Poesias sobre o Chamado de Deus

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Enquanto houver uma criança com frio, fome e medo; não há possibilidade de acreditar que existe ética!

O câncer estava ali, devorava e deformava o caráter, às decisões, a ética; ele sorria como quem era bom, mas matava, provocava dor e tristeza. O câncer é, aqui, uma metáfora da política desumana e sem ética.

O mundo é cinza, não porque existem nuvens carregadas no céu; mas pela energia humana que se mantém péssima!

Sai do pau de arara para andar de trem. O sistema tem muitas formas para atualizar seus modelos de subalternização e exploração!

É mesmo possível ter um amigo pedagogo quando se é professor? Claro que sim. Tantos policiais são amigos de traficantes!

Hoje eu nasci para a esperança. Ela se revelou para mim como uma besta abismal, embrenhando-se entre as sombras da floresta. Eu estava em uma clareira confortável demais, segura demais, pequena demais, sufocante demais, embora luminosa. Ali, ao redor, escutava as folhas quebrando no chão. Eram passos vagantes, circundantes, tateando a luz do lugar. A fera pulou em mim, e eu caí monumentalmente como o império de uma era inteira. Morri naquela clareira do conhecido, o animal se me assemelhou, reconheci que eu era a própria fera, e renasci para algo maior que eu, algo ainda em mim mesmo. Esperancei-me. Fui, assim, explorar o breu da floresta, porque queria viver deliberadamente.

Mudar não nasce do desespero, nasce da lucidez. Quando percebemos que o conforto tornou-se anestesia.

As pragas e maldições de hoje, serão bençãos de amanhã, cada um tem o que merece, afinal cada oferece o melhor de si.

Eu quero um amor que não seja covarde. E não falo de guerras, heróis ou moinhos, falo do amor que não foge do cotidiano. O que lava a louça, compartilha o silêncio, segura a mão sem medo do tédio. O amor corajoso não é o que promete eternidade, mas o que se faz presente nas miudezas, nas falhas, nos dias em que o afeto parece coisa rara. É o amor que sabe ficar, mas também partir com dignidade, sem transformar distância em castigo. O que confia, mesmo quando não entende. O que não precisa vigiar para acreditar. Amar, afinal, é permitir que o outro seja casa — mesmo quando a vida muda o endereço.

Nem que eu tente, não sei ser minimalista. Minha história é um relicário, uma loja de móveis usados, onde tudo guarda um sentido, uma memória, uma cicatriz bonita do tempo. Cada coisa em mim já teve função, já foi abrigo, já pertenceu a outro instante. E talvez seja isso que me faz inteiro: não o espaço vazio, mas o excesso de vida guardada nas gavetas da alma.

A noite é refúgio, abrigo e revelação. Enquanto o dia exige máscaras e ritmo, os intensos mergulham no próprio turbilhão, dialogam com pensamentos que só nas sombras se escutam e sentem emoções que o sol não deixaria brilhar. Ser notívago não é insônia: é a coragem de permanecer inteiro, de transformar silêncio em autoconhecimento e solidão em plenitude.

Deixe a criança que habita você correr solta de vez em quando — ela lê o mundo em cores que a razão ainda não aprendeu a nomear.

Não gaste seu tempo mergulhando em águas rasas. É, além de frustrante, dolorido. A gente entra achando que vai encontrar profundezas, mas o que há é só reflexo. E reflexo, quando se acredita demais, engana.

Eu acredito na cura das dores, de todas elas, até as mais profundas. Você não é seu sintoma, seus traumas não te definem. É no amor que a vida acontece.

Não se diminua para caber na vida outro, nem abra mão de sonhar para caber numa determinada realidade. Não é porque você está acostumado com o que vive, que precisa abrir mão do que deseja.

Um paradoxo íntimo: querer devorar a vida e, ao mesmo tempo, aprender a degustá-la. Entender depressa só gera tensão. Olhar com calma revela profundidade. No intervalo entre um impulso e outro, entre o desejo de saber e a paciência de sentir, é onde tudo acontece. É ali que a vida realmente se mostra, silenciosa, intensa, inteira — mesmo quando nos obriga a frear.

Não confie no que vê quando está com medo. Coloque os óculos, ajuste o grau, depois olhe novamente para a mesma coisa. Não tenho dúvidas de que muitos de seus monstros só existem porque o medo embaça sua visão.

Caminho com cautela, não com medo. O futuro sempre deixa pistas: pequenas delicadezas, desvios precisos, acontecimentos que parecem deslocados mas chegam como resposta. E quando estou pronto, cada sinal acende, não como promessa, mas como direção.

O corpo humano é uma máquina perfeita, porém o homem não encontrou peças de reposição, daí a morte.

A política na realidade é um clichê e mesmo assim consegue manter o status quo e a uma casta de privilégios.