Pressa
Faz um arco-íris
Quando dentro de ti e à tua volta vires
Enegrecer-se o mundo, dá-te pressa
Em fazer, por ti mesmo, um arco-íris,
Sem esperar que outro te apareça.
Nada de pasmos, a especular o céu,
A espiar se o mau tempo passa ou não.
Fabrica um arco-íris muito teu,
E dissipar-se-á, num ai a cerração.
Aferra-te a um belo pensamento,
Recolhido de um poema ou oração.
Mastiga-o bem, à laia de alimento,
E dá tempo a fazer-lhe a digestão.
Findo seja o rigoroso expurgo
De toda a idéia malsã, envenenada,
Ver-te-ás promovido a taumaturgo,
Mudando a noite em esplêndida alvorada.
Constrói um arco-irís cheio de beleza,
Policroma-o de tons e matizes joviais,
Sob esse talismã a vil tristeza
Há-de deixar-te para nunca mais.
"Tenho pressa em ser feliz.. Tenho que correr para fazer um filho... Ler um livro não daria tempo... A vida é pra Hoje... Dizer eu te amo... Rápido, antes que minha hora chegue!"
Intacta; para ele.
É tudo o que lembro, estávamos com pressa, o momento era de pura diversão e o álcool retardou nossos reflexos, só queríamos ir para a outra festa. Música alta, ele, perfeito, no volante e eu no banco de carona. Paramos no sinal vermelho e começou a tocar o refrão da nossa música. Beijamos-nos, o último beijo e eu ainda posso sentir seus lábios nos meus. Em meio a braços e abraços escuto uma buzina, abro os olhos, farol alto, um caminhão. O sinal ainda estava vermelho, eu juro. A culpa não foi minha, não foi dele, somos inocentes.
Acordo como se tivesse passado apenas uma noite, deitada em uma cama de hospital, o barulho dos aparelhos médicos me irritava e ao mesmo tempo uma pessoa chorava e gritava:
- Ela acordou! -... Era minha mãe.
- O que houve?
- Você estava em coma por três meses e graças a Deus acordou.
- E o Felipe?
- Acho melhor você ver com seus próprios olhos...
... E fui. Corredores, macas, pessoas passando mal e eu tinha acabado de ganhar a vida, novamente. Branco, tudo branco, frio e um aroma de remédio no ar. Hospital, como eu odeio. De longe vi o quarto 154 e o meu amor a dormir. Ao entrar naquele recinto vi enfermeiros controlando os aparelhos e me pedindo pra manter silêncio. O desespero começou a afrontar-me e, desesperada perguntei como ele estava e se voltaria logo pra casa. Nada. Disseram-me que estava em estado vegetativo e não respondia a sinal algum. O caso era grave. Ainda me recordo do pranto. Eu queria vê-lo, senti-lo nem que por um ínfimo instante qualquer. E lá fiquei.
Felipe após voltar a falar, sabendo que nada mais traria sua vida de volta, ciente de que sobreviver artificialmente estaria prejudicando tanto a ele tanto a mim, pediu para que eu desligasse os aparelhos, acabasse com meu último fio de esperança e oportunidade de sentir seu cheiro. Pior decisão de minha vida e o “eu te amo” mais sincero. Desliguei.
Hoje, a saudade é grande, não resisti. Três anos depois, ainda me recordo bem, foi o dia em que, pela segunda vez, eu morri.
“Andarilho”
Não tenho casa, não tenho graça, mas tenho o mundo...
Não tenho pressa, não tenho estudo, mas não sou imundo...
Não tenho fé, não tenho juízo, mas tenho apenas um amigo...
Não quero nada de graça, não quero um sorriso forçado, mas quero viver sem perigo...
Não digo que a vida é sem graça, não digo que o mundo é vazio, mas peço um dia tranqüilo...
Sou algo além, sou vai e vem, sou o impossível...
Sou uma pessoa de bem,sou pedra que ninguém tem,sou imprevisível...
Sou castigo em noites claras, sou lampejo de seus desejos, sou sempre um mal querido...
Sou espera do minuto que não para, sou parada do tempo perfeito, sou austero comigo mesmo...
Sou divertimento banido daquela casa, sou risada sem graça correndo, sou mero aprendiz na porta de casa esperando migalhas sofrendo...
Eu ando bem, eu falo muito, não sou ninguém, mas quero tudo...
Onde uns veêm um abismo, outros veêm um caminho. Enquanto uns têm pressa para atingir o sucesso e fracassam, outros têm objetivo, equilíbrio, persistência e se tornam vencedores!
Me leia sem formas
sem pontos
ou pausas
Me leia por ler
com pressa
sem pressa
Do jeito que vier, vai ser.
A pressa me domou baby...
Com rédeas almofadadas e curtas
Quanto mais ela puxa
Enforca
Sinto um grande conforto
Corro
Gosto
Fecho os olhos de tanto rir
Meio boba
Por completo feliz
Indo apenas em sua direção
Tenha pressa
Antes que eu acorde
Exploda
Finja estress
E arranque tudo de você
Que há guardado em mim
Só pra fingir frieza
Falta de emoção
Da agonia
De continuar em frente,
Sendo barrado por outras pessoas
Estou com pressa, e daí ?
Ninguém está preocupado
Com meus anseios
O tempo passa e não consigo
Sair do lugar
Presinto algo acontecendo
Sim, um passo a frente.
Mesmo assim estou longe
do meu objetivo.
Não posso desistir agora
Mais um passo.
Isso parece não ter fim
O desespero toma conta de mim
Tento manter a calma
Sinto falta de ar e uma
Escuridão sem fim
Morri
Morri na fila do Supermercado.
ALMA LIVRE
E esta alma que a buscar, voa livre,
Tem pressa, porém,
Ao dissociar a mente do espírito,
Permeia o horizonte sem fim
Seguindo rumo aos seus ideais tranquilamente
Lépida e atenta por vezes, esgueira-se,
Liberando da ação, dogmas eloquentes,
Voando livre por entre nuvens escuras
Apercebe-se na imensidão cósmica
Leve, fluida, clara e exata,
Vislumbrando, logo ali, a sua frente,
O prenúncio da conquista e da libertação!
Hoje eu queria que o tempo passasse arrastado...
Assim... Sem pressa...
Só pra ficar com você ao meu lado
Sentindo o teu cheiro e o teu gosto
Saboreando cada sorriso seu
Brincando com os teus olhos...
Ouvindo as batidas do teu coração
Como melodia mágica e suave
Mas o tempo é assim
Quando a coisa é boa ele voa
Quando ruim parece não ter fim
SUSPIRO
Vim te buscar
Olhe pra mim...
Eu espreito e você vegeta...
Que pressa eu tenho em te ter...
Vim te ver...Buscar teu ar...
Arrancar teu último suspiro...
Te levar...Olhe pra mim...
Imponente sou a mais bela das criaturas...Completa...
Estou te olhando...
Cobiçando tua historia..
Vais ser minha...
Sai da luz...
Eu sou breu...
Olhe pra mim..
Te quero mais que todas as paixões...
Me julgam mal...
Não sou horrendo...
Só sou teu guia no portal...
Vem ser minha...
Sou tua sorte...
Teu prometido...
Teu noivo...
Tua morte!
Mas não se assuste..
Não sentiras dor..
Tua morte será vida pois...
Quem ama morre de amor!
Deixa pra lá o que não interessa a gente não tem pressa de viver assim
Feito platéia da nossa própria peça, histórias, prosas, rimas sem começo e fim.
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