Quando a Gente se Encontrou
Tem gente que se encanta tanto com as palavras dos outros… que esquece de dar o devido crédito a quem as escreveu.
Janice F. Rocha
Menos vaidade espiritual, mais humildade pra pedir perdão. Menos orgulho ferido, mais gente curada.
Janice F. Rocha
Não existe “no fundo, ele é bom”.
Gente boa é boa por inteiro.
A gente não tá escavando petróleo.
Quem é violento com mulher
não é bom pai,
não é bom filho,
não é bom irmão.
Violência não é detalhe.
É caráter.
E ponto.
Hoje em dia, usar ponto final já é sinal de ostentação, tem gente economizando até na pontuação, vírgula e exclamação!
Olha o Trem 🚂
Paisagem que às vezes faz sentido
É gente que entra e que sai
Movimenta a estação.
São sempre coisas corriqueiras
Fotos e fatos de família
Conversas diversas
em cada vagão
Assim é uma viagem de trem
Um meio de transporte antigo e novo...
E ao mesmo tempo é comunicação
De fato, linha de trem
assemelha-se à linha da mão
tem seus mistérios que descobrem-se
em cada ponto de estação.
Ambas atravessam cidades,
pela sua geografia, monte,
vales e pontões.
E o percurso da viagem
vai sempre seguindo...
Obedece a trilha e o sinal,
Tempo de duração construído.
Pois, em cada parada,
desce ou sobe alguém...
Enquanto outros, por miragem,
Seguem além...
Ninguém entra num túnel desses por vontade própria.
A gente entra porque a vida empurra
e porque sair, às vezes, parece mais difícil que continuar.
Lá dentro, havia gente demais.
Corpos se esbarrando, pensamentos fora de lugar.
O túnel pulsava como um organismo antigo,
estreito demais para quem carregava pressa, culpa ou medo.
No chão, pequenos orifícios deixavam passar guias —
fios, artérias, destinos.
Disseram que aquilo mantinha a cidade viva.
Disseram também que, se rompesse, tudo viraria água.
Foi quando vi a janelinha.
Redonda, pequena, quase tímida.
Atrás dela, peixes atravessavam o silêncio
como se o mar não soubesse do nosso pânico.
Alguém gritou que ia romper.
A palavra bateu nas paredes
e voltou maior.
As pessoas correram sem saber para onde.
Eu fiquei.
Nem coragem, nem medo.
Só cansaço.
Então surgiram elas.
Criaturas compridas, estranhas,
como enguias que aprenderam a sorrir.
Uma parou, juntou as mãos
e agradeceu a Deus pela comida.
Ninguém riu.
O túnel respeitou.
Pouco depois, apareceu uma princesa brasileira.
Vestido simples.
Dignidade sem brilho.
Ela olhou o túnel, respirou fundo
e disse que ainda não era a hora de entrar.
Quando percebi, já estava na água.
Um lago que parecia piscina,
ou uma piscina que fingia ser lago.
A água era morna.
O corpo flutuava sem pedir licença à mente.
Havia pessoas conhecidas.
Sem passado pesado.
Sem perguntas difíceis.
Alguém trouxe um bolo de chocolate.
Comi.
E o mundo não desabou.
Em volta do lago, hotéis.
Todos provisórios.
Como quase tudo que dói
quando a gente insiste em chamar de definitivo.
Fiquei ali muito tempo.
Tempo suficiente para entender
que o túnel não era prisão.
Era travessia.
E que o mar, lá embaixo,
escuta melhor
quando a gente finalmente para de lutar.
Nereu Alves
Vivemos esperando que as coisas mudem, que as pessoas mudem; até que um dia a gente percebe que a única pessoa que tem que mudar é apenas a si mesmo.
Verdade!!!
A verdade é um silêncio eloquente,
Um sussurro que ecoa no coração da gente.
Não precisa de voz, não precisa de som,
Ela é, simplesmente, a essência do ser, sem dom.
O homem que a carrega é um templo vivo,
Um guardião da chama que arde, intocável e divino.
Sua alma é um espelho que reflete a luz,
A verdade que brilha, sem sombra de dúvida ou cruz.
Ele não precisa falar, não precisa gritar,
A verdade o envolve, como um manto de paz, sem igual.
Ele é a aurora boreal em ação, a justiça em movimento,
Um farol que ilumina, em meio ao turbilhão do tempo.
A verdade é imaculada, pura e intacta,
Não se deixa corromper, não se deixa manchar.
É a rocha que resiste, ao vento e à tempestade,
A verdade que permanece, inabalável, sem idade.
O homem que a carrega é um herói anônimo,
Um guerreiro da luz, que enfrenta o desafio.
