Preguiçoso
Profissionais públicos são guerreiros, não são preguiçosos, mas mágicos! Trabalham, com processos e produtos, equipamentos e ferramentas que dispunha dentro da disponibilidade, honrando com o compromisso a conduta diária. São quase uns ninja...levantam todos os dias com sangue nos olhos para praticar o que na teoria aprendem. Não burlamou dão jeitinhos para desempenhar suas funções, primazia e maestria, portanto,felicito todos os profissionais do funcionalismo público.
Jeitinho caipira..
Antão lá vem...
O Sor naceu
Devagarzin...
Preguiçoso qui dá dó,
Mi oiando vim ou só,
Inté ele tá com fri,
Aqui chegô pra castigá,
Tô inté cumedo de giá ,
Tá custuso levatá,
Tô aqui iscrevendo,
O dia passando,
Eu sem coragem di cumeçá,
Mas vamo lá,
Num pode pará,
Um café quentin,
Chá de foias,
Um pão do quejo quanti ,
Tô precisando dum toicin,
Aques de arrepiá,
Uma poesia bonita,
Pra invorta tu fogo recairá,
Animá a genti,
Torná o coração quenti,
E bão dimais,
Friozin nunca é dimais,
Inté quero muito mais,
Paz,
Um Deus..
Muita luis ,
Mutivo pra si esquentá.
Para todo preguiçoso, jamais existirá um trabalho a sua altura. Ele sempre encontrará uma desculpa para a sua preguiça.
Indolentes e preguiçosos, assim temos sido.
Mal acostumáveis à mornidão dos gestos,
Estafermos à paisagem multicolor.
Deixando-te prender ao chão por chumbo,
Não percebes que o tempo vanificado te oprime,
E experimentas o pior dos mundos?!
Quando abandonas a ti mesmo,
Pó e teia logo te amontoam.
Então quebra o teu pendor para a inércia e a letargia!
Interdita em ti a apatia da decisão própria.
Não sejas apenas homem ou mulher de gabinete.
Levanta-te e anda! Dá primazia em ti ao ser de ação.
Sim, eu sei: descansa, alimenta-te, contempla, planeja;
Mas de um pulo, põe-te de pé e afeiçoa-te à ação!
Homenageia enquanto pulsa a vida;
Não esperes o assalto da morte ou do impedimento.
Deve-se fazer, mesmo sem trilha ou ribalta.
Faça por Deus, pela família, pelos amigos,
Por um amor, por um bicho, por ti mesmo,
Mas faça!
Conjuga com o corpo o verbo fazer a qualquer tempo,
Ainda que simples e no singular.
Doravante, que tua divisa seja: fazer, fazer e fazer.
Quando defrontares com a eternidade,
Quando apresentares à contabilidade divina inarredável,
Quando te soar a hora final do teu balanço existencial,
E enfim, a ti for sonegado permanentemente qualquer possibilidade de ação,
Aí saberás, face a face contigo mesmo,
Por que tinhas de fazer algo ainda hoje, já!
[Enquanto houvesse algo
que nunca fosse inventado]
sou um escritor
extremamente
preguiçoso.
não quero saber
nada sobre literatura,
não me interessam
os autores,
não quero saber
nada sobre poesia.
nunca termino
um livro,
nunca penso
sobre escrever,
exceto,
quando estou escrevendo.
quando escrevo,
sou a pessoa
mais determinada
que já conheci
e já conheci
muita gente determinada.
quando escrevo,
me torno a sinergia gritante,
ecoando incessante,
a concentração das forças
que convergem,
divergem e dissipam.
me torno
a manifestação avassaladora,
da poderosa máquina
neurobiológica.
a sensualidade manifesta,
materializada sinapticamente,
no acasalamento dos neurônios.
18/11/23
O corpo de Cristo não pode ser sedentário ou preguiçoso. Um corpo saudável é um corpo ativo, que recebe e também entrega.
O problema de muitos membros hoje não é a falta de preparo ou de conhecimento, mas a falta de movimento. Eles estão há anos ouvindo a Palavra e recebendo, mas engordam com isso e não distribuem. São pessoas que seguem tudo certinho na vida particular, mas pouco ou nada fazem pela igreja e pelo próximo.
Tem muito cristão “velho” que ainda não sabe qual é o seu lugar no Reino. Isso sobrecarrega a todos que estão trabalhando, pois ficam com toda carga e todas as funções e isso tem potencial de destruir igrejas. O pé não pode fazer o que a boca faz.
O corpo de Cristo não pode ser preguiçoso. A fé sem obras é morta. O cristianismo também exige ação e responsabilidade.
Em estado de espirito, o homem preguiçoso no pensamento e com falta de bravura não se diferencia dos homens afligidos por outros males.
O homem preguiçoso não suporta a exaustão do trabalho que é a força geradora e finalizadora de resultados.
O intelecto é mais preguiçoso que o Ódio. O ódio e o preconceito, mesmo sendo nocivo, suplanta o intelectual.
Problema para quem é preguiçoso é: fim da linha.
Problema pra quem é diligente é: desafio a ser superado e se tornar mais forte.
O preguiçoso vive na expectativa que vai consumindo suas energias e dos que se encontram a sua volta.
