Quadras e Trovas

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⁠" ABATE "

Depois não quer ouvir nenhum gracejo,
cantadas, assobios, piadinha
de quem, por tal vontade, sai da linha
rendido, na visão, por tal desejo!

Se ofende dos olhares que ela aninha
depois de provocar querer sobejo
e segue erguendo as ancas no molejo
até mostrar as barras da calcinha.

Culpado, quem corteja e quem se expõe
no enredo em que, a atitude, se supõe
qual sendo, pois, de caça e caçador…

Quer venha o abate, ou não, no fim das contas,
depois das atitudes, das afrontas,
não se instaurou o vínculo do amor!

⁠" LÁ VAI "

Lá vai o amor que sonho, livre, leve,
num caminhar seguro, em alegria,
e leva o meu olhar que lhe cobria
mas que, contar-lhe o fato, não se atreve!

Carrega sua paixão cruel, vadia,
que nunca acaba, morre e nem prescreve
fingindo que virá me ver, em breve,
como o querer em mim lhe fantasia.

Que mal pode fazer-me, então, sonhar
que um dia, assim, virá me visitar
pra, enfim, ficar de vez aqui comigo?...

Vai livre, leve, o amor que sonho, enfim,
passando lá distante, pois, de mim
sequer pensando em dar-me o seu abrigo!

⁠" CANSASTES "

Cansastes, simplesmente! Perceptível!
Não acho nem uma outra explicação
para esse adeus sem causa nem razão
ao que era história rara, bela, incrível!

Qual foi, portanto, a tua motivação,
parece-me, o cansaço, mais plausível!
Estavas numa fase bem sensível
que te feriu, por certo, o coração.

Andar ao lado meu foi cansativo,
sem tréguas, sem paixão, sem lenitivo,
e a decisão tomada foi por isso…

Enfim, cansastes! Sim! De toda a história
e deste um fim no amor, sem qualquer gloria,
restando-me o penar posto em feitiço!

⁠" ESCOLTA "

Permites que viaje o pensamento
(vai se saber por onde), sem receio,
sem restrições quaisquer, assim, sem freio,
sem dar-lhe prazo ou leis para o momento!

Disfarças, pelas ruas, teu anseio,
teu medo que se perca o sentimento
ou que ele se transforme num lamento
por um qualquer, insano teu, falseio.

O lapso de tempo que isso omite
só faz com que, o temor, teu peito habite
e tira-te a visão do mundo a volta…

Que o pensamento vague, então, permites,
e sem dar, à razão, reais limites
nem vês que o amor, contigo ali, te escolta!

⁠" TÁ FRIO? "

Eu sou do sol, do céu azul, calor,
da pele exposta ao bronze de verão
e ter, no corpo inteiro, a sensação
da liberdade entregue ao seu sabor!....

Sou eu por lenha seca na paixão
e combustível pronto para o ardor
que se fizer, por chama de um amor,
presente no teor da relação.

Aqueço a carne, o peito, em fiel carinho
chegando como a aurora, de mansinho,
num dia ensolarado sobre a areia…

Tá frio? Chegue mais perto e corra o risco
de se abrasar comigo em meu aprisco
e se embromar de amor na minha teia!

⁠" NASCER DE NOVO "

Se eu não nascer de novo, resta a morte
e o fim de tudo o que foi prometido!
Melhor seria não ter, cá, vivido
do que viver entregue à própria sorte!

Que importa, as intempéries, ter vencido
e ver que me fizeram ser mais forte?
Talvez, para outro alguém, tudo isso importe
mas, para mim, há mais a ser vivido.

Morrer para nascer de novo! Em vida!
É o abraçar da graça recebida
por meio de quem já venceu a cruz…

Me resta a morte, sim, das pretensões
que tomam conta, aqui, dos corações
e o renascer nos braços de Jesus!

⁠" VIDA PLENA "

Libertação: da morte para a vida!
É Páscoa a ser, pra sempre, festejada
e, assim, se ter a história recordada
na graça eterna aqui nos concedida!

Ao anjo, a morte a todos, ordenada
traria, por juízo sem medida,
condenação cruel ali estendida
onde a corrupção fôra instalada.