Ele não busca aplausos, não busca reconhecimento,
A verdade é seu prêmio, seu refúgio, seu coração.
Leila Boás 04/12/2025
Marcos Lisboa disse:
“O Brasil não é pobre à toa.
Isso aqui é trabalho de profissional!
A gente faz um esforço imensopara ser um país pobre.”
Da linha de frente, eu digo:
“A educação não falha por acaso.
É incompetência profissional organizada.
Faz-se um esforço enorme para manter o fracasso, da ponta ao topo.”
Final de dezembro
O mês de dezembro se aproxima,
e a gente para, pausa para refletir
sobre o ano inteiro, tudo que se fez (ou não).
As músicas antigas voltam,
com aquela nostalgia de criança,
mas não há mais tempo para pensar nisso.
Você não fez nada este ano todo.
Sempre colocou expectativas, metas,
e a única que conseguiu cumprir
foi a de continuar vivo.
Vivo para se iludir de novo, no próximo ano.
O consolo está na mesa,
No dia do Natal:
o estômago cheio, a máscara no rosto,
fingindo sorrisos para a parente que se detesta.
Que venha o novo ciclo!
É, o ano vem e as metas seguem.
Talvez eu só coloque mais uma:
Parar de fumar.
Conversa de médicos
Não é pra qualquer gente
Tem que ser muito exigente
Sempre, sempre bater de frente!
Pois tratamos de gente, que, como a gente, quer vencer a morte, que nos ronda premente...
É... num descuido perdemos!
Sei que um dia ela virá, de repente, como um pente, tirará da vida nosso paciente...
Quando isso ocorre
Que tormenta... Que nos atormenta, barulhenta e nojenta!
Mas ser médico,
É enfrentar destemido...
Em terra... onde se houve muito gemido!
De gente sofredora...
Que sofreguidão, irmão!
Ser médico
É amar o que fazemos
É não ter momentos de sobra
É dobra... de plantão...
É ter uma condição pétrea
Ser humilde é saber que um dia, mesmo fazendo romaria... infelizmente, perderemos...
É ser extremamente humano,
E nunca desumano...
Saber que seremos derrotados...
Mas o braço a torcer... negamos
Até o momento... onde a última esperança vira desilusão...
Aí é nesse momento triste que a tristeza nos abate num todo
Você vê com humildade que não é o poderoso, reconhece que batalhas pode ganhar, mas na guerra final será sempre o perdedor!
É nesse reconhecimento, colega, que você, aí, sim, pode ser chamado DR
Mas como, DR na derrota?
Deixe, colega, de ser janota!
Pois só é Dr aquele que crê e sabe que a morte é o início de outra jornada!
Não encontramos a felicidade
em qualquer esquina.
A felicidade a gente conquista com carinho,
dedicação, atenção, persistência e fé...
Muita fé.
O Natal chega todos os anos, mas nem sempre encontra a gente no mesmo lugar por dentro.
Alguns chegam cansados, outros feridos, muitos em silêncio. Há quem sorria por fora, mas carregue batalhas que ninguém viu ao longo do ano.
Talvez este Natal não seja sobre mesas cheias ou presentes embrulhados. Talvez seja sobre perceber que, apesar de tudo, você ainda está aqui. Respirando. Tentando. Acreditando, mesmo quando quase desistiu.
O Natal lembra que a esperança não nasce em palácios, nasce em cenários improváveis. Nasce quando tudo parece pequeno demais para dar certo. E, ainda assim, algo novo começa.
Se este ano foi difícil, talvez isso não seja o fim, mas o intervalo necessário para um recomeço mais consciente, mais forte e mais verdadeiro.
Que neste Natal você se permita menos cobranças e mais sentido.
Menos pressa e mais presença.
Porque às vezes o maior presente não é mudar o mundo, é mudar o olhar.
Um dia não é igual ao outro, vivemos em constante movimento.
Gente partindo, gente chegando.
Gente sorrindo, gente chorando.
Gente indo e voltando, gente que vai e quer ficar.
Gente que quer mudar, mas não saem do lugar.
A vida da gente é assim:
Idas e vindas, encontros e desencontros.
Abraço na chegada, tristeza na despedida.
Que a gente encontre uma maneira de sorrir,
mesmo nas horas não tão felizes.
Porque, assim como a vida leva, ela
traz de volta.
Como a onda do mar que
vai e volta.
Não gaste seu tempo mergulhando em águas rasas. É, além de frustrante, dolorido. A gente entra achando que vai encontrar profundezas, mas o que há é só reflexo. E reflexo, quando se acredita demais, engana.
