Quando Morremos Sorrimos
Você pode dizer que o gigante não existe.
Mas quando ele começa a pisar nas flores de seu jardim, você vai perceber que suas flores estão amassadas.
E alguém tem que pagar o jardineiro e essa conta não tem que vim para a gente.
Quando me perguntam se o caminho tem sido fácil ou difícil, sempre dou a mesma resposta: o fim não é nada, o caminho é tudo.
Amigos são melhores do que fadas...
Eles não têm asas, mas voam ao nosso encontro quando mais precisamos deles...
Eles não têm varinha de condão, mas com um sorriso mudam nosso mal-estar como num passe de mágica...
Eles não têm luzes coloridas ou brilhos cintilantes, mas eles iluminam nossos momentos tristes e festejam nossos momentos alegres...
Eles não têm aparência leve e sutil, por isso um abraço deles conforta de verdade o nosso coração!
Além disso tudo... fadas não existem, mas amigos sim!
O Vento
Sou como o vento. Não no sentido se ser incolor, sou bem colorida quando alegre, mas sei tempestade quando brava, ou simples brisa quando calma... Sou como o vento no sentido de que ninguém o controla, seu humor quem define é a sua força. Quando fraco, o vento é calmo, sereno, às vezes alegre, mas geralmente querendo esconder seu ressentimento, mas sua força vem da fúria, onde tudo que se vê é tristeza, quando às vezes é acompanhado de lágrimas e formando um grande rebuliço de água e ar. Eu só gostaria de ser livre como o vento. Voar e voar, sem laços e obrigações, no mais puro sentido da liberdade. Eu gostaria de me igualar mais ao vento, o que também é um pouco contraditório por eu querer amar. Quem ama cria expectativas, não voa sozinho, gosta da solidão de ser só dois... Também não sei se conseguiria viver sem atenções voltadas pra mim. Ninguém presta atenção no vento, todos se preocupam com a chuva, com a umidade, com a poeira, mas o vento só percebem quando causa destruição, desamor. E eu vivo assim? É, assim sou eu. Não tão majestosa essencial como o vento, mas uma simples admiradora da sua grandeza. Assim sou eu, simples assim - ou não tão simples.
O medo de voar
Há quem passe a vida inteira sonhando com a liberdade, mas, quando finalmente tem a chance de alcançá-la, hesita diante do desconhecido. A gaiola não é apenas um espaço físico – muitas vezes, ela é feita de inseguranças, de receios cultivados ao longo do tempo.
Se a porta está aberta, por que ainda não foste? Por que teus pés insistem em permanecer onde sempre estiveram? Talvez seja o medo de cair, de não encontrar pouso seguro, de se perder no infinito. Mas a verdade é que não se aprende a voar sem primeiro se lançar ao vento.
A liberdade tem um preço, e ele é a coragem de enfrentar o novo, de se desprender das certezas confortáveis e abraçar o inesperado. Viver presa por medo de cair é esquecer que há força nas asas e que, mesmo que haja quedas, cada tentativa te fará mais forte.
Então, abre as asas. O céu te espera.
Soneto do coração
Sábio foi quem disse que o coração é involuntário,
bate quando quer, bate como um otário,
bate mais forte quando te vê,
bate somente por você.
Aperta quando estou longe,
alivia quando estou perto,
me deixa calmo como um monge,
porque perto de você está liberto.
Pelas veias segue apressado,
controlando todo meu corpo,
e meu coração ainda incontrolado.
Central do corpo, central da mente,
me entregando em emoções,
quero enterrá-lo como indigente.
Nunca espere algo que não deseja, e nunca deseje algo que não espera.
Quando você espera algo que não quer, está atraindo o indesejado, e
quando deseja algo que não espera, está simplesmente dissipando a valiosa
força mental. Por outro lado, quando você está na constante expectativa de
algo que deseja persistentemente, sua habilidade para atrair se torna
irresistível. A mente é um ímã e atrai o que quer que corresponda ao seu
estado dominante.
Quando encontramos alguém pra compartilhar conosco os momentos da vida, tanto as coisas boas como as ruins, às vezes pensamos de início que a pessoa é perfeita; até que, com o tempo, começamos a enxergar os defeitos, e a pessoa que você sempre sonhou, a imagem do amor da sua vida, simplesmente vai desmontando aos poucos e aí você vê que dói ter criado uma ilusão tão grande na sua própria vida...
Quem ama inventa
Quem ama inventa as coisas a que ama...
Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revoo sobre a ramaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressureições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante.
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho!
Quer pisar em mim pisa, mas quando eu levantar corre. Amigas por destino, irmãs por opção, recalcadas e as tirissas não entram no meu caminho não!
mas quando desvio meu olho do teu, dentro de mim guardo sempre teu rosto e sei que por escolha ou fatalidade, não importa, estamos tão enredados que seria impossível recuar para não ir até o fim e o fundo disso que nunca vivi antes...