LARGA ESSE HOMEM
Por Nemilson Vieira (*)
O Galdino Caixa carregava a fama de ser preguiçoso, por não querer levantar uma palha. Estava difícil sobreviver na cidade daquela maneira…
Serviço havia, mas o homem não corria atrás do lucro.
Os filhos é a alegria da casa: primeiro veio Rita, Maria, José Caixinha como era conhecido.
Pelo jeito ia longe nessa procriação, mas havia de pisar no freio. Ainda moravam de favor numa casa velha arruinada, cedida por um conhecido, em Estrela do Indaiá.
A esposa Leonôra com dificuldades, segurava as despesas da casa como podia… Os meninos só ajudavam em alguns poucos serviços domésticos.
Até que Zé Sérgio, fazendeiro caridoso da Serra Boa, soube da vulnerabilidade social da família e se prontificou em ajudar. Convidou o Galdino a ser um caseiro seu, na fazenda.
Por lá poderiam criar os seus animais, plantar as suas lavouras… Tudo o que fizessem seriam da família.
Para Galdino o serviço de roça não lhe não dava ânimo…
Leonôra achou ser uma ótima proposta. De fome propriamente, não morreriam; disposição para o trabalho, não lhes faltava…
O Galdino para agradar à mulher e os filhos, não os ver em apertos, faria qualquer negócio… Aceitou a proposta.
Estabelecidos na propriedade, Leonôra logo deu de criar galinhas, porcos — coisa que não o fazia desde que fora morar na cidade.
Organizou um canteiro desativado que havia no quintal e começou a cultivar a sua hortinha caseira.
Logo já estava a morrer de saudade de Zé Caixinha, o seu único filho homem, que ficara a estudar em Estrela com a madrinha. Tempos depois, fora para a capital mineira; não havia mais estudos para ele no interior. A madrinha custeava os estudos e as despesas do garoto. — O tinha como um filho.
Galdino vivia num repouso quase
absoluto: a embalar-se numa cômoda rede armada na varanda da casa, o dia inteiro.
Leonôra não parava um só instante dos trabalhos domésticos. Cuidava das filhas, lavava as roupas, fazia o ‘mastigo’ do dia, num fogão velho de lenha. Ainda labutava na roça nas horas vagas.
Tudo dando certo conselheiros não faltavam à Leonora:
— Larga esse homem! Procure uma pessoa mais esforçada que lhe dê valor… Ainda tem homem bom no mundo…
Leonora só dizia:
— Sou feliz assim. Foi Deus que me deu ele; já temos três filhos maravilhosos. Às vezes ele arma umas arapucas, uns laços, e pega umas aves, umas caças, e nós comemos com os filhos e nos alegramos em volta da mesa. Serve para olhar a casa; vigiar a roça… Ainda me faz um carinho por vezes,…
Com as voltas que o mundo dá…
Galdino deu para fazer chapéus de cambaúba, uma taquara muito comum em mata de transição, abundante nos terrenos de Zé Sérgio. Aprendeu o ofício nem se sabe como!
Preguiçoso podia ser, mas, muito inteligente!
Fez o primeiro chapéu e o pendurou num prego na sala; aquilo era um sinal de respeito: havia um homem na casa.
Fez o segundo para o seu uso pessoal. Só o retirava da cabeça para dormir.
Outro para o dono da fazenda que o amou. Idealizou também versões femininas de chapéus, e as presenteou a esposa, as filhas, a patroa.
Gastava quatro dias para fazer um chapéu; que era vendido por dez cruzeiros na época.
Não parou mais com a sua fábrica de chapéus. A boa notícia espalhou-se por entorno da fazenda, distritos e cidades, estados. Além de uma beleza encantadora a durabilidade dos seus chapéus também eram algo extraordinário. Dizem que Galdino dava uma garantia de 40 anos ao freguês que lhe comprasse um chapéu. — Coisa nunca vista no mundo comercial.
Zé Sérgio dava-lhe toda a liberdade para que colhesse a matéria-prima necessária para a produção dos seus chapéus, nos seus terrenos. Os fregueses vinham de todos os lados para comprar e levar aquelas preciosidades.
Abriu pontos de vendas em algumas cidades e a demanda por seus produtos iam bem. Até dos outros Estados da Federação haviam encomendas.
O negócio crescia numa velocidade astronômica… O volume das vendas garantia-lhe uma boa receita.
A Rita filha mais velha do casal, não teve boa sorte: casou-se e foi-se para uma terra distante. Grávida do primeiro filho uma das paredes internas da sua residência, desabou sobre ela. — Numa briga do esposo com o sogro. Não resistiu os ferimentos e veio a falecer, com o seu bebê na barriga.
Maria aprendera a profissão com pai, e o ajudava na fabricação e vendas dos chapéus; no atacarejo na cidade.
José Caixinha graduou-se e passou a administrar os negócios da família.
Ao acompanhar o marido nos eventos que realizava Leonôra falava da garra, da determinação e da paciência que se deve ter com o esposo…
Se tivesse dado ouvidos aos conselhos de alguns, teria perdido um marido de ouro. — Dado com os burros, n’água.
*Nemilson Vieira
Acadêmico Literário
(15:06:17)
Fli e Lang
Texto baseado em fatos reais, com adendos do autor.
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