Pressa
Obsceno não é meu beijo e quem eu beijo,é teu abraço frouxo que não se prende,e tem pressa para sair e trair.
Vivem,ou morrem de pressa?
Reparam tanto nas telas.
Nem se reparam,
Nelas.
E nem param,
Não sabem onde vão.
E tudo,
Pode ser em vão.
Dizem que a pressa é inimiga da perfeição, eu, porém, vos digo, trabalho apressado sai atabalhoado.
Dizer que a pressa é inimiga da perfeição é correto, pois nenhum bom compositor se apressou ao redigir sua melhor canção.
A pressa é quase sempre um empecilho para a perfeição, porém quem se aperfeiçoa em executar rapidamente uma função ou produto, já entrou na exceção da equação.
Andressa, não tenha pressa, mas não se esqueça de viver, desfrute cada dia desde o amanhecer, que os momentos de ansiedade não tirem da tua memória que tudo de outrora e do agora contribuem para o teu crescer,que entre ganhos e tristezas ainda tens a luz que usas para iluminar a vida de quem tem a sorte de no caminho te encontrar.
Sem pressa, aprecio os teus detalhes,
embriago-me com a tua essência
que é cheia de vontades
com a presteza do teu amor
com o fulgor da tua intensidade
que te fazem ser uma mulher
de muito valor
e de uma atraente graciosidade.
Sem usar a pressa, aprecio o charme significante de uma beldade de belos cachos suntuosos, boca carnuda com seus lindos lábios pintados com um batom vermelho, cor da sedução, de um amor veemente, da grande paixão, percebo a primazia das suas formas, a verdade da sua essência em um profundo deslumbramento no calor do seu coração, assim, esqueço do avançar das horas, desfruto da relatividade do tempo ao sentir uma forte emoção que transforma a brevidade de um momento em eternidade, sentimentos que se encontram e dançam intensamente no meu senso poético de uma maneira calorosa, no ritmo amável dos meus pensamentos, vívidos e inspirados, um deleite indescritível, muito provavelmente, sou um privilegiado.
Ainda haverá um tempo, onde tudo será explicado.
O porquê da pressa da luz, que rir do leopardo.
Dessas coisas infelizes que temos que conviver.
De um dia abraçar a esperança, mas no outro dia ela desaparecer.
Se não for assim, nada terá sentido.
O nascer e o crescer, o erro e o arrependido.
Um dia, sim, eu acredito, tudo será esclarecido.
Teremos nosso próximo tempo de qualidade, de rir, de encontro.
Alí, banhados de um além, de um porvir, quando tudo estiver pronto.
Porque agora, somos mesmo esse vapor, esse fragmento.
Somos a sombra de um amanhã que se vai como um vento.
Esta questão já foi trabalhada, por muita gente na história.
A alma que agora foi desencarnada, estará sempre na nossa memória.
Do dia tirada foi a luz, da fogueira quente, foi tirada a brasa.
Um anjo que um tempo habitou entre nós, foi levado de volta pra casa.
Não deixe que a pressa de chegar te faça esquecer o valor de cada passo.
— Maycon Oliveira
Essa frase foi escrita por Maycon Oliveira – O Escritor Invisível, autor do perfil ‘O_Escritor_Invisivel’ no site Pensador.
Dispersos e sem força, obreiros preguiçosos em passos lentos, e sem pressa. A chama da fé quase se apaga em meio a distração a alma se vai a vagar.
Bem diz, ó minha alma, sem medo, sem pressa,
Pois grande é o Deus que me fez renascer.
E enquanto eu viver, que eu sempre proclame:
Bendito és Tu, meu Rei, meu viver!
O ÚLTIMO HOMEM LÚCIDO
Há um homem que caminha
sem pressa, mas sem lugar.
Ele não tem casa, não tem templo,
nem tem vontade de rezar.
Carrega nos olhos o peso
de quem entendeu cedo demais
que viver é transitar entre enganos,
e amar, um luxo dos incapazes.
Recusou o conforto das crenças,
o colo das certezas vendidas,
preferiu o frio da dúvida,
a vertigem das palavras não ditas.
Enquanto o mundo se distrai
com espelhos e ilusões de poder,
ele sussurra perguntas antigas
que ninguém mais quer responder.
"Quem sou eu?" — ninguém responde.
"Pra onde vai o tempo?" — silêncio.
No teatro da existência,
ele é o ator sem texto, sem lenço.
Não é herói, nem mártir, nem vilão.
É só alguém que não dorme,
porque vê demais, sente demais
e já perdeu a fome.
Mas ainda canta, às vezes,
não por alegria ou fé.
Canta porque o som da própria voz
é tudo o que lhe resta em pé.
Tempo de menos (Quaresma)
É tempo de menos.
Menos palavras,
menos pressa,
menos querer o mundo nos bolsos.
As árvores estão mais nuas,
os ventos, mais francos,
e os silêncios,
com cheiro de pão amanhecido.
Uma pedra repousa no canto da alma,
e a gente aprende — devagar —
a não pedir tanto,
a ouvir mais.
Talvez seja só isso:
um tempo em que se aprende
que perder também é uma forma
de se encontrar.