Por Voce eu Pegaria mil vezes
A Máquina do Mundo
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas.
(Trecho de A Máquina do Mundo).
Recife. Ponte Buarque de Macedo.
Eu, indo em direção à casa do Agra,
Assombrado com a minha sombra magra,
Pensava no Destino, e tinha medo!
Na austera abóbada alta o fósforo alvo
Das estrelas luzia... O calçamento
Sáxeo, de asfalto rijo, atro e vidrento,
Copiava a polidez de um crânio calvo.
Lembro-me bem. A ponte era comprida,
E a minha sombra enorme enchia a ponte,
Como uma pele de rinoceronte
Estendida por toda a minha vida!
A noite fecundava o ovo dos vícios
Animais. Do carvão da treva imensa
Caía um ar danado de doença
Sobre a cara geral dos edifícios!
Tal uma horda feroz de cães famintos,
Atravessando uma estação deserta,
Uivava dentro do eu, com a boca aberta,
A matilha espantada dos instintos!
Era como se, na alma da cidade,
Profundamente lúbrica e revolta,
Mostrando as carnes, uma besta solta
Soltasse o berro da animalidade.
E aprofundando o raciocínio obscuro,
Eu vi, então, à luz de áureos reflexos,
O trabalho genésico dos sexos,
Fazendo à noite os homens do Futuro.
Nota: Trecho de "As Cismas do Destino": Link
Fim de estação. Eu continuei a viagem
Para além do fim da estação.
Quantos eram? Quatro,
Cinco, poucos mais.
Casas, caminhos, nuvens,
Enseadas azuis, montanhas
Abrem as suas portas
Não exibas tanto o esplendor dos teus dentes. Eu sei que são postiços. Mas há quem não sabe, dizes. Pois. Mas ainda que eu não soubesse, sabia-lo tu. Fecha a boca.
Incerteza, oh, que deleite / Vós e eu nos vamos / Como se vão os caranguejos, / para trás, para trás.
Parece pretensioso o uso do «eu»; no entanto a forma pessoal é a única que exclui toda a pretensão. Quem a emprega traduz impressões recebidas, não emite sentenças, mas quem se veda o uso do «eu», constitui-se forçosamente num oráculo.
Amazônia
O horizonte está distante
Sinto calor no coração
Juro se eu pudesse
Pegaria você em minhas mãos
A amazônia está morrendo
Sinto temor no coração
Se eu pudesse
Livraria você da destruição
O horizonte está chorando
E o vento sopra para o norte
O que fazer quando eu chegar?
Alvo de guerra, beirando a morte
Beirando a morte
Não sei mais o que fazer
Tudo está ficando extranho
Não se fala mais de amor
Só do sono ou da insônia
Ou da insônia
Se você me desse um pedaço de papel amassado e/ou riscado, eu pegaria com o maior cuidado e guardaria em um lugar especial, não deixaria ninguém chegar perto.
A gente sente quando as coisas estão se desfazendo e eu senti o seu amor se desfazer entre meus dedos igual a um punhado de areia. Provavelmente não era amor, mas eu creditava que era, porque era tudo que eu tinha.
Você fez chamas acenderem dentro de mim e eu queimava de amor. Mas você as desfez quando resolveu ir embora e não mais me levar contigo.
"Em cima da terra ou embaixo do cé, eu tomarei um drink e saborearei com voce por toda a eternidade"
Eu tenho certeza que meu coração é seu é que você completa a minha metade,
Mais tenho tanto medo desse tempo que faz a distância se tornar tão maior do que todos esses anos que aprendi a ti amar!
O amor que sinto por você não tem explicação
você chegou na minha vida e já fui mudando a minha direção
deixou minha vida mais alegre, com mais cor
Eu sei que isso é amor
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