o que era... É a história da minha tristeza. História banal como quase toda a história dos tristes.

Meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos...

Desconhecido

Nota: A citação é atribuída a Clarice Lispector, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

Adeus, Meus Sonhos!

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!

Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto...
E minh’alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.

Que me resta, meu Deus?!... morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!

Estrela da Manhã

Eu quero a estrela da manhã
Onde está a estrela da manhã?
Meus amigos meus inimigos
Procurem a estrela da manhã

Ela desapareceu ia nua
Desapareceu com quem?
Procurem por toda a parte

Digam que sou um homem sem orgulho
Um homem que aceita tudo
Que me importa?
Eu quero a estrela da manhã

Três dias e três noites
Fui assassino e suicida
Ladrão, pulha, falsário

Virgem mal-sexuada
Atribuladora dos aflitos
Girafa de duas cabeças
Pecai por todos pecai com todos

Pecai com os malandros
Pecai com os sargentos
Pecai com os fuzileiros navais
Pecai de todas as maneiras

Com os gregos e com os troianos
Com o padre e com o sacristão
Com o leproso de Pouso Alto

Depois comigo

Te esperarei com mafuás novenas cavalhadas comerei terra
[e direi coisas de uma ternura tão simples
Que tu desfalecerás

Procurem por toda parte
Pura ou degradada até a última baixeza
Eu quero a estrela da manhã

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. Estrela da Vida Inteira - poesias reunidas, Livraria José Olímpio Editora, 1986

O dito e o escrito não provam quem sou, trago a plena prova e todo o resto em meu rosto, com meus lábios calados confundo o maior dos céticos.

E mesmo que meus passos sejam em falso, e mesmo que os meus caminhos sejam os errados, e mesmo que meu jeito de levar a vida te incomode.. eu sei quem sou, e sei pelo que devo lutar! Se você acha que meu orgulho é grande, é porque nunca viu o tamanho da minha fé!

💡 Mudanças reais começam com uma boa ideia — repetida com consistência.

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