Por que eu te Amo e nada vai Tira Voce de Mim
O amor, que não é mais do que um episódio na vida dos homens, é a história inteira da vida das mulheres.
Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas benditas, os homens praticam todas as ações - mesmo as boas.
Os raios caem sobre os montes mais elevados, e onde encontram mais resistência é onde provocam o maior dano.
Queriam-me casado, cotidiano, fútil e tributável?
Queriam-me o contrário disso, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, faria a vontade de todo mundo.
Assim, como sou, tenham paciência!
Quando me contrariam, despertam-me a atenção, não a cólera: aproximo-me de quem me contradiz e instrui.
A velhice é a paródia da vida.
Geometria dos ventos
Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao mesmo tempo
fácil e insolúvel da sua tragédia.
Sim, é o encontro com a Poesia.
(Poesia feita em homenagem ao poema Geometrida dos Ventos de Álvaro Pacheco)
O homem honrado nunca jura; contenta-se com dizer: isto é ou isto não é. O seu caráter jura por ele.
A tecnologia moderna é capaz de realizar a produção sem emprego. O diabo é que a economia moderna não consegue inventar o consumo sem salário.