Quando a Gente Pensa
Chega de campeões sociais... de gente que "faz a diferença". Precisamos mais do que nunca, de mais e mais pessoas dispostas a fazer a igualdade.
AULAS DE SER GENTE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Aprendi a me aproveitar dos mais simples. Tirar partido e vantagem dos humildes. Explorar os de boa fé. Confesso que tenho me dado bem com essa prática, e recomendo o mesmo a todos os espertos de alma; os safos de coração.
Dos mais simples, humildes e de boa fé, absorvi a riqueza de olhar o mundo com ânimo, justamente porque eles existem. E se eles existem, é possível crer na humanidade, pois a beleza de seus pensamentos, virtudes e atos fazem a vida valer a pena. São eles os guardiões do amor e da verdade. Os paladinos da paz e do bem. Mensageiros da luz que nos orienta e guia entre as trevas formadas pelos homens e as mulheres de má vontade.
Os mais simples, humildes e de boa fé são os fortes que os outros pensam que são. Têm a sabedoria que os outros pensam que têm. São tão eles, que, sem querer, confundem os intelectuais; enlouquecem os gênios instituídos que não querem saber ou realmente não sabem que nada sabem.
Tenho andado no encalço desses anjos. Reconheço a distância entre nós, como reconheço que nunca os alcançarei, mas tiro minhas lascas. Aprendo lições. Colo secretamente para passar, mesmo que apertado, nas muitas provas do meu tempo aqui. Tento em vão recompensá-los com um pouco do meu saber empolado; minhas vãs filosofias; o inchaço da letra que me preparou para ser metido a besta. Eles não precisam, mas não fazem desfeita.
Quero continuar em torno dos mais simples. Ser a mosca dos humildes. Parasita nos de boa fé. Desviar indefinidamente para minha conta no vermelho, migalhas ou centavos dos valores humanos dessa gente que tanta gente menospreza.
GENERALIZAÇÃO ANTISSOCIAL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A gente mente
que nem sente.
Ama tanto;
perdoa tanto;
discursa e chora...
Porém é tudo
do Facebook;
do Instagram;
do Twitter pra fora.
A QUEM BUSCO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Quero gente que seja quem foi ontem;
que amanhã não terá se dissolvido,
resolvido que não se resolver
é a fuga ideal de seus conflitos...
Não me quero nas teias inconstantes
de quem nunca será como revi,
tem um i que não sabe se tem pingo
e seu antes não cola no depois...
O que busco é quem sabe de si mesmo;
já se achou e portanto encontrarei;
saberei por que atalho posso ir...
Sonho gente que habita o próprio ser,
que se deixa saber a cada olhar;
cada vez; cada som; cada silêncio...
EM CIMA DO MURO
Demétrio Sena - Magé
Já me canso dessa gente
"nem esquerda nem direita";
"nem Lula nem camarão";
que não é gente nem bicho...
Não é sussurro nem grito;
a verdade nem o mito...
Também nem luxo nem lixo,
não está nem lá nem cá,
e não está "nem aí",
pois não prossegue nem fica...
não é lenta nem afoita...
não caga nem sai da moita;
tanto faz ou tanto fez;
não quer a voz nem a vez.
Tô com asco dessa gente
que não é fria nem quente,
sequer pretende ser morna...
Já não estudo esse povo
que nem quer ou sai de cima",
porque nem tem para onde.
Não é galinha nem ovo,
nem verso livre nem rima;
terror nem conto de fada...
Eu me canso disso tudo.
Dispenso espada ou escudo...
essa gente não é nada.
... ... ...
Respeite autorias. É lei
Tem gente vivendo como uma comédia romântica. Hora, anjo metódico, sussurrando: "Vai dar certo!". , ou um demônio com roupas de couro, oferecendo pizza e preguiça. A diversão está no conflito! Não leve a sério demais nenhum dos dois. O anjo é um chato, o demônio, um folgado. O truque é rir da confusão. Escolha a ousadia do demônio com o coração do anjo. A vida é muito curta para dramas. Você é o diretor dessa bagunça e divirta-se, porque o maior presente de D'us é a vida. Cada novo amanhecer é uma oportunidade única de renascer, amar, aprender e evoluir. Celebre isso tudo com gratidão!
É a minha opinião....
Alexandre Sefardi
Tem gente que tem cheiro de estrambelhado, respirando os dias que correm com a corda do tempo, e tem gente que sabe o dia em que dá vontade de jogar tudo para o alto. Mas aquilo que faz o seu coração pulsar mais rápido irá guardar onde ninguém poderá tocar. Tem gente que abraça o mundo e ele sorri de volta. Se joga para a vida, devolve flores e amores. Não quer maturidade o tempo todo. E tem gente que dança no chuveiro para lavar a alma e deixa escorrer pelo chão as coisas da vida que não valem a pena. Tem gente Sonha! Acredita que seguir em frente é necessário. Um coração que é capaz de sonhar pode te levar aonde você nunca pode imaginar, ...
Tem essa coisa de Gente
Essa,
Vida de Solteiro,
Alexandre Sefardi
Olá, bom dia! Às vezes a gente sofre por causa do crescimento da civilização e suas paixões codificadas, crenças, valores, seus ciclos imprevisíveis e podemos nos sentir pequenos. A promessa de uma vida futura pode, às vezes, parecer uma simples espera.
Mas não se engane. A essência não está no destino final, e sim na paixão da jornada. Existe o amor por esta vida, com toda a sua beleza crua. É no agora que a chuva lava a alma, que o amar aquece o espírito e que a morte intensifica o cuidado por cada instante.
Esta vida não é uma sala de espera. Ela é o palco principal. Ame-a com vontade, pois é nela que sua história única se desenrola. A eternidade pode esperar; o presente clama por sua paixão. Essa é a vida da gente!
