Quanto Vale um Abraco

É ridículo para um homem criticar o trabalho de um outro se não se distinguiu pessoalmente na mesma realização.

A alma é um olho sem pálpebra.

A educação é um seguro para a vida e um passaporte para a eternidade.

Se há uma coisa que me faria terminar um caso seria se minha garota me pegasse com outra mulher. Eu não poderia tolerar isso.

O homem vê a mulher como se estivesse num frigorífico: um pedaço de nádegas, olhos grandes, cabelos pretos, seios fartos. Ele enxerga a mulher aos pedaços.

É impossível exprimir a perturbação que o ciúme causa a um coração em que o amor ainda se não tenha declarado.

Resta saber se o casamento é um dos sete sacramentos ou um dos sete pecados mortais.

Um dos méritos da poesia que muita gente não percebe é que ela diz mais que a prosa e em menos palavras que a prosa.

A firmeza de propósito é um dos mais necessários elementos do caráter e um dos melhores instrumentos do sucesso. Sem ele, o gênio desperdiça os seus esforços num labirinto de inconsistências.

Se eu fosse um fabricante de livros, faria um registo comentado das diversas mortes. Quem ensinasse os homens a morrer, ensiná-los-ia a viver.

Como o verniz cobre um pote de barro, as palavras fingidas cobrem um coração mau.

O cinema é um modo divino de contar a vida.

A medicina é o remédio para todas as dores humanas, apenas o amor é um mal que não tem cura.

Por vezes à noite há um rosto
Que nos olha do fundo de um espelho
E a arte deve ser como esse espelho
Que nos mostra o nosso próprio rosto.

Os espíritos ainda não encontraram uma palavra para definir a dor de um coração de mãe quando perde um filho.

Assim como, por costume, olhamos para um relógio parado como se ele ainda estivesse em funcionamento, assim também olhamos para o rosto de uma bela mulher como se ainda a amássemos.

O amor não mata a morte, a morte não mata o amor. No fundo, entendem-se muito bem. Cada um deles explica o outro.

O vinho e a música sempre foram para mim um magnífico saca-rolhas.

Podeis reconhecer um mau crítico porque ele começa por falar do poeta e não do poema.

QUEM ME DERA

Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
Que vem a chiar, manhãzinha cedo, pela estrada,
E que para de onde veio volta depois
Quase à noitinha pela mesma estrada.

Eu não tinha que ter esperanças — tinha só que ter rodas ...
A minha velhice não tinha rugas nem cabelo branco...
Quando eu já não servia, tiravam-me as rodas
E eu ficava virado e partido no fundo de um barranco.