Ponto final
Ame sempre sem medo, sem vergonha, sem virgulas, sem ponto final... Pois este é os mais belos e incríveis sentimentos que podemos expressar
Ela era uma mulher.
Assim mesmo, com um ponto final, sem mais nada pra contar!
Uma mulher sem sonhos, sem histórias, sem esperanças, sem nenhum brilho no olhar.
Mas um dia - pensava ela - eu já fui alguém que nem me lembro mais!
E deu uma saudade, uma dorzinha no coração, um suspiro que ela nem sabia que tinha!
Deu uma vontade de sair - de si, deste mundinho cinza, sem cor, sem amor, sem nenhuma emoção que lhe batesse o coração!
Mas ela continuou imóvel, inerte, sem nenhuma reação.Que decepção!
Ela já não se lembrava mais de como era a felicidade e por não se lembrar ficou ali, estacionada, vivendo aquela vidinha sem histórias, sem nada, como se todo o seu destino fosse esse.
E quando uma lágrima caiu, ela sorriu... talvez fosse a salvação!
Talvez!
A corrupção existe quando insistimos colocar um ponto final, quando apenas uma virgula é necessário.
Na beira do ponto final desse ciclo universal, as lembranças mais fortes vem. É como se você estivesse em uma noite apenas a ouvir gotas de chuva caindo, e relâmpagos seguidos de trovões tenebrosos.
Guardar objetos de recordação é o mesmo que dar dois pontos,não é nem um ponto final e mais um ponto vira reticência.
Umas das coisas mais valiosas para mim são as recordações, guardo várias com carinho e acredito que os objetos daquela recordação criam a conexão perfeita para as mesmas, sempre guardei uma desenho, caderno, apostila, um botão, sempre tive minha caixinha de lembranças, não está mas comigo mais por um bom tempo alimentei aquelas lembranças, guardar é isso alimentar a lembrança na sua memória, não é reviver mas é cultivar aquilo em você, claro que você não precisa de objetos para lembrar das coisas, mas guardar é praticamente uma prova do quanto você gostou ou não, enfim do quanto te marcou e é por vezes desejar também .Guardo tudo até aquilo que não foi tão bom, guardo para lembrar e também para atingir .
A velhice é a última página aberta do seu livro, esperando apenas um ponto final para fecha-lo.
72. Reflexões Chá da Vida.
"Me fiz em reticências, até me abri em parênteses, só para você ser o meu ponto final." [MOURÃO, Natália Lemos, in, "Um amor de gramática"]
"Nunca acreditei no ‘pra sempre’, mas te exclamei até meu ponto final."
Não é grosseria quando você aprende a traduzir olhos que frequentemente desviam dos seus; mãos que não param de gesticular. Beijo não se pede. Roube-a num assalto passional. Silencie a timidez com desejo e mão na nuca.
Saiba que a única parede que impede isso acontecer é a sua hesitação. Beijo é calor, não um favor.
Ela tinha algo e eu não sabia que algo era. Eu sabia é que a espera era amarga. Que guardar amor é frio; é inverno. Então eu contei tudo. Depois do beijo roubado e do tapa recebido, eu contei tudo. Disse que aquela paixão gritava. Que ou a beijava, ou a terra toda pararia de girar. Ou eu beijava, ou o sentido de tudo se esvairia. Mesmo que fossem apenas milésimos de dor; são esses que levam anos da gente.
Quando percebeu minhas intensidades, meu coração acelerado e a ansiedade que só paixões causam, ela se entregou. Disse que em mim tinha algo que ela sempre gostou e não sabia o que era.
Na verdade, até hoje não temos certeza do que é, mas sabemos o que está. Deixamos o tempo e os formatos de lado. Nosso roteiro é desses guiado por vôos altos, não por vaidades da tradição. Não somos algo, mas estamos e estamos muito.
Nunca contei nada, mas a real é que desconfio qual era aquele algo que ela tinha e ainda tem. Era a intensidade e a liberdade. Era esse calafrio quente que só sonhos livres causam na gente.
Ela chegou com asa na alma.
Uma História de Amor!
Não te deixes emudecer
No tempo do ponto final
podemos interrogar e exclamar
Somar e acrescentar
Dividir experiências
E agrega- las ao conhecimento
Diminuir os poréns que nos enfraquecem
E não se esquecer de recarregar o tinteiro...
Assim teremos uma história de amor para contar.
__Eliani Borges.
Nunca nos utilizamos do recurso do ponto final, aquela coisinha tão pequena e sem forma, que nós sabíamos que poderia nos separar de uma forma definitiva. Sabemos que, uma hora, por mais detalhes que essa história se valha, ela vai estar completa e nós teremos que cessar a escrita. Mas, enquanto pudermos, ao menos, mantê-la dentro da gaveta, mesmo que seja apenas para mudar algum pequeno erro de concordância, vamos usando as reticências...