Professor Carlos Drumond de Andrade
Despertar para a vida
Acordei querendo abraçar o mundo. A vida é tão simples, mas rodeada de tantas pessoas complexas. Pensei no quanto um dia de sol faria bem, fiquei poucas horas debruçada na janela, mas o bastante para sentir na pele um pouquinho de tudo isso que é o Hoje. Acordar não é simplesmente levantar da cama, tem que despertar do sono e ir em busca dos sonhos. Talvez seja uma metáfora fácil de se compreender a c o r d a r. Sinto que tudo depende inteiramente de mim, e também inteiramente dos outros a minha volta. Não é egoisticamente cada um por si. É olhar para o céu e agradecer pela oportunidade maravilhosa de um novo recomeço, e absorver força das pessoas que temos ao lado. É difícil demais ser alguém na vida, mas é necessário, por experiência própria, ser alguém na vida de outra pessoa. Cabe a cada um fazer toda a diferença. E hoje é um bom dia para começar a se pensar a respeito. Qual é o teu valor diante da vida?
As coisas mudam. Muitas pessoas se anulam, caem no esquecimento. É um ato humano irreversível. Mas quem um dia se amou fica, e vai ficando. Mesmo com o tempo agindo sorrateiro, e os corações cada vez mais selados, fechados por pura proteção. O tempo é poderoso, mas o que se viveu nele, tem a capacidade de ser bem mais.
Mate-me ou devoro-te
Sem misericórdia, me assumo um fracasso nato.
Digo de ante-mão: Não se apaixone por mim.
Sou vilão dos corações mocinhos;
Sem ressentimentos. Eu avisei!
Amanheça de amor
Teus lábios colados em meus versos;
Teus pelos pelas curvas complexas.
O teu olhar me alimenta alma;
Transporta os horizontes da realidade
para a inexistência.
Teus raios invadem meu ser.
Teus cabelos traiçoeiros ao vento;
Me levando ao relento dos braços
que outrora me solta, me gruda, machuca e
me quer, mal me quer.
Sinais vãos ou não.
Passos avessos, inversos.
Teu silêncio é meu grito de alerta;
Piedade do amor
que ao anoitecer lhe causou
Mas deixa-te amanhecer a vida.
Dom destrambelhado
O ponteiro parece que para
quando eu penso em pensar te esquecer.
Pensamento longe, perto de você.
Razão desgovernada, com o coração na mão.
Passos desandados, tropeçando em nada
Foi o vazio que deixou aqui.
Foi sem dizer as notas,
Coordenadas que diabos fogem de mim.
Sem compasso, foi trapaça me desafinar assim.
Meio tom, duas doses
Um versinho pra me distrair.
Quase rouco, transtornado louco
Só falta mais um pouco pra me destruir.
Pulsamento vago, amor destrambelhado
Me afoguei no raso, foi tanto pouco caso
Que desiludi.
Dó, só melodia.
Perdi o medo na coragem
Foi só um acorde
Pra constar o fim.
Vultos pensamentos ocultos
Há rios de sentimentos em mim que não deixo que se tornem mar.
Há trancos e barrancos que me assolam.
Me fiz represa, mas nasci vulcão.
Receio realidade. As claridades me assombram.
Inviolável coração.
Proteção inexata.
Impecável construção,
Mas vã.
Choque de vida (ama-durecer)
É quase um baque, uma parada cardíaca. Acordar com uma vida adulta bem na ponta do nariz, como um salto sem preparo físico. É se deparar em um mergulho sem saber a profundidade do mar e aonde vai desaguar. O tempo passa e com ele eu passo também. É como se olhar no espelho e ver a realidade batendo na porta, escancarando o novo. E o novo causa receio. É se voltar para um passado querendo refúgio, mas não desagoniza se trancar na infância. A vida pede mais, e dá pra sentir na pele a novidade. Rezo e peço garra. Ando polindo a responsabilidade, arejando o coração, reciclando os pensamentos, selecionando os caminhos, foco foco foco...
