Por que eu te Amo e nada vai Tira Voce de Mim

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Uma pessoa vai à floresta colher alimentos e já a idéia de um fruto em vez de outro se formou no seu espírito. Depois, pode ser que se encontre um fruto diferente e não aquele em que se pensou. Esperava-se uma alegria e recebeu-se outra. Mas nunca tinha antes dado por isso... que no próprio momento do achado há no espírito uma espécie de idéia de afastamento, de pôr de lado. A imagem do fruto que não achamos continua a estar, por um momento, diante dos nossos olhos. E se desejássemos... se fosse possível desejar... podia lá continuar. Podíamos recusar o bem real; podíamos fazer com que o fruto real fosse insípido, à força de pensar no outro.


[Eu] Pensava que nós seguíamos caminhos já feitos, mas parece que não os há. O nosso ir faz o caminho.

Fácil é dizer "oi", ou "como vai ?".
Difícil é dizer "adeus"...

Fácil é abraçar, apertar a mão.
Difícil é sentir a energia transmitida...

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só...

Fácil é sonhar todas as noites
Difícil é lutar por um sonho...

Desconhecido

Nota: Trecho do texto "Reverência ao Destino".

Às vezes a gente vai-se fechando dentro da própria cabeça, e tudo começa a parecer muito mais difícil do que realmente é. Eu acho que a gente não deve perder a curiosidade pelas coisas: há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas.

A minha felicidade não é a sua

No mais recente livro de Carlos Moraes, o ótimo 'Agora Deus vai te pegar lá fora', há um trecho em que uma mulher ouve a seguinte pergunta de um major: "Por que você não é feliz como todo mundo?". A que ela responde mais ou menos assim: "Como o senhor ousa dizer que não sou feliz? O que o senhor sabe do que eu digo para o meu marido depois do amor? E do que eu sinto quando ouço Vivaldi?E do que eu rio com meu filho? E por que mundos viajo quando leio Murilo Mendes? A sua felicidade, que eu respeito, não é minha, major".

E assim é. Temos a pretensão de decretar quem é feliz ou infeliz de acordo com nossa ótica particular, como se felicidade fosse algo que pudesse ser visualizado. Somos apresentados a alguém com olheiras profundas e imediatamente passamos a lamentar suas prováveis noites insones causadas por problemas tortuosos. Ou alguém faz uma queixa infantil da esposa e rapidamente decretamos que é um fracassado no amor, que seu casamento deve ser um inferno, pobre sujeito. É nessas horas que junto as pontas dos cinco dedos da mão e sacudo-a no ar, feito uma italiana indignada: mas que sabemos nós da vida dos outros, catzo?

Nossos momentos felizes se dão, quase todos, na intimidade, quando ninguém está nos vendo. O barulho da chave da porta, de madrugada, trazendo um adolescente de volta pra casa. O cálice de vinho oferecido por uma amiga com quem acabamos de fazer as pazes. Sentar no cinema, sozinha, para assistir o filme tão esperado. Depois de anos com o coração em marcha lenta, rever um ex-amor e descobrir que ainda é capaz de sentir palpitações. Os acordos secretos que temos com com filhos, netos, amigos. A emoção provocada por uma frase de um livro. A felicidade de uma cura. E a infelicidade aceita como parte do jogo - ninguém é tão feliz quanto aquele que lida bem com suas precariedades.

O que sei eu sobre aquele que parece radiante e aquela outra que parece à beira do suicídio? Eles podem parecer o que for e eu seguirei sem saber de nada, sem saber de onde eles extraem prazer e dor, como administram seus azedumes e seus êxtases, e muito menos por quanto anda a cotação de felicidade em suas vidas. Costumamos julgar roupas, comportamento, caráter - juízes indefectíveis que somos da vida alheia-, mas é um atrevimento nos outorgarmos o direito de reconhecer, apenas pelas aparências, quem sofre e quem está em paz.

A sua felicidade não é a minha, e a minha não é a de ninguém. Não se sabe nunca o que emociona intimamente uma pessoa, a que ela recorre para conquistar serenidade, em quais pensamentos se ampara quando quer descansar do mundo, o quanto de energia coloca no que faz, e no que ela é capaz de desfazer para manter-se sã. Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até comentar sobre nós, mas nos capturar, só se permitirmos.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Coisas da Vida. Porto Alegre: L&PM, 2003.

Só me fala que vai me aturar. Aturar todas as minhas crises de ciúmes, meus momentos - não tão raros - sem paciência, as minhas desconfianças e meus surtos de insegurança. Aturar meus dramas, minhas teimosias, minha arrogância, minhas piadas sem graça e o meu não-romantismo. Aturar todos os meus tipos de provocação, meu amor por outras pessoas, minhas mudanças inconstantes de humor e de temperamento. Aturar minha mente confusa, minha memória irritante, minha sinceridade exagerada. Aturar quando eu falar que te amo mais e também quando eu não falar que te amo. Aturar e segurar tudo não por mim, nem por você… Mas por nós.

"Todos os homens querem viver felizes, mas, para descobrir o que torna a vida mais feliz, vai-se tentando, pois não é fácil alcançar a felicidade, uma vez que quanto mais a procuramos mais dela nos afastamos. Podemos no enganar no caminho, tomar a direção errada; quanto maior a pressa, maior a distância."

Dizem que o Governo, depois de proibir ao cidadão comum usar armas, vai proibir ao Exército possuir armas de uso exclusivo dos traficantes.

Nem tudo que é bonito vai te fazer bem quando te tocar.

O mundo só vai prestar
Para nele se viver
No dia em que a gente ver
Um gato maltês casar
Com uma alegre andorinha
Saindo os dois a voar
O noivo e sua noivinha
Dom Gato e Dona Andorinha.

Jorge Amado
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

...e se vai continuar enrustido com essa cara de marido, a moça é capaz de se aborrecer... Por trás de um homem triste há sempre uma mulher feliz...

Amanhã vou estar mais suave
E quarta vai ser o meu dia
O fim-de-semana promete
Domingo vai ter que dar sol
Segunda vou acontecer
Não posso perder o teu show
Pro mês vou te visitar
É agora que eu saio de vez
Que bom que eu vou te encontrar
Amanhã vou estar mais feliz

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

O amor não se transforma, ele se esgota, e a gente vai levando, por vários motivos. E, saibam, muitos desses motivos não são nada nobres.

Ele foi embora uma vez, e vai embora de novo. Não dependa de alguém que vai te decepcionar.

Quem casou com o sonho vai passar sozinho pro resto da vida

As Rosas Não Falam

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
por fim

E é assim que a gente vai vivendo, sabe? Errando pra aprender. Se decepcionando pra se proteger. Se machucando pra crescer. Chorando pra sorrir. A gente cai uma vez, pra aprender a se levantar em outra. No fim, tudo que for bom, verdadeiro, tudo o que realmente nos fizer bem, permanece.

Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.

Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.

E se não dar certo hoje, não era para ser. Aí tu levanta a cabeça e vai pra guerra vencer.

"Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve."