Quando Morremos Sorrimos
O tempo é o remédio que insiste em fazer efeito apenas quando abandonamos a urgência e acolhemos a paciência como aliada da cura.
Quando somos verdadeiramente doação, tornamos a vida do próximo
mais leve, ao partilhar-lhe o peso que o sufoca.
Quando o mundo parece ruína, lanço sementes de promessa nas fendas do concreto. Não me contento com o “menos-mal” trabalho para que o bem floresça realmente.
Minhas palavras são pontes, não muros, para que o outro encontre abrigo e seja visto. A cada gesto, reivindico a grandeza que habita no simples, um olhar, um toque, uma ponte. No silêncio que resiste, descubro a força de quem escolhe erguer, em vez de apenas sobreviver.
A fé é o abrigo que me sustenta quando o mundo vira tempestade. Quando a tempestade vem, a fé não nega o medo, sustenta os pés, acalma o peito e dá abrigo ao ser.
A fé é o último fio, mas é ela que puxa o milagre e quando o fio é finíssimo, crer é confiar que o invisível sustenta o visível até o milagre chegar.
Às vezes, a resposta vem disfarçada de calma e quando surge, costuma trazer a resposta que a pressa jamais alcançaria.
Já lutei contra o tempo e descobri que ele é aliado da fé. Quando o tempo se torna aliado, a fé aprende a confiar na maturação dos frutos invisíveis.
O amor é oração quando a boca se cala, no peito, o pedido vira ponte e passo, sentir atravessa o desejo e a graça, assim o coração faz igreja silenciosa.
A fé é abraço invisível que sustenta, quando os braços humanos já não alcançam, esse abraço segura e faz seguir, basta sentir que não estamos sozinhos.
Guiado pelo perdão, a amargura cessou quando o perdão veio, perdoar deu mapa onde a raiva cegava, assim me encontrei e pude seguir.
O amor amadurece quando a presença vence a promessa, ser todos os dias vale mais que palavra vazia, o compromisso diário constrói confiança, presença é prova que o amor permanece.
Deus não muda os planos, muda o coração, quando o íntimo se ajusta, tudo se rearranja, transformação interna rende frutos melhores, mudar por dentro é novo começo vivo.
Deus segurou-me quando eu já não acreditava, mão que sustenta devolve a confiança perdida, nesse amparo recuperei crédito em mim, aprendi a caminhar com novo suporte.
A verdadeira alegria nasce quando as mãos se rendem e os olhos se enchem de gratidão, então a vida se põe a cantar.