A gente acorda e não encontra aquele livro, esqueceu. Esse grande desafio e o maior obstáculo da vida, acontece dentro de nós mesmos. A nossa dúvida , nosso esquecimento, nosso próprio everest, ...Que exagero!
Que nosso dia seja tão lindo quanto o sorriso de vocês e nos ofereça tanta felicidade quanto amizades. Que D'us continue guiando todos os passos e iluminando cada vez mais os pensamentos.
Assim acaba a dúvida da Vida,
Vida de Solteiro...
A vida pode ficar sem graça
quando a gente olha para ela de um jeito fechado.
A gente fica entediado quando perde a capacidade
de se admirar com as coisas mais simples.
Para conseguir viver com um pouco de paz no coração,
a gente precisa conseguir rir.
Precisa ter esperança.
Precisa do amor das pessoas queridas.
Precisa saber enxergar a vida de um jeito novo.
E usar bastante a criatividade.
A vida moderna dessa gente, com as redes sociais e a busca por atenção, criou uma epidemia de pessoas que se acham o centro do mundo. A vontade de ganhar elogios constantes deixa todo mundo com o ego inflado. Os relacionamentos ficam falsos, focados em mostrar uma vida perfeita, enquanto a capacidade de se colocar no lugar do outro some. Esse individualismo excessivo prejudica a convivência, trocando a amizade de verdade pela vontade de ser famoso. A foto de si mesmo substitui a conversa real, e a persona que se cria nas redes acaba escondendo quem a pessoa realmente é.
Quando a saudade dói e fica martelando na gente como uma mágoa que não passa, a melhor saída é enfrentá-la de frente. Reservar um tempo para pensar, colocar os sentimentos no papel, desabafar com alguém, ou simplesmente chorar, pode ser o jeito de se livrar dela e se sentir livre de novo.
Se está causando uma angústia que não vai embora, enfrente-a. Refletir, escrever, conversar ou chorar podem ser a chave para superar esse sentimento e encontrar alívio.
As coisas que a gente sabe são muitas, mas as que a gente não sabe também são inúmeras. Isto não significa que estas (coisas que a gente não sabe) não nos influenciem. Então, o resultado pode ser muito diferente do que se espera.
Sobre cabelos....
A gente está o tempo todo tentando modificar, modelar, domar nossos cabelos, quem tem liso quer enrolar, quem tem enrolado quer alisar, quem tem muito quer ter menos, quem tem pouco quer ter mais...Sem falar do maior dilema: as cores as cores...
Cabelos são parte integrante da nossa personalidade, gosto de quem tem a coragem de assumi-los como são e assim amá-los!
Acho parte importante de se amar!
Algo muito contraditório é perceber que tudo o que bagunça nossos cabelos é simples, naturalmente belo e prazeroso:
o sol, o mar, o vento, andar de bicicleta, de moto, correr, pular, nadar, a chuva… e fazer amor.
Há alturas que só se alcançam quando a gente se abaixa. Descobri isso ajoelhado, diante do meu sobrinho — um pequeno mestre que ainda chama o tempo de milagre e o quintal de mundo.
Aprender a ser grande não tem nada a ver com subir, conquistar ou colecionar aplausos. Tem a ver com reaprender a ver do chão, de baixo, da inocência que a pressa desaprende. O olhar das crianças não mede, não julga, não calcula. Apenas acolhe. E quem acolhe, cresce.
Ajoelhar é um gesto sagrado: é dizer ao universo que não se esqueceu de onde veio. É lembrar que a sabedoria mora nas alturas baixas, nas perguntas simples, nas respostas que ainda não têm forma.
Ser grande, talvez, seja isso: caber inteiro num instante pequeno.
Porque quem se abaixa para amar, se eleva sem perceber.
— Douglas Duarte de Almeida
Não gaste seu tempo mergulhando em águas rasas. É, além de frustrante, dolorido. A gente entra achando que vai encontrar profundezas, mas o que há é só reflexo. E reflexo, quando se acredita demais, engana.
Há dias em que algo dentro da gente desperta como quem encosta a mão numa ferida antiga e, pela primeira vez, não recua. Vem uma lucidez quieta, dessas que não fazem barulho, mas deslocam tudo por dentro. Uma compreensão branda de que a vida é feita de tentativas — algumas inteiras, outras tortas — e que não há vergonha alguma nesse descompasso.
Fiquei pensando no quanto a gente insiste em sustentar a pose de quem acerta sempre, quando, na verdade, o amor se constrói é na hesitação. No passo em falso. No gesto que sai pela metade, mas ainda assim diz tudo. Amar é caminhar sabendo que o chão cede, que o corpo treme, que o coração desobedece. E, mesmo assim, continuar.
Há algo de profundamente humano em admitir que não damos conta de tudo. Que tropeçamos nos próprios medos, que às vezes derrubamos o que queríamos proteger. Essa honestidade silenciosa — a de reconhecer nossas bordas — abre um espaço onde o outro pode respirar sem performance, sem armadura, sem exigência de perfeição.
No fundo, acho que a beleza está nesse acordo invisível entre dois inacabados: a permissão de ser falho sem ser abandonado. A coragem de mostrar a rachadura e confiar que ela não será usada como arma. O abrigo construído não pelo acerto, mas pela delicadeza de tentar de novo — e de novo — mesmo sabendo que não existe garantia alguma.
E talvez seja isso que mais me atravessa: a percepção de que falhar não nos faz menores. Às vezes, é justamente o que nos torna verdadeiros. Porque só quem aceita o próprio desalinho consegue amar com profundidade — e permanecer, apesar das quedas, com uma força que não se aprende, apenas se vive.
