Quando a Gente se Encontrou
Tentar esquecer alguém que a gente ama não é uma tarefa das mais fáceis. É como não saber nadar, ser jogado em um rio e arrastado pela correnteza dele. Em meio ao desespero e a iminente morte do sentimento vai-se agarrando às lembranças que encontramos pela frente, numa tentativa louca de não abandonar o que está ficando para trás.
É, e se a gente quiser
A gente pode bem ser
Aquilo que o coração
Insiste ficar pedindo
É, e se a gente quiser
A gente pode vencer
A falta que me causou
De tanto ver você indo
A gente ainda se ama muito, mas infelizmente isso não é o suficiente. Às vezes bate uma vontade de ligar, mas não posso. Não posso porque nós não somamos mais, não acontecemos, você me entende? Por mais que eu queira e saiba que ela também quer na mesma intensidade, sabemos que o nosso amor não foi feito pra durar uma vida inteira. Às vezes, a gente precisa escolher entre acabar algo ou esperar que isso acabe com a gente.
As vezes a gente espera que a outra pessoa nos compreenda, que consiga olhar a dor que causa. Então você percebe que tanto faz pra ele (a). A tristeza aparece, mas é necessário seguir em frente!
Wilhelm, exaspero-me ao ver como há gente incapaz de compreender e sentir as poucas coisas que ainda têm algum valor sobre a terra.
Cada surra que a gente leva da vida mexe com a nossa estrutura,e vai mudando um pouco de nós,e com o tempo a gente não é mais a mesma pessoa.
Ivânia D.Farias
O novo coronavírus avança e ainda tem muita gente batendo cabeça sobre a diferença entre Quaresma, Quarentena e Quarentona.
Sinceramente, depois dessa, é melhor partir para o isolamento e o confinamento. Evite o contato social, não se esqueça de lavar as mãos e "policiar" a língua...
Me acostumei com a gente sempre junto em nossos planos
Minha melhor versão tem você
Mas tenho que me acostumar a só te ver passando
Por dois é impossível querer
As pessoas já estão bastante divididas no mundo. É um milagre oferecer algo de que tanta gente gosta.
ÚLTIMOS VERSOS (soneto)
Na poesia luzente, hoje triste e fria
Onde os versos eram para a gente
Na poesia feliz, que ti trovei um dia
Para sonhar, já perece, eternamente
Achei (ia perpetuá-la) à nossa valeria
Intocada a rima de amor contundente
Aquele olhar, sussurrado em melodia
Que nos fez delirar a alma ferozmente
E doravante, chora, a prosa na solidão
Que, outrora, era de convivo tão leve
Agora, cheias de rancor e de embraço
Aquele abraço que escrevia emoção
Que trazia sintonia, e hoje tão breve
Ó inolvidável amor, desatou-se o laço!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/03/2020, 10’57” – Cerrado goiano