Mas um cordeiro a ser, pois, abatido
teria sangue, às portas, aspergido
trazendo o livramento e a salvação…

Se sai, assim, da morte obrigatória
pra vida plena, dada por vitória
ao se acolher o Cristo ao coração!

⁠" QUER? "

Que prenda linda: moça, dentes brancos,
sorriso aberto, intencional, sincero…
Fico a pensar e (dentro, em mim) espero
que os pensamentos dela sejam francos…

Pois, afinal, sem farsa ou lero-lero,
sorriu pra mim cercando-me nos flancos…
Aceito o risco, aos trancos e barrancos
acreditando que o amor é vero?

Sou homem das paixões, um poeta nato,
por vezes sonhador nesse aparato
de ver, onde não tem, vasto querer…

É moça linda, prenda das mais belas…
Aceito ou me reservo nas cautelas?
Difícil crer que quer, ela, me ter!!!

⁠" A FEITICEIRA "

Mas que mulher fantástica, guerreira,
das que se dizem ter real valor
e para quem se deve dar amor
ao se fazer, em tudo, companheira!

Se colocou, inteira, a meu dispor
mostrando-me ser fada, feiticeira,
e fez-se, na magia costumeira,
garota dada ao riso e ao bom humor.

Assim, me enfeitiçou no amor doado
e fez-me, da paixão, acostumado
prendendo-me à magia que irradia…

A chamam feiticeira, bruxa boa!...
Só sei que o seu feitiço, em mim, ressoa
e dei-lhe o coração por moradia!

⁠" MISSÃO IMPOSSÍVEL "

Amar é uma missão quase impossível,
mas fomos nós capacitados, sim,
a nos doarmos nisso posto, enfim,
de forma que o amor é factível!

Também o tenho aqui, intenso em mim,
ardente, caloroso, até sensível,
mas sempre se achegando imprevisível
quando a paixão lhe acolhe forte assim.

Como é possível alguém, como eu, amar
é mais difícil, em tudo, de explicar…
Tu podes crer! Sem provas nem razão…

Quase impossível! Uma missão nos dada
que eu abracei sem entender-lhe nada
mas que, o bem, tem me feito ao coração!

⁠" TALVEZ "

Talvez haja um segredo em tudo isto
que nos conduz a alma pela vida!
Talvez uma magia concedida
sei lá no quê, pois nunca fez-se visto!

Vai ver, talvez, sequer tenha medida
nem forma, já que nunca foi previsto!
E penso que, talvez, tudo que alisto
nem perto chegue à lógica exigida.

Feitiço? Vai saber… Por natural,
não há explicação conceitual
pra tudo o que, sem causa, aqui se fez…

Diria que o amor seja o segredo
que traça nossas almas nesse enredo
até que o aprendamos, pois! Talvez!

⁠" NÃO DEVO "

Queria, mas não devo! Mas, queria!
Parece um bom partido pra paixão
pois mexe co'a libido e a emoção
a despertar-me o sonho e a fantasia!

Meu medo é quando acaba a ilusão
e nada fez-se como deveria…
Termina o sonho, o encanto, até a magia
e nada foi igual a previsão.

Porém, desta distância, me fascina
e a tentação me cerca em cada esquina
junto ao desejo de provar-lhe o gosto…

Não devo, mas queria! Bem assim…
E, na vontade que não tem mais fim,
desejo esse desejo ali disposto!

⁠" SOCORRO "

Socorro eu peço! Volta-me a atenção
e dá-me um pouco do que tens guardado
no afeto, para um outro, reservado
por mais que isso pareça-te ilusão!

Careço deste amor desperdiçado
que doas, sem motivo ou pretensão,
a quem nem sabe lá o que é paixão
nem retribui do que lhe tens doado.

Perceba-me um instante! Morro a dor
de não saber falar-te deste amor
que me consome inteiro, a cada dia…

Te peço, pois, socorro! Dá-me alento
enquanto aqui pereço, aos poucos, lento,
na fome de te ter… Hoje, agonia!

⁠" AGRISALHOU "

Tingiu-me, o tempo, a idade, o que vivido,
e agrisalhou-me sem qualquer piedade
levando, assim, pra longe, a mocidade
e o que nela se tinha, ali, contido.

