Porque você Mentiu pra Mim
Por que desapareceu?
Aonde foi o amor?
Que saiu de mim,
E nunca mais voltou!
Por onde anda o amor?
Que de mim se escondeu...
Coitado do amor,
Ele também se perdeu.
O amor morreu?
Não, não...
Enfraqueceu!
Não tem mais forças
Pra enfrentar as tristezas
Desse mundo meu!
O amor emudeceu...
Faleceu,
Sumiu,
Desapareceu...
É desesperador saber
Que o amor, no entanto,
Não é meu...
Por que foste embora?
Por que desapareceu?
Desesperado, talvez...
Mas nem tudo está perdido,
Porque um amanhecer já vem,
E com ele vem vindo,
Um outro amor também!
Se você não gosta de mim, liga pra minha preocupação e vê se ela atende. Se ela não atender, você deita na BR e serve de quebra mola.
As vezes tento entender o homem
sei que isso não passa de pretensão
minha,pois nem a mim mesmo
consigo entender as vezes.
CLANDESTINIDADE
Permanece em mim
como um segredo
e que ninguém escute
teu silêncio na minha boca
nem a linguagem de teus olhos
que em mim se inscreve
como poema
Torna-te clandestino
em meu país sem nome
e desenha em mim
o teu enigma
teu reverso
e teu verso sem tradução
Te exila em minha teia
me define com tua senha
perenizando em meu corpo
o teu mistério –
entre cortinas,
no refúgio exato dos lençóis.
*
"ÓBVIO"
Hoje sei que carrego em mim a serenidade de um monge.
A perspicácia de uma águia.
A paciência e ritmo de um bicho preguiça.
A avidez de um gavião.
A tolerância de um pescador.
O gesto subordinado de um leão de circo.
A prudência e sutileza de um gato.
Hoje eu descobri em mim que é melhor permanecer no silencio de uma gruta.
É não enxergar o que me machuca mesmo que isso me torne taciturno por um tempo.
É me poupar de arranhões de palavras que agridem a alma.
É me fingir de poeta enquanto o mundo todo acha que propago a blasfêmia.
E ontem eu percebi que ainda tinha o hoje e que tudo se esclareceria por inteiro.
Porque a nudez da alma não mortifica o corpo.
E que a vida é plena, basta estar no caminho onde se enxerga o obvio.
Se um simples minuto teve a capacidade de fazer de você uma parte inteira de mim... Dois corações vão fazer de nós, uma eternidade
É fácil escrever sobre as pessoas, difícil é falar de mim.
Esse meu temperamento temperado.
To tão difícil hoje, e me calo em Calisto de mim.
Estou confusa em confusões incomuns, quero gritar
E soluço.
E esse choro que antes estava preso, agora me lava.
Rosto, mente, coração, alma.
Lava sem sabão, mas tira tudo de impuro que
Que estava cravado carne a dentro.
Tapa dada ninguém tira. Palavra dita, nunca fica como não dita.
Escrevo o desabafo de mim.
Com a esperança de um dia ter o poder de descrever meu final feliz.
Triste saber que você prefere ela do que a mim. Me sinto tão burra por isso. Me sinto tão burra por ter sentimentos, porque se não fosse estes sentimentos, as coisas não seriam tão complicadas. Eu sei, ela é linda, e você conhece ela a muito mais tempo que eu. Talvez com ela você tenha realmente uma certeza de que tudo pode dar certo. Tudo que eu não quero, é ficar nessa duvida se devo te esquecer ou te esperar, não sei o que seria pior pra mim. Esperar, esperar pelo seu abraço, pelo seu sorriso. Esperar o dia em que eu poderei sorrir pra você, sussurar varias vezes que te amo, sem medo de nada. Esperar você ser só meu, na incerteza de que isso um dia vai acontecer. Ou esquecer, esquecer você e tentar tirar essa vontade de te ter de mim, lembrar que você nunca vai ser meu, esquecer tudo que você já me disse, e esquecer minha vontade de um dia estarmos juntos. Eu te amo muito, até quando não quero, quando não percebo, quando tudo que eu menos quero é te amar. E nessa de tentar esquecer, de não saber o que fazer, vou te amando mais uma vez, te amando cada vez mais.
E o que sobrou nesses caminhos desertos, foi um pouco de mim, e um pouco de você, e é quando nos encontramos e ficamos completos outra vez.
Não tenho como mudar, eu erro na esperança de acertar. Eu não faço as pessoas se afastarem de mim por conta própria, acho que são elas que não me entendem na maioria das vezes.
