Poesias sobre o Chamado de Deus
No universo as formas se repetem e essa ocorrência nos mostra que somos todos de uma mesma natureza.
Em tempos de pandemia, isolamento social e medo, a dor é uma sensação metafísica cuja manifestação se torna coletiva na medida em que o medo é coletivo, o desencarne ocorre de modo coletivo e a luta pela vida é uma incógnita coletiva.
A humanidade não consegue, por ignorância à essência divina, interpretar as suas próprias dores, as dores dos outros e as dores que indicam mensagens universais.
No fundo da alma, quando a satisfação é individualizada ela provoca a vivência do engano, do falso prazer, do momento e de atos de paixão. Paixão, esse conteúdo que se manifesta, precisa ser compreendido como escravizar-se por vontade própria.
A humanidade é uma criança, em sua primeira infância, que embora tenha as peças para brincar, demora para aprender.
A existência parece insistir em ações isoladas, cada qual em seu casulo morto, acreditando que do seco brotará esperança e vida.
O tempo é de consciência coletiva para melhoramento e amparo do espírito. A dor que lateja é um aviso e convite para melhoramento. A lágrima que cai individualizada convida a chuva a mostrar o sal da Terra.
A consciência humana é formada por memórias e emoções, imagens e criações. Essa permanência inorgânica, que habita o corpo, mas o anima, é a potência da alma.
O indivíduo, como objeto político de uma sociedade, se educa como um ser individualizado cuja responsabilidade sobre o outro se torna quase inexistente. A regra é, quase sempre, o meu prazer.
Judas é a metáfora da relação íntima cuja imoralidade implica no rompimento da certeza. Judas participou da ceia e depois traiu Jesus.
Quando me reerguer a dor terá me ensinado a ser muito mais forte. E essa força que vem da dor tira da gente qualquer medo.
Poderá a humanidade gritar, buscar respostas na ciência; mas o mistério do universo responderá com resistência e mutação. A ciência avança, mas a natureza insiste em avisar: muda-te por inteiro para que o sofrimento pare.
A lágrima que cai individualizada convida a chuva a mostrar o sal da Terra. Não se trata de metáfora, mas de compreender as lagrimas derramadas pelo planeta como um chamado para o rompimento do egoísmo.
Enquanto governantes e Estados estiverem negociando economicamente o elixir da vida – a vacina – o vírus continuará se alterando, desenvolvendo outras cepas, fragilizando o conhecimento humano. Enquanto o ser humano se preocupar com seu status de ter por meio da dor alheia, ele mesmo será derrotado pelos ensinamentos do universo até que compreenda a sua pequenez humana.
Noé, é a metáfora do homem que se revestiu da fé e convidou a todos a entrarem pela porta estreita.
Seus passos deixam rastros. Escolha os caminhos porque alguém poderá seguir aquilo que você deixou .
Francisco de Assis nos ensina que todos e tudo somos uma mesma origem quântica. A ciência, que não suporta a espiritualidade, deu um nome científico para explicar mais sobre o mesmo.
A filosofia nos ensina que toda verdade é questionável. Ela não passa de um conjunto de evidências culturalmente aceita. Buscar a lógica de uma verdade mostra a sua fragilidade.