Ama-durecer. Que não importa o fardo pesado, mas que eu seja forte o suficiente para carregá-lo. Que a diversidade das situações não tirem meu riso e meu equilíbrio. Que eu não perca a vontade de sonhar, nem minha essência. E que mesmo sem conseguir o que almejo, que eu morra tentando o alcançar. Amém!
Soneto pra ela
Pode ir embora, mas não solta a minha mão.
Aceito a condição de ser: O incerto para você.
Pode abrigar a sua mala na sala, seu corpo na cama e o teu sorriso no meu coração.
Não quero saber da previsão: Você é o errado para mim.
Mas quem vai saber, além de nós, se não tentarmos?
Quem foi que disse que só o caminho estipulado é que chega em algum lugar?
Quem foi que disse que pra amar tem dessas coisas?
Rejeito a explicação. Deixa ser nós dois pra saber.
Deixem o nosso amor pra gente viver.
Me assumo surtado, indelicado por pura timidez, sem jeito para o jeito em que tudo está, com os pés calejados de não chegar em algum lugar, com a alma cansada de não saber o que fazer, com os nãos escancarados bem no meio do nariz e não querer compreender. Vivo morto, mas ainda assim, com uma capacidade enorme, quase-sem-querer, de te amar sempre mais.
Sabe? Não, não sabe. Mas na maioria das vezes é isso mesmo, não sabemos de nada e nem queremos saber. As palavras voam, os olhares não escolhem outro local para cravar, o coração pula, dança, balança a cada lembrança. O que podemos fazer para se sentir por perto, assim fazemos. As feridas latejam e clamam por cuidado a cada esbarro. E no final? Não sabemos e não admitimos o que se passa. Ferrou-se. Passa a acontecer por horas, minutos, segundos e nos toma literalmente. Me assusta o fato de não pedir licença. Tentamos desfocar, esquecer. E como sempre, continuamos sem saber. Medo? Ignorância? Aflição? Não faço esforços para entender. Não quero.
Eu tive que aprender a ser forte em todos os momentos de dor e de tristeza.. Nós momentos ruins e de dores seja forte também, confie que será tudo para o teu melhor.
Não pedi que me levasse a dor, o rancor e o temor. Não respeitaram, me levaram. Eu tentei não escrever. Prometi a mim mesma que esse seria o ultimo texto falando sobre você, mas prometo a cada página que olho e logo está com o teu nome… Ah, não, essa é a minha letra. Não posso prometer, devo parar. Há um tempo eu não prometia o que não poderia cumprir, estava esgotada. Mas hoje… Ta, não quero falar sobre hoje, nem sobre ontem e nem sobre o amanhã. E quem vai querer me ler, me diz? Não me importo, na verdade, não entendo essa minha fome pela escrita. Às vezes eu queria escrever bem, para mostrar que sirvo em alguma coisa, e dessa vez, alguma coisa que eu ame. Pouco me importo, ando me importando pouco demais. Devo parar de reclamar quando passo dos limites em algo, mas penso que estou certa, pois nada demasiado é bom. Aprender a viver na medidinha certa está sendo um sacrifício. Sinto-te longe, mas é onde estás…, longe de mim. Queria saber se tu te lembras de algum pequeno gesto meu que conseguia te fazer sorrir. Fico assim, querendo saber, me excedo e invado o “demais” que tanto eu queria excluir. Afundo novamente na saudade, no apelo, nos pesadelos. Não posso sufocar a vontade de querer, de te querer. Sei que possuo o que me consome, sei que corro atrás do que me corrói. Afogar-me em seus sonhos sem nem fazer parte deles é uma tortura. Queria torná-los reais. Observa, novamente eu querendo demais.
“Há pessoas, e olhares”. Há olhares, e palavras. Há palavras, e sentimentos. Há sentimentos, e razões. Há razões, e emoções. Há emoções, e paixões. Há paixões e amores. Há amores, e ilusões. Há ilusões, e corações. Há corações e novamente pessoas.”
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