Contudo, fez-me sábio, na verdade,
e me curou do que fôra ferido
cessando, então, de vez, o meu gemido
e me trazendo o amor pra eternidade.

Me deu vida, o calvário, e ali julgado
foi que me vi, também, crucificado
e, livre, ressurgi depois de tudo…

Agrisalhou-me a vida, eu sei, mas digo
que o tempo deu-me o amor que, em paz, abrigo
e a fé no eterno que hoje, em mim, saúdo!

⁠" TRANSPARÊNCIA "

Me vens como te gosto: na evidência
de que darás do amor que te acompanha
e, sem pudor qualquer, chama, me assanha
me vindo na mais clara transparência!

Não há maldade alguma na barganha
pois que, desta paixão, temos vivência
e a mais completa e extensa experiência
de forma que a clareza, assim, nos ganha.

É transparente a alma, o olhar, a fome
que, de desejo intenso, nos consome,
a sede, a força intensa da atração…

Na transparência vens, sem véu, sem medo,
sem restrições em ser o meu brinquedo
pois que já tens nas mãos meu coração!

⁠" DISCUSSÃO "

Nem sempre tem confronto, discussão,
conversa franca e aberta sobre a mesa,
e o amor se vai aos poucos, sem defesa,
sem ter quem, de argumentos, lance mão!

Uma união já não se faz coesa,
firmada em ser eterna, a relação,
mas deixa a porta aberta a uma ilusão
de que é bobagem lucidez, franqueza…

Conversa não foi feita pra mostrar
quem pode mais! Sequer pra revelar
quem tem razão, mas como está o amor…

A discussão, por vez, é necessária
contudo não constroi, quando diária,
nem leva a nada o grito a bem do autor!

⁠" EM COMPANHIA "

E vamos nós aqui bebendo a vida
em goles de tristeza e de alegria
sem ter qualquer noção de qual é o dia
da hora derradeira da partida!

Alguns dão tragos loucos de euforia
e alguns amargam dores sem medida,
mas todos têm a chance, já estendida,
de aqui viver conforme se queria.

Prefiro essa cachaça que é o amor
e o afogar das mágoas nesse andor
provido de amizades, de carinho…

Se eu vou beber a vida que é me dada
que seja em companhia me ofertada
que é bem melhor do que morrer sozinho!

⁠" IN MY MIND "

Ainda és tu, presente ao pensamento,
a me agitar o amor a todo instante
qual se o viver não fosse-me o bastante
pra tão intenso e forte sentimento!

Aqui comigo, ainda presente, amante
e cúmplice de todo o meu tormento
já que, a paixão, tornou-se sofrimento
se te manténs ausente e tão distante.

Errei, eu sei… E não tive o perdão
que me traria a paz ao coração!
E tudo não me sai, enfim, da mente…

Presente em pensamento, aqui comigo,
concedes, para o amor, o teu abrigo
pra sermos um agora e eternamente?

⁠" LUTE "

A vida é uma constante e longa espera
pra quem não tem ideia pra onde ir!
Não há momento aqui nem no porvir
que dê suporte a quem não se supera.

Quem fica, pois, sentado, a se iludir,
a própria sepultura cava e gera
pois existência alguma, assim, prospera
sem luta pela causa de existir.

Par’onde queres ir? Qual a razão
que faz pulsar, enfim, teu coração
e que alimentas com total fervor?...

Levanta! Sai da espera que te prende
e lute pelo que é que te surpreende
pois que te aguarda, ao certo, ao fim, o amor!

⁠" PEREGRINA "

A tarde estava quieta, pensativa,
olhando a insensatez da humanidade
com que ela conviveu na tenra idade
e viu perder-se egoísta, vil, lasciva…

Se entristeceu sabendo a brevidade
do tempo que teria a chama viva
por sobre os homens que, o de mal, cultiva
sem perceberem ir-se a eternidade.

Deixou-se desmanchar trazendo a noite
a salpicar estrelas neste açoite
de um coração dorido e maltratado…

Insana humanidade! Triste sina
aos olhos de uma tarde peregrina
que a vê vagar, sem rumo, o amor lhe dado.

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