Quando a Gente se Encontrou

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Para seres alguém: vai com os melhores. Quando fores alguém: vai com os medíocres.

Encontro de dois.
Olho no olho.
Cara a cara.
E quando estiveres perto
eu arrancarei
os seus olhos
e os colocarei no lugar dos meus.
E tu arrancará
os meus olhos
e os colocará no lugar dos teus.
Então eu te olharei com teus olhos
e tu me olharás com os meus.

É preciso ter muito cuidado com o que se faz, pois é justamente quando nos julgamos menos livres que estamos a ser mais livres.

Noturno

Têm para mim Chamados de outro mundo
as Noites perigosas e queimadas,
quando a Lua aparece mais vermelha
São turvos sonhos, Mágoas proibidas,
são Ouropéis antigos e fantasmas
que, nesse Mundo vivo e mais ardente
consumam tudo o que desejo Aqui.

Será que mais Alguém vê e escuta?

Sinto o roçar das asas Amarelas
e escuto essas Canções encantatórias
que tento, em vão, de mim desapossar.

Diluídos na velha Luz da lua,
a Quem dirigem seus terríveis cantos?

Pressinto um murmuroso esvoejar:
passaram-me por cima da cabeça
e, como um Halo escuso, te envolveram.
Eis-te no fogo, como um Fruto ardente,
a ventania me agitando em torno
esse cheiro que sai de teus cabelos.

Que vale a natureza sem teus Olhos,
ó Aquela por quem meu Sangue pulsa?

Da terra sai um cheiro bom de vida
e nossos pés a Ela estão ligados.
Deixa que teu cabelo, solto ao vento,
abrase fundamente as minhas mão...

Mas, não: a luz Escura inda te envolve,
o vento encrespa as Águas dos dois rios
e continua a ronda, o Som do fogo.

Ó meu amor, por que te ligo à Morte?

Ariano Suassuna
Poema publicado a 7 de outubro 1945, no Jornal do Comércio do Recife

Quando vou a um país, não examino se há boas leis, mas se as que lá existem são executadas, pois boas leis há por toda a parte.

A liberdade é a liberdade de dizer que dois e dois são quatro. Quando se concorda nisto o resto vem por si.

George Orwell
ORWELL, G, 1984, Companhia das Letras, 2009

Coisas da Vida

Quando a lua apareceu
Ninguém sonhava mais do que eu
Já era tarde
Mas a noite é uma criança distraída
Depois que eu envelhecer
Ninguém precisa mais me dizer
Como é estranho ser humano
Nessas horas de partida
É o fim da picada
Depois da estrada começa
Uma grande avenida
No fim da avenida
Existe uma chance, uma sorte
Uma nova saída
São coisas da vida
E a gente se olha, e não sabe
Se vai ou se fica
Qual é a moral?
Qual vai ser o final
Dessa história?
Eu não tenho nada pra dizer
Por isso eu digo
Que eu não tenho muito o que perder
Por isso jogo
Eu não tenho hora pra morrer
Por isso sonho

Rita Lee

Nota: Trecho da canção Coisas da vida.

Tudo é bom quando é excessivo.

O pessimista é aquele que reclama de barulho, quando a oportunidade bate à sua porta.

Nunca a natureza é tão aviltada como quando a ignorância supersticiosa tem a arma do poder.

A violência é sempre terrível, mesmo quando a causa é justa.

Um ser humano só cumpre o seu dever quando tenta aperfeiçoar os dotes que a natureza lhe deu.

Temos tempo bastante para pensar no futuro quando já não temos futuro em que pensar.

Quando sobes a montanha do sucesso não encontras um amigo.

Não se podem censurar os jovens preguiçosos, quando a responsável por eles serem assim é a educação dos seus pais.

Para encontrar a esperança é necessário ir além do desespero. Quando chegamos ao fim da noite, encontramos a aurora.

O ar quando não é poluído, é condicionado.

TESTAMENTO DO HOMEM SENSATO
Quando eu morrer, não faças disparates
nem fiques a pensar: Ele era assim...
Mas senta-te num banco de jardim,
calmamente comendo chocolates.

Aceita o que te deixo, o quase nada
destas palavras que te digo aqui:
Foi mais que longa a vida que eu vivi,
para ser em lembranças prolongada.

Porém, se um dia, só, na tarde em queda,
surgir uma lembrança desgarrada,
ave que nasce e em vôo se arremeda,

deixa-a pousar em teu silêncio, leve
como se apenas fosse imaginada,
como uma luz, mais que distante, breve.

Quando conquistou tudo o que todos querem cortejar, a pobre recompensa não vale os custos: juventude desperdiçada, alma aviltada, honra perdida, são os teus frutos, ó paixão triunfante!

Lord Byron
BYRON, L., "Childe Harold's pilgrimage: A Romaunt", Charles Griffin, 1826

A vergonha, isso passa quando a vida é longa.

Jean-Paul Sartre

Nota: citado em Citações da Cultura Universal, Alberto J. G. Villamarín, Editora AGE Ltda, 2002