Quase Morto
A rede do ódio
No contexto atual da humanidade, quase todos nós estamos munidos de uma ferramenta que pode ser utilizada para dissiminação do bem, ou do mal. Em nossas mãos, fazendo parte do todo que somos, carregamos smartphones que nos aproximam de algumas pessoas e nos afastam de outras. A informação ganhou mais espaço em nossas vidas. Tudo é notícia, mas nem tudo é verdade. Mentiras são plantadas, prints espalhados, acrescentados de pitadas de maldade, vindas dos que se dizem representantes do "bem".
A rede social passou a ter o papel daquela vizinha, que no passado ficava espiando na calçada a vida de quem ia e de quem vinha, porém de forma bem mais potente, afinal, um chafurdo de uma vizinha nunca seria capaz de alcançar os lugares onde a circulação em grupos de whatsapp e de outros apps são capazes de ir. A mentira tinha pernas curtas, agora não tem mais.
A maldade humana ganhou uma arma capaz de ferir milhares ao mesmo tempo: a rede do ódio. As pessoas se acham no direito de opinarem sobre as vidas de outras pessoas, sobre as escolhas que estas fazem, juntam tudo, como se fossem detetives que visam cuidar da honra, da integridade da sociedade e fazem o papel de defensores do que consideram ético e bom. Muitos levam consigo a bandeira de uma religião, de um credo, de uma fé que não é de todos e querem que o mundo seja pintado nas cores que eles consideram mais bonitas.
Ficou mais difícil viver! Agora, todos nós que somos meros mortais "errantes" estamos diante de um tribunal do júri, composto por gente que erra na calada da noite, que trai de forma sutil, que mente, que abusa de crianças indefesas, mas faz tudo isso sem muita exposição, garantidos pela proteção de um credo religioso, cujo Deus é soberano e quem o aceita como salvador, pecado já não carrega consigo. Seria até injusto da minha parte afirmar, que somente os fundamentalistas religiosos andam por aí acusando os que não são iguais a eles, para defenderem a honra social, o ensinamento do seu Deus e o que eles acham melhor para a família, mas os esquemas que articulam o ódio contra os que são intitulados de diferentes, sem nenhuma dúvida, nascem nos corações dos que se acham superiores, mesmo quando todos sabemos que eles não o são.
Nildinha Freitas
QUASE NOITE (trecho)
... E a voz baixa
como quem contava segredos
envolvia-me, e envolvia-me,
e eu quase mudo, transcendente,
olhos imersos em tua beleza
entregue à magia dos teus lábios púrpuros ...
Repleta de fases: assim é a vida. Umas duram tanto tempo, outras, quase nada. Posso te dar uma dica? Viva!
Vejo um povo, quase que por inteiro, se afastar a cada dia de Deus e se aproximar cada vez mais do homem. Mais uma vez pagarão um preço alto. Sempre fazem por merecer, porque nunca são inocentes. No final, como sempre, a humanidade traça seu curso natural para a destruição.
Quase todo mundo tem medo do desconhecido. Não deveria ser assim. O desconhecido é apenas o começo de uma aventura, uma oportunidade para crescer.
A vida nem sempre é da forma que queremos e sonhamos - bela- mas podemos transformar tudo, quase sempre, em belo. Você é quem escolhe como quer viver. Viva a sua vida e transforme-a!
O dom de se impressionar pelo simples
Quando se tem experiência de quase tudo por ser curiosa e apaixonada pelas coisas, pessoas, lugares, emoções o que pode te impressionar?
Pessoas assim normalmente se interessam pelo simples.
O simples é realmente muito interessante.
Ontem me impressionei com as mariposas voando em torno da lâmpada, insetos aleatórios e o fundo musical de Zé Ramalho, deu vontade de escrever naquela hora um livro com nome Mariposas. Estava na "casinha", um local na montanha, isolado e cercado pela natureza e sinceramente um dos momentos mais gostosos de viver.
Após me impressionei com o céu tão estrelado que parecia ter sido feito por encomenda, não havia lua mas a noite estava completamente iluminada. Queijos, vinhos, fogueira e uma excelente companhia. Não sei se eu poderia querer mais, apenas talvez eternizar esses momentos, mas já os sinto como eterno, seja pela intensidade ou apenas pela simplicidade e transparência. Isso realmente me comove.
Desconstruir o estereótipo de menina da cidade. SOU menina da roça, da felicidade por coisas tão desimportantes ou pela simples Mariposa.
Esse local denominado " casinha" me trouxe uma enorme nostalgia. Há um tanque de banheira e passei minha infância com um desses, pastos e um curral e definitivamente me trás um passado impressionante: O início de minha história. Sendo pouca ou muita coisa, me trás a sensação de perdão de passado. É como se pudesse recomeçar tudo denovo do começo, só que do meu jeito.
Não viva de passado e nem de futuro, mas tenha a consciência de quem foi e como superou as suas expectativas, frustações, fases pouco fáceis e com toda certeza se perdoe e perdoe o seu passado, foi necessário pra ser quem é agora.
