Preto
Nada é igual ao Seu redor
Tudo se faz no Seu olhar
Todo o universo se formou no Seu falar
Teologia pra explicar
Ou Big Bang pra disfarçar
Pode alguém até duvidar
Sei que há um Deus a me guardar
Eu sei que não há nenhuma provação
Maior do que eu possa suportar
Mas estou cansado, Pai, preciso crer
Nas tuas promessas pra continuar
Eu sei que me livraste das acusações
Mas estou cansado de chorar
Espírito Santo, vem me renovar
Só tua presença pra me alegrar
Vem e torna todas as coisas novas
Faz de tudo novo ignora o eu
Esquece os meus erros, perdoa os meus medos
Quebra e faz de novo, imploro o teu favor
Não quero ser mais eu
Velha Guarda
Velha Guarda...
Traz nos cabelos grisalhos
O peso dos anos e a filosofia
De quem conhece, da vida, os atalhos
Da experiência e da sabedoria
Eternos guardiões de nossa cultura
Fiéis depositários dos tempos já idos
Faróis clareando a noite escura
Iluminam os caminhos já percorridos.
Velha Guarda...
O sorriso faceiro da tia baiana
A saia rendada girando, girando...
Os passos miúdos. Energia que emana
E um cantar ritmado no ar ecoando
As palmas marcando o tempo e o compasso
Na dança do Jongo e do Cateretê
E tudo parece parado no espaço.
É a vida que volta. No olhar, o prazer.
Um samba de enredo cantado com ardor
Lembrando Mãe-África. Bonito. Vibrante
Caxambú é a malícia,o segredo e o amor
Da mulata sestrosa pelo negro elegante.
Velha Guarda....
O passado transmite ao tempo presente
A força latente da nossa tradição
É tronco. É raiz. É folha. É semente
É o fruto mais doce. É flor em botão.
É o amigo fiel que a gente escolhe
Compromisso divino com a pura verdade
É a sombra mais fresca que ampara e acolhe
É ternura. É beleza. É dignidade.
RÉQUIEM PARA UM SAMBISTA
Adeus, para um sambista que se vai...
Na Terra, já cumpriu sua missão
Repousa, eterno, al lado de Deus Pai
Descansa para sempre o coração
Na vida se confundem os sentimentos
Misturam-se alegria e tristeza
Retalhos de amores soltos aos ventos
Fracassos varridos pela correnteza
E como já dizia um poeta singular:
-A dor é bela. És capaz de suportar
Apagou-se a chama de uma vida
Sereno, o sambista parece dormir
Seus olhos se fecharam em despedida
Mas os lábios permanecem a sorrir
Hoje, quando o morro amanheceu
Havia amargura em cada olhar
Aquele riso alegre emudeceu
Como uma fonte que deixasse de jorrar.
Agora, minha Escola comovida
Lamenta e relembra os sonhos seus
Um surdo soluça compassadamente
Vai chorando com a gente
Neste derradeiro ADEUS...
VELHA GUARDA
Velha Guarda...
Traz nos cabelos grisalhos
O peso dos anos e a filosofia
De quem conhece, da vida, os atalhos
Da experiência e da sabedoria
Eternos guardiões de nossa cultura
Fiéis depositários dos tempos já idos
Faróis clareando a noite escura
Iluminam os caminhos já percorridos.
Velha Guarda...
O sorriso faceiro da tia baiana
A saia rendada girando, girando...
Os passos miúdos. Energia que emana
E um cantar ritmado no ar ecoando
As palmas marcando o tempo e o compasso
Na dança do Jongo e do Cateretê
E tudo parece parado no espaço.
É a vida que volta. No olhar, o prazer.
Um samba de enredo cantado com ardor
Lembrando Mãe-África. Bonito. Vibrante
Caxambú é a malícia,o segredo e o amor
Da mulata sestrosa pelo negro elegante.
Velha Guarda....
O passado transmite ao tempo presente
A força latente da nossa tradição
É tronco. É raiz. É folha. É semente
É o fruto mais doce. É flor em botão.
É o amigo fiel que a gente escolhe
Compromisso divino com a pura verdade
É a sombra mais fresca que ampara e acolhe
É ternura. É beleza. É dignidade.
Usar o comentário ou idéia de outro para "se fazer" em cima dela é mediocridade assumida. Pode indicar esperteza, mas no fundo esconde preocupante distúrbio de personalidade. O querer ser o que não é esconde um self fragmentado. A verdade se revela em agressividade nas sombras, em peças infantis no vestuário, ou em preocupantes desvios de comportamento. A angústia de saber o que não é, se sobrepujando à riqueza dos demais, torna para sí dolorosa a vida a ser respirada. A menos que encontrem almas benevolentes um humilhante futuro solitário não escolhido o aguarda.
Pense nisso, meu amigo, se cure disso!
"Não deixe as pessoas te colocarem nas tempestades delas", nos diz Sidarta Gautama. Coloque-as, se elas receptivas forem, na sua tranquilidade, na sua lucidez,
se você as tiver ou conseguir eliciá-las em você.
O ideal das coisas pode impedir a atitude possível e a não obtenção de um resultado que pudesse ser satisfatório.
Amor é algo que nos faz perder a sensatez e nos torna frágeis pode nos levar as nuvens mas pode nos fazer cair ao chão mas de maneira alguma deixe de amar pois o amor é um dos sentimentos mais poderosos que existem.
Acreditar em nossos sentidos é sermos cegos,surdos e mudos pois tudo não passa de mera ilusão que nos engana a cada segundo e que erramos a cada minuto e que estamos a uma vida tentando reparar tais sentidos.
O amor é uma faca de dois gumes,pois ao mesmo tempo que nos trás prazeres pode também nos trazer grandes dores que nos machucam e deixam grandes cicatrizes.
Minha alma tem rasgos
Tem vergões
das chibatadas do tempo.
Tem espaços não visíveis
doloridos de silêncio.
Tem incertezas tão certas.
Veredas abertas
e vontades invencíveis
que não nasceram ainda.
Tem desconfianças
de que o sonho é findo,
mas reinventa o meu céu de utopia
que todo o não crer
expia.
NARA RÚBIA RIBEIRO
Do livro "Pazes", no prelo.
Seria interessante o mundo sempre nos dizer não pois ai o sim nos pareceria algo improvável ou impossível de se alcançar,mas poderíamos muito bem apenas acreditar nele e tentar alcançar o improvável pois ninguém nunca disse que o inacreditável ou o impossível não exista ou não se alcance.