Quando Morremos Sorrimos
Não sei ao certo quantas vezes já fui usado na vida, sei que foram muitas, e o facto de ainda me tentarem usar diz-me que ainda se lembram de mim quando precisam, o que é sempre bom.
Tudo muda quando o mundo parece mudar, sem mudar coisa alguma. Quem são os poetas? Seres desventurados e de rebelião. Almas que não jogam em lotarias, totolotos, euromilhões ou raspadinhas, e as grandes filas permanecem quase iguais, sem se notar sequer a sua ausência. Fernando Pessoa pereceu louco, Florbela Espanca faleceu em desespero e Luís de Camões finou-se de fome. Os decretos sociais remetem os verdadeiros poetas para os mais modestos tugúrios, para os oportunismos em seu nome, para os trabalhos forçados, para os sapatos rotos, para as calças rasgadas e para as camisas laceradas pelo tempo, num tempo que não muda, nem nunca vai mudar.
Perdi a liberdade de expressão quando aprendi que meu pai dizia algumas palavras que eu não podia dizer.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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