Trago comigo não tantas experiências assim, algumas. Tenho vaga lembrança pois não guardo detalhes e jamais arrasto corrente, a vida já tem o seu peso diário, não acrescento nada a minha cruz, nem minha ansiedade é capaz de pesar.
É bem engraçado o fato de ouvir a água da cachoeira rolando e isso te trazer paz. Os insetos que não dão trégua. O silêncio cheio de barulhos, "minha cabeça trovoa".
Fiquei tentando me livrar de qualquer coisa que me incomodasse ou de ficar pensando sobre como ser eu mesma poderia incomodar. Não podia me incomodar com isso, apenas viver. E trouxe a memória o que é mais importante, o quanto me impressono com a simplicidade e a desconstrução.
Ela lia, eu escrevia. Parece distante mas não é. É complementar. Mistura de conhecimento com experiência, não sei explicar ainda nesse momento.
Se eu fosse escrever um livro sobre esses assuntos talvez levasse anos, são tantas sensações e como sou imediatista teria que trazer de agora pro futuro e alinhar, ajustar somente depois quando não houver essa sensação. Dizem que momentos felizes ou tristes não podem ser a definição de algo, apenas quando está fora deles.
Sinceramente gosto de sentir.
Poderia ser tanta coisa, mas é tanta coisa.
Passei por essa mesma cidade há alguns meses, a experiência foi completamente insana. Tudo que era pra ter sido bom foi levado pelo horror de julgamentos. Quando aconteceu essa oportunidade em que estou, logo pensei que seria diferente e oposto, seria bom, e é.
Quero viver isso, quero que seja infinito mesmo que breve. Sensação boa. Sensação de paz de espírito.
Andamos conversando sobre coisas aleatórias, nada completamente definido e apenas o que notei foi essa necessidade atual de calmaria, do simples, da parceria, do junto é junto.
O céu não era só um céu, era poesia.
Como é que você tropeça com alguém por aí é diz é você que quero?
Sei lá, afinamos muito e nem sabemos disso ainda, mas eu sinto e se sinto é real.
Serás minha
Dama
Princesa
Rainha
Te levarei pro meu simples improvável
Tudo é ajustável
Me ajusto muito bem
Sou camaleão
Sou sol
Girassol
Cacto
Sou verão
Resisto ao frio, ao inverno pois sei que são temporários
Gosto desse clima da montanha
Não sei quanto tempo existerei dessa forma, mas quero existir enquanto der
Venha menina, seja sua, seja minha
Contemple o sol na cachoeira, as estrelas do quintal, pendure a alma no varal
Deixe o que não for ir com o vento
Sou sua, SOU minha, somos o tempo
Já é noite, temos a calmaria do Mato, o grito do grilo e o explendor de raios clareando o fundo do céu. Ainda tem coisas a acontecer. Aquele lanche preparado, aquela soneca gostosa. Aquele enlace de corpos. Aquele "nada" que é muito.
Mais uma vez vou embora querendo ficar. Insensatez? Talvez.
Eles tentaram me destruir (...) e quase conseguiram. Deixei que meu medo me intimidasse, deixei que eles me intimidassem. Mas acabou. Vou fazer com que eles paguem. Por tudo que fizeram conosco, com nosso país. Com nossos pais e mães.
"Um olhar discreto pode transformar em paixão de repente quase sem querer sinto um amor inesquecível"
"Abraça-me forte"
a ausência do teu abraço dói,
corrói a alma,
é quase como a morte!
Abraça-me forte!
Teu abraço é luz, é guia
para que eu possa
novamente encontrar o meu norte.
CikaParolin
Normose
Uma triste epidemia assola a humanidade,
sintomas claros, quase sempre ignorados,
produzindo indivíduos massificados,
destruindo toda e qualquer individualidade...
Um distúrbio coletivo de personalidade,
criando humanos cada vez mais alienados,
com estilos e pensamentos padronizados,
Impostos por nossa hipócrita sociedade...
Condenando-os a este mar de mediocridade,
onde impera uma absurda falta de criatividade,
aliada a medo, conformismo e incapacidade...
Eu... Tento preservar a minha integridade,
permanecendo fiel a minha própria identidade,
mas isso soa para a maioria como insanidade.
Às vezes a ilusão é uma necessidade, quase ninguém tem força suficiente para aceitar a própria realidade.
O não essencialista acha que quase tudo é essencial. O essencialista acha que quase tudo é não essencial.
Faz quase uma semana
Sem você do lado
Lembrar do teu abraço faz meu peito apertar
Será que ainda me ama?
Se pensa em mim
Volta, joga longe a falta de te ver sorrir
Faz quase uma semana
Sem você do lado
Desistir é quase sempre a opção mais fácil. Mas, às vezes, é a mais sensata a se fazer. É preciso recuar para enxergar melhor e pensar com clareza.
Somos seres transbordados
por emoções,
que quase sempre insistimos
em permanecer com
todas elas
dentro da gente.
